Reatech 2015: a melhor edição de todos os tempos

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Realizada de 09 a 12 de abril de 2015, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo, a Reatech | Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade superou todas as expectativas. Encerrada com recorde de visitação e volume de negócios gerados o evento cumpriu seu objetivo de expandir ainda mais o olhar da indústria e da sociedade sobre a realidade das mais de 46 milhões de pessoas com deficiência no País.

A feira apresentou inovações e soluções em produtos, equipamentos e serviços que refletem na melhoria da qualidade de vida e na integração social e econômica das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Durante quatro dias a Reatech recebeu público de 52 mil visitantes de todo o Brasil e de diversas partes do mundo, com representativa visitação da América do Sul. Buscando oferecer novidades e soluções tecnológicas a feira abrangeu toda a indústria nacional e internacional do setor, representada por 300 expositores.

Na inauguração do evento, que reuniu autoridades governamentais, empresários, consultores e especialistas na área de saúde, o diretor geral da Fiera Milano no Brasil, Marco Antonio Mastrandonakis, organizador do evento, enfatizou que a inclusão social no País ainda enfrenta barreiras que precisam ser quebradas. “Não se trata apenas de acolher as pessoas com deficiência, mas reconhecê-las como cidadãs, oferecendo oportunidades que propiciem o desenvolvimento humano com qualidade de vida. Mais uma vez a feira se reafirma com o propósito de trabalhar de forma focada e objetiva pela promoção desse setor, incentivando a integração, a disseminação de conhecimento e aporte de novos equipamentos e tecnologias assistivas. O grande sucesso do evento mostra que estamos no caminho certo”.

Presente na cerimônia de abertura, o Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, elogiou a realização do evento. “Esta feira dá oportunidade para que as pessoas mostrem seu potencial, conheçam produtos e tecnologias que facilitem suas vidas. É um espaço de integração para um público que também adquiriu condições de consumo nos últimos anos”.

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Antônio Ferreira destacou a participação do Governo Federal na feira através do estande da Secretaria dos Direitos Humanos. Segundo ele, desde a implantação do programa Viver sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, por meio do Decreto presidencial 7.612 de 2011, já foram investidos cerca de R$ 15 bilhões para melhorias no acesso à saúde, educação, moradia e equipamentos que facilitam o cotidiano das pessoas com deficiência. O plano tem ações desenvolvidas por 15 ministérios e a participação do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). “Nosso objetivo é garantir autonomia para que todos possam viver com dignidade. Hoje já existem 580 conselhos municipais voltados ao atendimento das pessoas com deficiência”, enfatiza o secretário. De acordo com ele, 1.500 prefeituras já aderiram ao programa e 45 mil escolas em todo o País acessaram os recursos para se tornarem inclusivas arquitetonicamente, com a construção de rampas, quadras esportivas e banheiros adaptados.

O coordenador e um dos idealizadores da Reatech, Eduardo Carvalho, ressaltou que além da exposição de produtos, a feira também tem o importante papel de disseminar conhecimento por meio de seminários, workshops e cursos. “Temas como reabilitação, obesidade, sexualidade e mercado de trabalho, que estão presentes na vida das pessoas com deficiência, são apresentados por profissionais e especialistas com intuito de atender às necessidades desta parcela de brasileiros que querem ser vistos como pessoas ativas na sociedade”.

A cerimônia de abertura contou também com as presenças da Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti; do Secretário de Acessibilidade e Inclusão Social da Prefeitura de Porto Alegre (RS), Raul Cohen; da deputada federal, Mara Gabrilli; da deputada estadual, Vanessa Damo; do secretário-adjunto da Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato; do gerente de Articulação Nacional da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, Roberto dos Santos; Fatima Regina Cabral Fagundes, da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB/Guarujá e Viviam Regina de Carvalho Camargo, da OAB/Campinas.

