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35ª Expoflora

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De 26 de agosto a 25 de setembro, Holambra, no interior de São Paulo, recebe a 35ª Expoflora. O evento mostrar as novidades em flores e plantas ornamentais ao mercado nacional e utiliza a sua Mostra de paisagismo e decoração para apresentar, esse ano, as tecnologias que possibilitam o cultivo de diversas espécies em qualquer ambiente, sem a necessidade de qualquer cuidado, inclusive de rega.

A Expoflora estima receber cerca de 300 mil visitantes. O evento tem o patrocínio da Ypê, Coca-Cola, Crystal, Amstel e Ultragaz e apoio da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Holambra e Banco do Brasil.

O tema escolhido para 2016 é “Cultivar de Coração” e tem como proposta transformar os espaços da Mostra de paisagismo em uma residência completa. O desafio para os profissionais do setor foi o de criar projetos paisagísticos e de decoração que contemplem sugestões simples para o uso de flores e plantas ornamentais adequadas a cada ambiente, deixando a casa mais confortável, alegre e bonita.

Desta forma, a Mostra foi dividida em 19 ambientes internos e externos de uma residência: jardim/hall/varanda, homeoffice, academia, criança, capela, sala de banho, loft/apartamento, casal, jardim de inverno, sala de estar, pátio interno, cozinha, sala de jantar, espaço gourmet e três opções de quintal.

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Uma das novidades que terá demonstração em dois dos ambientes (Sala de banho e Casal), é o aplicativo MeuJardim, que ajuda as pessoas a cuidar de seus jardins, de forma gratuita e sem complicações. Basta que o usuário crie um ou mais jardins e adicione as espécies plantadas para que o aplicativo o auxilie no cuidado e manuseio de cada uma delas e a adequação à cada ambiente. A ferramenta notifica sobre o momento ideal para adubar as plantas e utilizar os produtos indicados para cada situação.

Projetos da Mostra:

Portal de entrada
Gabriel Talarico (decorador de eventos)
Todo feito com pallets reutilizáveis, o Portal recepciona os visitantes. O enorme coração com 580 vasos de calibrachoas (mini petúnias) remete ao tema da Mostra que lembra o cuidado e o carinho que dedicamos para tornar a nossa casa mais agradável e bonita.

Ambiente 1 – Jardim, hall e varanda
Luciano Zanardo (paisagista)
A primeira impressão de uma residência é, sem dúvida, o jardim. Aqui o profissional apresenta um paisagismo tropical inspirado em Bali para ampliar a proposta de contemplação, relaxamento e meditação. Os elementos revezam-se entre naturais e rústicos, como pedras, plantas, flores, fontes d’água e estátuas de deuses.

Os revestimentos das paredes são de bambu verde sem tratamento, esteiras de palha e, de pedra (aquamarine), na área das fontes. O mobiliário é balinês e, as estátuas, de animais nativos da Ásia. Para o teto, tecido de juta natural. Pontaletes de eucalipto bruto são utilizados para o perímetro do jardim. A área de relaxamento, com spa, tem o piso drenante e, no ambiente da varanda, uma sala com tocheiro ecológico a álcool.

O caminho de acesso aos jardins é recoberto por seixos de arenito e, também, piso drenante. O verde das plantas tropicais predomina, variando de tonalidades claras às mais escuras nas folhas das palmeiras de espécies como a Pinanga coronata, a Ravenalas madagascariensis (árvore-do-viajante) e a Chamaedorea micropadix (hastes finas com nós e entrenós destacados).

Para o paisagismo foram escolhidas, também, Strelitzia augusta (árvore semi-lenhosa com folhas agrupadas em forma de leque), Tradescantia spathacea (abacaxi-roxo ou espada de Iansã), maciços de alocacias, e plantas aquáticas. Para a ornamentação, orquídeas phalaenopsis em variadas cores.

Ambientes 2 e 3 – Escritório
Nivaldo Dellagostini (paisagista)
O escritório foi montado no jardim. A mesa de trabalho tem, de um lado, um lago com carpas Nishikigoi e, de outro, um canteiro com bromélias de médio e pequeno portes em cores diversificadas. As palmeiras representam o grafismo e suas formas. A espécie escolhida para o ambiente foi a Wodyetia Bifurcata (rabo de raposa). Os canteiros foram criados com formas sinuosas, explorando-se as cascas de pinus e arbustos.