O setor

Segundo dados do IBGE o Brasil possui 46 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 24% da população. Ainda, são 21 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e de acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) o país será o sexto em número de idosos em 2025, quando deve chegar a 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, população que muitas vezes, necessita das mesmas estruturas de acessibilidade voltadas para as pessoas com deficiência. Com faturamento anual em torno de R$ 5,5 bilhões o mercado de produtos e serviços para PcD é formado por 42% das classes A e B, 44% da classe C e 14% D e E.

Produtos, equipamentos e serviços   

Apresentar novos equipamentos com tecnologias para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida foi o grande diferencial dos lançamentos e produtos dos 300 expositores, do Brasil e do exterior. Os visitantes tiveram acesso a uma grande diversidade de aplicativos, adaptações veiculares, cadeiras de rodas elétricas, próteses e órteses, aparelhos auditivos, produtos ortopédicos e materiais hospitalares, além de acesso a distribuidores de produtos, associações educacionais, entidades públicas e privadas, entre outros, numa ampla oportunidade de negócios e relacionamento entre empresas do segmento, profissionais do setor e consumidores.

Dentre os destaques as mais recentes adaptações veiculares que permitem maior conforto ao usuário; controle de comandos como seta, faróis, lavadores e limpadores de para brisas e buzina, onde o usuário aciona estes comandos sem tirar as mãos do volante; encostos e almofadas ergonômicas que promovem adequação postural na cadeira de rodas; plataforma interativa de reabilitação; escâner com voz e videoampliador; reprodutor em áudio de livros eletrônicos; relógios táteis ou falantes; dispositivo eletrônico, semelhante a uma caneta, que identifica objetos pré-etiquetados e mini aparelhos auditivos resistentes à água, entre outros.

Tecnologia para o mercado automotivo   

Reforçando a relevância do evento para o mercado automotivo e com o objetivo de ampliar e promover a acessibilidade as mais importantes montadoras e fabricantes como Citroën, Chevrolet, FIAT, Ford, Honda, Renault e Toyota estiveram presentes na feira. As marcas apresentaram como as tecnologias podem ser utilizadas em prol da autonomia, segurança e conforto da PcD ou mobilidade reduzida, além de lançamentos exclusivos como a primeira SUV do Brasil com piso rebaixado.

Complementando a sinergia no setor automotivo empresas como a Cavenaghi, com mais de mil produtos que promovem a adaptação e mobilidade de pessoas com deficiência, mostrou soluções nas áreas de transporte, adaptação de automóveis e equipamentos, além de auto escolas, locadoras e seguradoras, e do espaço de test-drive onde as marcas promoveram seus modelos.

Durante a feira foi também realizada a Frente de Debates Temáticos para o aperfeiçoamento do PlanMob (Plano de Mobilidade Urbana de São Paulo). Participaram da iniciativa representantes da Prefeitura de São Paulo, da SPTrans e do CMPD – Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência que discutiram ações, projetos e investimentos em mobilidade urbana.

REASEM – XIV Seminário de Tecnologia de Reabilitação e Inclusão

Com mais de 20 palestras dedicadas ao tema de reabilitação e inclusão, o REASEM – XIV Seminário de Tecnologia de Reabilitação e Inclusão trouxe uma ampla programação gratuita e aberta ao público. Abordando assuntos como terapias para alívio da dor, atendimento em deficiência visual, a música na educação inclusiva e abordagem sobre o autismo, entre outros, o Seminário ofereceu aos visitantes conteúdo qualificado como a palestra do maestro Sidney Lissoni, criador da escrita musical Lissoni, pioneira no Brasil para o aprendizado de pessoas com deficiência visual. Desenvolvida por ele em 1974, a escrita consiste na utilização da técnica do relevo sobre uma prancha de alumínio com letras estilizadas em símbolos que significam as notas musicais.

Outro assunto que chamou a atenção foi a palestra do médico geneticista Ciro Martinhago, especialista em reprodução, que abordou sobre a Síndrome de Down e a palestra do médico João Alberto Ferreira Matos sobre obesidade. Segundo Ferreira Matos fatores genéticos respondem por 24% a 40% dos casos de obesidade. “Maus hábitos alimentares e sedentarismo contribuem para o ganho de massa corporal, mas é um equívoco generalizar que todas as pessoas obesas são culpadas pelo excesso de peso”.