Ambiente 4 – Academia
Danila Pedrogan Mendonça (arquiteta e engenheira de materiais)
O espaço tem equipamentos de ginástica contemporâneos adequados à vida moderna, às pressões sociais e à necessidade de boa forma. A escolha permite integrá-los a uma área zen, onde não apenas o corpo é trabalhado, mas, também, o espírito. Assim, é possível associar as práticas antigas, como meditação e yoga, às atividades modernas, como a musculação. A opção pelo piso de madeira de demolição não é aleatória. Trata-se de um elemento antigo que se tornou atual por ser sustentável. As duas áreas – Zen e Energia – são conectadas por uma área de pedriscos, que faz a transição entre o conforto da madeira e a dureza do concreto.

A iluminação foi desenvolvida com cores quentes, para proporcionar maior sensação de conforto. Na área Zen, a lavanda predomina. Foi escolhida por suas propriedades calmantes (contra insônia, irritabilidade, doenças infecciosas, males respiratórios e ansiedade, entre outros). Essa planta simples, com floração abundante e que pode ser cultivada o ano todo atua como uma fonte de equilíbrio.

Para a área Energia a escolha foi para as flores nas tonalidades amarela e laranja, por serem cores alegres e estimulantes. Entre as espécies estão os crisântemos e os lírios, que também são abundantes e florescem o ano inteiro. As lanternas de papel de arroz têm um efeito decorativo bem interessante.

Ambiente 5 – Ateliê
Marisa Trippia (artista plástica)
O amor também brota da natureza e cabe a nós sabermos cultivá-lo. Com essa proposta a artista plástica faz a passagem do imaginário ao real através da pintura a óleo na tela transferida para um painel. A figura de uma mulher representa a Mãe Natureza em meio a um campo florido de amor perfeito. Detalhe para a saia que, graças a um efeito 3D, a transforma em um campo florido real. A saia é sustentada por suportes de ferro com 600 vasos de flores.

Petúnias rosas decoram uma bicicleta dourada, oferecendo romantismo à tela natural do ambiente. Encontramos aqui também Viola Tricolor (amor perfeito) e Begônia Dragon Wing Red, símbolo de jovialidade e fertilidade. As flores foram escolhidas nas cores amarela, vermelha e roxa.

Para a artista, o amor também é o principal tempero de todos os pratos. Assim, eles são disponibilizados nos móveis e em pequenas latas recicladas nas prateleiras para mostrar a possibilidade do cultivo de uma horta em pequenos espaços ou em apartamentos, de uma forma prática e barata.

Além da lavanda (planta medicinal com propriedades relaxantes), o espaço conta com Zamioculcas Zamiifolia (zamioculca) e tostão (dinheiro em penca). Os móveis são artesanais, confeccionados em MDF. O ambiente é interativo e o público pode vivenciar com a artista a criação de novas pinturas, ao vivo. Destaque para a cerca de pincéis.

Ambiente 6 – Recanto das crianças
Estela Galleti (designer)
O ambiente para as crianças pode trazer, ao mesmo tempo, aconchego e aventura. A mobília, de designer europeu, feita artesanalmente em Pinus Elioti pelo Ateliê Angelin é inspirada nas abordagens Waldorf e Pikler e pedagogia Montessori. As medidas são específicas para bebês de 0 a 4 anos, e permitem que eles se movimentem com autonomia e segurança e desenvolvam importantes noções sobre equilíbrio e força.

O espaço é interativo. Floristas realizarão oficinas de arranjos florais para as crianças todas às sextas-feiras, às 10hs e às 14h. As ervas aromáticas estão distribuídas pelo espaço, contendo muita lavanda e alecrim. As flores escolhidas foram as torênias, popularmente conhecidas como Amor-perfeito-de-verão. As janelas para as samambaias e as árvores dos quadros da decoração são de madeira de demolição.

No espaço, os triângulos de espelhos permitem a experimentação de conceitos de refração da luz, formação das sombras e passagem do tempo. As Asas de Anjo ganham destaque, penduradas em pintura especial de aço corten (mais resistente à corrosão). Na biblioteca, diversos livros, inclusive em versões em inglês e em espanhol.