Reashow: Palestras dos Expositores

Um ciclo de 25 palestras e oficinas gratuitas dos expositores fez parte da programação do Reashow. Oferecida por diversas marcas presentes na feira a programação trouxe para debate temas de interesse para o desenvolvimento de todo o mercado como a importância do terceiro setor em projetos e programas integrados, a lei de cotas e a inclusão no mercado de trabalho, além de assuntos relacionados diretamente à qualidade de vida da PcD como autoconhecimento, dança inclusiva, esporte adaptado e educação financeira.

A temática da inclusão social por meio do trabalho foi um dos assuntos que mais atraiu a atenção dos visitantes. O executivo Guilherme Braga, CEO da Egalitê Recursos Humanos Especiais, que ministrou palestra sobre “Inclusão de PcD no mercado de trabalho”, apontou que a evolução da inclusão social por meio do trabalho aumentou no Brasil nos últimos anos. “Em 2001, apenas 601 pessoas com deficiência trabalhavam formalmente no Brasil, em 2004 este número saltou para 14.239”, revelou admitindo, porém, que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. “Os últimos dados do dados do IBGE, divulgados em 2010, apontaram que o Brasil possui 46 milhões de pessoas com deficiência. Porém, apenas 325 mil estavam registrados no mercado de trabalho em 2011”.

Ainda no tema, a palestra “PcD e Mercado de trabalho, qual é o seu talento?”, promovida pela líder do Programa de Diversidade e Inclusão da empresa HP, a psicóloga Esabela Cruz, propôs um debate junto aos participantes. No debate, da qual participaram também Camila Paoletti, especialista em desenvolvimento profissional, e Daniela de Cássia, responsável pelo treinamento em coaching da empresa, foi abordada a visão da sociedade sobre as pessoas com deficiência no meio empresarial. “A carreira profissional é que nos dá autonomia, portanto, a pessoa precisa ser capacitada para alcançar este objetivo. Entretanto, as pessoas com deficiência ainda são vistas com muito paternalismo. Isto acaba contribuindo para que elas não desenvolvam seus talentos”, diz Camila Paoletti.

O aprendizado das pessoas com deficiência também foi dos tópicos abordados no Reashow. Cristiane Lico Pieroni, que atua no Centro de Integração Empresa Escola – CIEE explicou que o programa de aprendizagem visa preparar gestores de empresas para lidar com a diversidade através da capacitação comportamental e da capacitação técnica.

TECFISIO debate técnicas no campo da fisioterapia

No TECFISIO – VI Seminário de Tecnologias Avançadas em Fisioterapia diversos especialistas abordaram técnicas que podem auxiliar no tratamento de doenças e lesões, visando restaurar e manter a capacidade física e funcional do paciente. Dentre os temas abordados, por grandes especialistas do setor: Theratogs – Fisioterapia Live-in/ Estratégias de Uso do Theratogs; Aplicabilidade da Tecnologia Assistiva – Interface: Scatir Utilização de Acionadores por Piscadela, Vocalizadores e Exemplos de Pranchas (softwares); Tratamento dos distúrbios neuromotores baseado no Conceito Bobath e Observação da qualidade de movimento de feto a bebês, enfocando a importância da intervenção precoce.

Destaque para as palestra Terapia de integração sensorial na Neurologia Infantil (TIS) e Estimulação Elétrica Transcraniana/ Atualidades (TCI), ministradas, respectivamente, por Maria Clara Drummond Soares de Moura, fisioterapeuta do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da USP e Renata Hydee Hasue, docente do curso de fisioterapia e do programa de pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Faculdade de Medicina da USP.