Ambiente 7 – Oratório
Gabriel Talarico (decorador de eventos)
A proposta é mostrar para o público que realizar um casamento em casa é, sim, possível. E em qualquer cantinho do quintal ou jardim. O decorador chama o seu espaço de “mini wedding no Oratório”. Sua proposta é fazer com que todo o ambiente ressalte a natureza. Ele elegeu as plantas e flores de fácil cuidado, como samambaias, bambu mossô, ruscus e orquídeas, destacando o verde, o rosa e o branco.

O tapete da nave principal nada mais é do que uma chapa de madeira maciça. As cadeiras de madeira estão desparceiradas e foram colocadas sobre cascas de pino. No altar, a imagem alva de Nossa Senhora tem samambaias ao alto e bromélias aos pés. Do lustre de treliça pendem bromélias e orquídeas emaranhadas nos potinhos de vidro para velas. O conjunto de quatro espelhos no muro lateral amplia o ambiente.

Ambiente 8 – Sala de banho
Karina Araujo Taccola (arquiteta)
Esqueça os banheiros usuais. Essa sala de banho tem uma proposta de purificação e limpeza ao utilizar elementos como pedra e madeira para aproximar o usuário da natureza, trazer aconchego e relaxamento.

O piso do chuveiro é de pedras encaixadas e não tem ralo aparente, já que a água escorre entre as pedras que escondem a tubulação. Os chuveiros formam dois painéis de banho com jatos massageadores e relaxantes permitindo um momento de compartilhamento do espaço. A banheira de imersão, em frente às duchas, está sobre um espelho d´agua formado pelo transbordamento. Um jardim com Fícus lyrata em vasos dispostos na parede ao fundo, da altura do observador, permitem que o banho pareça acontecer em meio à vegetação, transformando-o num momento de terapia.

A mesma pedra utilizada como piso do chuveiro conduz à área da bancada preta com pias de cubas de vidro azul. O andar descalço sobre as pedras descarrega as tensões e energiza o corpo.

Na frente das pias, um painel verde de Platicerium (chifre de veado) e pacová convida à contemplação da natureza, já que o espelho está na lateral da bancada. Um estar decorado com móveis de madeira de demolição divide a área da pia do espaço para o banho. Um jardim de asplênio completa o estar.

Ambiente 9 – Loft
Marina Machado e Allan Oliveira (designers de interiores)
Nesse apartamento transformado em loft os designers apresentam uma proposta inusitada: lago com cascata de bambu, peixes e plantas aquáticas no quarto, flores e plantas cultivadas in vitro que não necessitam de nenhuma manutenção na sala e horta com Panc’s (plantas comestíveis não convencionais) na cozinha. Sem contar a tecnologia que permite a flutuação em um vaso e o uso de papéis de parede em 3D. O espaço alia a inovação à sustentabilidade e criatividade.

Os profissionais trazem natureza para dentro de casa, mas de uma forma tecnológica e com baixo custo. Hoje é possível permitir que o frescor das plantas e flores esteja próximo até mesmo de quem nem sempre tem tempo até para regá-las.

A cozinha, sala e quarto são conjugados. Apenas a privacidade do dormitório é garantida pelos mourões de eucalipto espaçados e adornados por trepadeiras de maracujá. Todo o teto é delineado por samambaias.

No quarto está a grande surpresa. Aos pés da cama do casal foi instalado um lago com direito a uma mini cascata de bambu, carpas coloridas e plantas aquáticas. Os papéis de parede 3D simplesmente trouxeram uma floresta para o dormitório. O avencão decora a parede da cascata. A composição com mudas de mangueira, abacaxi ornamental, babosa, bromélias, antúrios e orquídeas propõe um jogo inusitado para o entorno do lago. É cinematográfico.

Na sala, o lustre principal formado por duas bacias opostas, uma para as lâmpadas e, outra, para as orquídeas, cumprindo dupla funcionalidade. Vale observar, na parede, os quatro balanços de corda cujas tábuas do assento servem como prateleiras para o VitaWall (mudas de plantas cultivadas in vitro), muito decorativas e apropriadas para quem não tem tempo para cuidá-las. Trata-se de um objeto de decoração que alia o sistema de multiplicação de plantas a um design super atual.