Atividades sociais, esportivas e culturais

Além da parte de lançamentos de produtos, palestras e congressos a Reatech 2015 proporcionou ao público uma ampla programação de eventos gratuitos com atividades sociais, esportivas e culturais promovendo a integração dos visitantes.

Na quadra de esportes, a Add Sports Arena, com realização da ADD (Associação Desportiva para Deficientes) promoveu jogos de basquete, vôlei e futebol, além de apresentações de jiu-jitsu. No Palco das Artes os participantes conferiram shows gratuitos de canto, dança e dramatização.

Como parte das discussões voltadas às alternativas terapêuticas, a feira preparou um espaço de Equoterapia, método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo como um agente motivador para ganhos físicos e psicológicos do paciente. Outro espaço dedicado à terapia assistida por animais, a Fazendinha, trouxe coelhos, aves e cães que interagiram com os visitantes, fazendo parte do processo terapêutico, onde o foco é o vínculo estabelecido entre o paciente e o animal.

Além dos espaços de interação com os animais a programação do curso PET – Terapia Assistida por Animais teve o objetivo de proporcionar o conhecimento em projetos voltados à terapia assistida por animais, já que um número cada vez maior de profissionais da área da saúde utiliza este método para auxiliar no tratamento de diversas doenças. Dentre os temas abordados estiveram em pauta o papel do psicólogo e do veterinário na TAA, o adestramento, a aplicação da TAA na fisioterapia e seus diversos campos de aplicação e possibilidades de trabalho.

Inclusão econômica e social

Outro ponto de destaque da Reatech 2015 foram as 7.000 oportunidades, entre cadastramentos curriculares e vagas efetivas, oferecidas às pessoas com deficiência por grandes marcas dos setores de tecnologia, indústria automobilística e de alimentos, bancos e empresas especializadas em recrutamento e seleção.

Em seu segmento de atuação, o Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo), por meio do programa Coexistir, projeto criado em 2013 que visa estimular a inclusão de pessoas com deficiência no comércio varejista, também realizou a cadastramento de currículos, visando aproximar as empresas com vagas disponíveis dos candidatos.

Ainda na questão da empregabilidade, foi realizada durante a Reatech, o V Fórum Lei de Cotas e Trabalho Decente, que neste ano teve como tema “O Desafio da Inclusão com Qualidade: Reflexão sobre a Prática”. Promovido pelo Espaço da Cidadania com apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, o encontro colocou em debate o desafio da inclusão com qualidade. Em vigor desde 1991 no Brasil, a Lei de Cotas estabelece a obrigatoriedade da contratação de pessoas com deficiência por empresas que tenham mais de 100 funcionários.

A importância do Design Universal

Chamando a atenção para o Design Universal, um modo de concepção de espaços e produtos que visa atender a diversidade de usuários, incluindo crianças, idosos e pessoas com restrições de mobilidade temporárias ou permanentes, a feira sediou a I Mostra Reatech de Design Universal, que trouxe diversos produtos desenvolvidos com este conceito, com o objetivo de dar visibilidade e impulsionar iniciativas no campo do design universal.

Dentre as soluções apresentadas o jogo dos sinais (libras), a mesa universal de trabalho, o abridor de lata, o protótipo de bebedouro para pessoas com deficiência física e o projeto colmeia para uso sócio pedagógico, que serve como brinquedo, assento, porta-livros ou até mesa. O destaque foi a Cozinha Compacta Universal, desenvolvida pela designer Erica Campanha, organizadora da mostra. Elaborada para pequenos espaços o projeto abrange parâmetros de estética diferenciados e funcionalidade universal, onde a altura e a composição dos módulos respeitam as medidas adequadas para uso tanto de pessoas com deficiência motora como visuais. A “Cozinha Compacta Universal” foi finalista, em 2014, do prêmio Design for All, que selecionou cinco projetos (“5 Best Practices”) que apresentaram soluções para uma melhor aplicação do design universal.