Na prática, o sistema é semelhante ao de um terrário, só que o processo é feito em laboratório. Assim as mudas plantadas no gel de agar-agar (composição a base de algas) se desenvolvem num ambiente fechado, sem a necessidade de água e de exposição ao Sol. Ali estão espadas de São Jorge, orquídeas ludísia, avencão e bambu. É a tecnologia aliada ao paisagismo de interiores. Emoldurando a grande novidade do ambiente estão dispostas balanças com vasos criativos de armação em metal e vidro.

Na cozinha, os vasos em diversos tamanhos com plantas medicinais de cultivo orgânico e Panc’s – plantas alimentícias não convencionais – (que encontramos facilmente sem se dar conta da sua função alimentar). Entre elas, a nutritiva ora-pro-nóbis, sálvia, erva-doce, pariri, guaco, capim-limão, bálsamo, alecrim, cânfora, arruda, poejo, camomila, hortelã, menta e arruda.

De forma informativa e ornamental, os profissionais procuram valorizar e incentivar uma alimentação mais saudável e orgânica. Encontramos na cozinha também um grande quadro negro, tendência que veio para ficar, prático para anotar receitas e deixar recados. A tecnologia do trem bala – suspensão por um jogo de eletroímãs – permite que a tillandsia (variedade de bromélia) flutue sobre a bancada.

Ambiente 10 – Espaço do casal
Daniela Vieira e Karina Taccola (arquitetas)
Projeto conceitual onde um caminho sinuoso interliga os ambientes que são permeados por arte e beleza, com grandes contrastes de cores e formas.

No centro do espaço está a cama de antúrios vermelhos. As formas geométricas das paredes onde foi colocado o spa entre fórmios são contrapostas pelas curvas da escultura ao lado oposto e do caminho que permeia o ambiente formado por um bosque de dracenas e moreias. Destaque para a vegetação que dá unidade ao conjunto.

Ambiente 11 – Jardim de inverno
Joacir Alves (paisagista) e Karina Taccola (arquiteta)
Os móveis rústicos de madeira criam um estar com cobertura de tumbérgias pendentes, uma trepadeira muito rústica e ornamental. O ambiente é convidativo para momentos tanto de introspecção como para encontros. De um lado, um jardim com palmeiras e bromélias, que tem como pano de fundo pleomeles (dracenas) e uma raiz escultural com delicadas e coloridas bromélias. De outro, um caminho de cacos de pedra São Tomé e bromélias de diferentes variedades que conduz à rede de onde se pode contemplar todo o ambiente.

Ambiente 12 – Living
Dirceu Daieira e Fernanda Souza Leme (arquitetos, urbanistas e paisagistas)
O projeto é ousado, pois traz para o principal espaço de convívio da residência um ambiente árido e desértico, criando uma ponte entre o orgânico, o natural, o selvagem e as formas contemporâneas e modernas criadas pelo homem urbano.

O elemento condutor do projeto é o deck em madeira Ipê em réguas de 7 cm, rompendo a bidimensionalidade do piso e elevando-se pelas paredes e teto para despertar a curiosidade do visitante. Chapas de mármore exótico, em tons claros, foram colocadas no piso entre os decks para ligá-los e para trazer a natureza ainda mais perto do visitante.

Nessa mesma linguagem do “completamente novo e original” foram criados os mobiliários de dormentes usados em linhas férreas e que ganharam um ar contemporâneo e sofisticado.

O revestimento hexagonal em tons de preto e branco, com inspiração nas linhas simples do estilo art-deco, foram aplicados nas paredes do fundo do ambiente. O Black & white também está nos grafismos geométricos das almofadas de diversas formas e tamanhos. Espelhos em formatos extravagantes e tridimensionais dão dramaticidade ao ambiente.

As tradições do passado com linhas futuristas e arrojadas estão unidas pelo design dos cachepôs criado pelos próprios profissionais e produzidos usando o Raku, centenária técnica japonesa originalmente utilizada na cerimônia do chá.

Destaque para estante projetada no centro do ambiente que exibe, além de objetos normalmente encontrados em uma sala de estar, plantas ornamentais, como as Rosas do deserto em diversos tamanhos, cores e tipos.

O ambiente expõe, ainda, exemplares de cactos, além de outros tipos de suculentas. Essas espécies caracterizam-se por armazenar água e nutrientes, necessitam de poucas regas e, por isso, são de fácil manutenção.

Ambiente 13 – Pátio interno
Daniela Vieira (arquiteta urbanista, especialista em iluminação) e equipe Estúdio Oh.
O percurso estruturado por dois espelhos d’água é um convite para experimentar e descobrir o espaço, além de proporcionar diferentes perspectivas do ambiente ao se abrir para criar duas áreas de estar e contemplar. O estar entre eles recebe um toque lúdico com poltronas de acrílico branco iluminadas. A luz do fogo da lareira sugere a introspecção.

Os elementos naturais água, fogo, vegetação, pedra e madeira se complementam em um ambiente acolhedor. A premissa do projeto é celebrar a beleza das plantas tropicais pelas suas características marcantes, como intensidades e nuances de verde, brilho, transparência, formas e texturas variadas. Ente elas, os filodendros, samambaias, zamioculcas, bromélias, asplênios, bambus, taiobas e colocasias.

Sob a luz dos trópicos a paisagem emite cores brilhantes, grandes contrastes e sombras definidas, pura inspiração para criar o cenário noturno. Embutidos de solo com diferentes fachos de abertura, projetores e perfis de Led ressaltam as particularidades das plantas expostas e inspiram emoções.

Destaca-se no ambiente a composição de plantas e elementos construídos com baixo custo de implantação.

Ambiente 14 – Cozinha
Fernanda Quelhas (arquiteta)
A cozinha rústica traz um ar rural para um ambiente moderno e muito prático. A disposição da bancada facilita a circulação e o trabalho solo ou conjunto dos chefs do dia. Também permite o bate papo entre quem está às voltas com as panelas e os convidados que preferem ficar perto do cooktop. Na parede verde, uma horta irrigada, com vários tipos de temperos (hortelã, manjericão, tomilho e orégano) para uso pelo cozinheiro. Tudo a mão.

A mesa de MDF que imita madeira rústica e com detalhe em aço corten foi colocada ao lado do jardim interno, caprichosamente decorado com crótons alfinetes – verde e amarelo -, oliveiras e zamioculca. Já do outro lado, crótons de cores provocantes como vermelho+amarelo+vinho, com formato de folhas diferentes – ovaladas ou torcidas. Essas plantas foram propostas por estarem em sintonia com as cores usadas no ambiente como o nogueira e o cobre corten do balcão e dos painéis e contrastam co,m o ônix (grafite metalizado) dos armários. Os crótons são de fácil manutenção e têm um apelo visual incrível. Os vasos com pintura em aço corten são de metal, portanto 100% recicláveis, leves, modernos, resistentes e duráveis, e podem ficar ao tempo. Nos painéis próximos da mesa, vasos em suportes macramê com plantas em formato pendente garantem sofisticação.

Ambiente 15 – Sala de jantar
J. Mangabeira e Lya Bettini (artistas plásticos) e Alexandre Ayres (designer de festas)
A ideia é integrar a sala de jantar ao jardim para criar um ambiente agradável e prazeroso, conciliando a arte e a natureza. A sala de jantar é ambientada com peças rusticas e clássicas calcadas nas cores dourada, prata e bronze contrapondo com materiais modernos para oferecer equilíbrio entre a decoração e o design. Flores e pássaros inspiram as obras de arte. Destaque para as interferências artísticas em telas clássicas.

Desta forma, o espaço para o jantar propõe alimentar não somente o corpo, mas, também, os sonhos, para uma vida mais alegre e saudável com flores e harmonia. As plantas e flores escolhidas são de baixa manutenção, grande durabilidade e de muita beleza. Entre elas estão azaléias, lírios e crisântemos, predominantemente nas cores branca, rosa e amarela. Impatiens rosa nos canteiros e zamioculcas em vasos complementam o jardim. As crianças ganham um cantinho especial, todo rosa, para o chá com as bonecas.