A designer disse ter se surpreendido com o extremo interesse dos visitantes, que puderam usufruir do espaço e dar as suas sugestões. Através da interação com os participantes da feira Erica pôde desvendar outras adaptações importantes ao projeto como, por exemplo, a inclusão de escritas em braile. Ainda, dentro deste tema, a designer e a arquiteta Luciene Gomes (consultora nas áreas de Acessibilidade e Desenho Universal), ministraram palestra sobre o tema “Design Universal: O design para todos” onde debateram as oportunidades de mercado e exemplificaram, através de cases, as diferença entre o que é “adaptado” e o que é “universal”.

Cidade para Todos

Com a proposta de discutir os espaços da cidade para que sejam utilizados por todas as pessoas, independente de sua condição física ou social, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, apresentou o projeto Cidade para Todos.

Dentre as atrações o estande trouxe uma ciclovia de uso comum para ciclistas, skatistas e pessoas em cadeiras de rodas e semáforos sonoros que serão instalados na cidade, além de um playground inclusivo.  “Os esforços da Prefeitura de São Paulo são para que efetivamente a cidade seja para todos. E isso se aplica ao desafio de promover a efetiva inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Para isso, a cidade possui um Plano Municipal de Ações Articuladas – São Paulo Mais Inclusiva, construído de acordo com as diretrizes da Convenção Internacional da ONU e do Plano Nacional Viver Sem Limite”, comenta a secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti.

Inclusão com qualidade de vida é o maior desafio

No Fórum de Inclusão e Diversidade, realizado pela AAPSA – Associação Paulista de Recursos Humanos e de Gestores de Pessoas, o consultor Reinaldo Bulgarelli afirmou que “a diversidade ajuda as empresas e a sociedade a estabelecerem conexão com o mundo real”. Segundo ele, considerar que todos são seres humanos e que as características individuais devem ser respeitadas, é a melhor forma de derrubar preconceitos e promover a verdadeira inclusão social. Fizeram parte da programação do Fórum a apresentação de diversos cases de inclusão de grandes empresas como BASF, Grupo Pão-de-Açúcar e Google, além do painel de discussões.

Outro debate levantado durante a Reatech foi a questão da sexualidade. A Roda de Conversa: a Sexualidade na Vida da Pessoa com Deficiência, coordenada pela consultora Márcia Gori e promovida pela ONG Essas Mulheres, teve participação ativa do público feminino. Segundo a especialista, se a mulher tem autoestima ela se sente atraente. “O cuidado pessoal, a vaidade não são atributos de beleza, mas de autoestima pessoal. A mulher que estuda ou que consegue ser independente tem valores que vão muito além da estética e isso é muito importante para se construir relações como base no amor, admiração e respeito”.

Acessibilidade na Hotelaria e no Turismo

A ABIH SP – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo em parceria com o IDTCEMA – Instituto de Desenvolvimento do Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente e a ABNT e com o apoio da ABRIDEF – Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência promoveram o Programa e o Selo Acessibilidade e Inclusão Social da ABIH SP, único programa de acessibilidade e inclusão social do país para a hotelaria e o turismo. Lançado em 2012, o Programa de Acessibilidade e Inclusão Social tem o objetivo de oferecer ao mercado hoteleiro e aos outros setores ligados ao turismo em geral um amplo programa de informação, orientação e capacitação, cujo resultado é a certificação do estabelecimento com o Selo de Acessibilidade e Inclusão Social em parceria com a ABNT.

Já o Ministério do Turismo divulgou aos visitantes o Programa Turismo Acessível, um guia colaborativo onde é possível avaliar a acessibilidade de pontos turísticos, hotéis, restaurantes e atrações diversas. Além das avaliações é possível, consultar e sugerir novos estabelecimentos ou atrações ajudando as pessoas com deferência ou mobilidade reduzida a viajarem pelo Brasil com mais autonomia.

Agenda – Reatech 2016  

A 15ª edição da Reatech | Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade já tem data marcada. O evento será realizado de 07 a 10 de abril de 2016, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo.

Mais informações: www.reatech.tmp.br