Ambiente 16 – Gourmet
Ines Scisci Maciel (arquiteta) e Alexandre Galhego (paisagista)
O receptivo é feito por arbustos topiados de alecrim em flor. O gourmet está rodeado por um jardim de ervas aromáticas, plantas comestíveis e árvores frutíferas, planejado para atender ao chef da casa. É um paisagismo bem diferente, sem espaços definidos, embora tudo esteja integrado. A hortelã aparece como uma planta rasteira no lugar da grama. Um jardim pensado para oferecer a melhor relação entre funcionalidade e estética através do uso de ervas e de temperos.

O diferencial está no uso das hortas suspensas dos muros vegetais, que podem ser utilizadas em locais de pouco espaço. Além de facilitar a colheita, provocam um visual muito bonito. O sistema é sustentável em relação ao crescimento livre de raízes, que o tornam bem mais estável. As raízes se entrelaçam em um feltro ferti-irrigado que mantêm as plantas saudáveis. Com o vento, o muro vegetal de horta empresta ao ambiente um cheirinho agradável das ervas. Além disso, é possível distanciá-las de animais de estimação que adoram brincar e estragar os canteiros.

O paisagista demonstra total domínio em mesclar as espécies vegetais. O layout do espaço define a maneira que as pessoas se organizam em volta de uma mesa para acompanhar quem administra a churrasqueira ou prepara um delicioso prato. O estilo é contemporâneo, com equilíbrio e simetria das formas, tornando-o atemporal.

Para uma ambientação atual e sofisticada foram escolhidas cores fortes, como o vermelho das placas plásticas 3D (lançamento) que podem ser facilmente aplicadas em qualquer parede, oferecendo um visual moderno ao espaço. Os armários foram projetados dentro das tendências apresentadas no Salão de Milão de 2016, seja nas cores, no uso da laca e nos puxadores. O piso de porcelanato e fácil limpeza é uma alternativa sustentável que reproduz com perfeição a madeira de riga.

A madeira, para dar aconchego, está nos bancos e nas cadeiras com encosto de tela para área externa, na cor branca. O balcão refrigerado é indispensável em um gourmert. Sobre ele, rosas spray na tonalidade verde, lançamento na Expoflora. A iluminação com luzes de led permitem a economia de energia.

Ambiente 17 – Espaço casual
Mauro Contesini (engenheiro agrônomo e paisagista)
O descanso é garantido à beira de um lago retangular sustentável, feito de lona impermeável, que não utiliza qualquer técnica construtiva e pode ser instalado com maior rapidez. Detalhe para as inovadoras bordas de madeira que lhe conferem uma elegante rusticidade. O fundo do lago é de areia, pois a proposta é caminhar descalço pelo lago até as espreguiçadeiras azul claro, relaxando os pés.

O conceito minimalista empregado no projeto paisagístico é caracterizado pela ousadia nas cores dos mobiliários e por seu design, sem abrir mão do conforto e da segurança. Eles são fabricados em polietileno, uma nova geração dos plásticos recicláveis que resistem muito bem às interferências ambientais como calor, raios UV e chuva.

As estantes modulares, leves e versáteis, lembram um brinquedo de criança para adultos. Funcionais demarcam o espaço da mesa de vidro para um piquenique no jardim com todo conforto. As poltronas são dispostas para a integração entre as pessoas.

A churrasqueira portátil oferece a opção do churrasco no quintal sem a necessidade de construções, ampliando o espaço para o lazer, onde se destacam as palmeiras Phoenix com seus troncos escultóricos e sua copa na forma de guarda-chuva. Uma planta rústica que pouco exige de cuidados.

O painel e o deck de madeira demarcam o espaço das espreguiçadeiras para quem quer curtir a paisagem de forma mais íntima e confortável.

O apoio serve como banco e mesa e foi colocado nas laterais das espreguiçadeiras para permitir diferentes formas de uso. Os cabideiros lembram os cactos no deserto, sem perder a sua função de apoiar bolsas, toalhas e roupões para quem deseja dividir o lago com os peixes.

Para colorir o ambiente foram eleitas as sunpatiens (impatiens ou marias-sem-vergonha resistentes ao Sol) por suas numerosas e coloridas flores. Essa planta chega a durar até 10 meses, fornecendo várias floradas. Destaque para a heuchera, com suas folhagens coloridas, lançamento na Expoflora.

Os Spathyphillum sp, mais conhecidos como lírios da paz, oferecem leveza ao ambiente com suas flores brancas. A grama Zeon zoysia com suas folhas mais finas (utilizada no campo de golf das Olimpíadas 2016) é uma variedade mais resistente e forma um tapete macio para facilitar o andar descanso. As esculturas de Fabiano Brito valorizam e decoram ainda mais o ambiente. Todo o paisagismo é destacado com uso de luminárias de foco dirigido e lâmpadas de led.

Ambiente 18 – Piquenique
Fernanda Quelhas e Karina Taccola (arquitetas)
Este jardim agradável, confortável e alegre, de formatos orgânicos, é ideal para piqueniques, sejam em casal, já que as flores lhe conferem muito romantismo, ou com toda a família. O antigo carro de boi e a fonte favorecem esse clima. As mesas e bancos foram fabricadas em cruzetas para garantir a rusticidade. O uso de elementos variados como pedras, pedriscos e vários tipos de plantas transmitem a impressão de que tudo já estava em seu devido lugar há muito tempo. Os cipestres ao fundo remetem a um panorama europeu. As flores são de variadas espécies e cores. Para o ambiente foram escolhidas azaléias, calibrachoas (mini petúnias que estão sendo lançadas na Expoflora) e maciços de crisântemos para os canteiros. Arbustos, como lavanda e alecrim, contribuem para o frescor do jardim.

Ambiente -19 – Jardim holandês
Mauro Contesini (paisagista)
Durante a primavera, na Holanda, é comum passar pelas estradas e admirar-se com os lindos campos de tulipas que transformam os quintais dos sítios em um colorido tapeta. No Brasil, onde o clima contribui muito mais para as floradas de diversas espécies em campo aberto, é possível estilizar as plantações holandesas e trazer para os trópicos a beleza dos canteiros organizados e diversificados em cor.

A réplica do moinho de vento remete aos países baixos. O painel mostra Zaanse Schans, a típica cidade holandesa dos Moinhos. Só que, aqui, a tulipa tem representante brasileira. A flor escolhida pelo paisagista foi a sunpatiens, uma variedade de impatiens (conhecidas popularmente como Maria-sem-vergonha), só que muito resistente ao Sol. Em quatro diferentes cores foram utilizadas mais de 800 mudas para compor esse belíssimo visual. Os sunpatiens não foram escolhidos apenas pela sua alegria, colorido e beleza. As flores permanecem lindas por, aproximadamente, 10 meses com floradas contínuas. Podem ser plantadas em vasos ou criando grandes manchas. Misturas em diferentes cores geram um aspecto de diversão na paisagem. Mas, também, podem ser usadas em uma única cor, criando cenários marcantes, ora sóbrio, ora romântico, ora suntuoso.

O floral feito de impatiens criado pelo Dr. Bach é indicado contra a impaciência, a frustração e a irritabilidade. Outra planta resistente ao Sol pleno, a petúnia supercal, foi escolhida para enfeitar os vasos de polietileno cujo formato lembra os antigos vasos feitos em barro vermelho. Eles foram alinhados na lateral do jardim para gerar movimento. A petúnia supercal, é, também, mais resistentes às doenças e menos exigente à nutrição e à água.

No final da Mostra de paisagismo, a Expoflora ampliou os jardins interativos com o público. O jardim das rosas, com 15 diferentes variedades nas cores amarela, rosa e vermelha encantam pela beleza. O púbico pode sentar-se nos bancos para contemplá-las.

A seguir dois painéis com imagens do parque keukenhof, na Holanda, considerado o maior jardim do mundo. Eles foram dispostos a permitir fotos interativas, remetendo os visitantes para o parque holandês, seja sentando em um banco em meio às flores, seja caminhando pelas pedras do lago.

 

Serviço:

35ª Expoflora
Data: De 26 de agosto a 25 de setembro de 2016
Local: Holambra – São Paulo
Horário: das 9h00 às 19h00
Endereço: Rodovia Campinas- Mogi Mirim (SP 340), saída 140.
Informações: (19) 3802-1421 e expoflora@expoflora.com.br
Site: www.expoflora.com.br/

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