França determina restrições mais duras contra segunda onda da COVID-19 e coloca eventos em risco novamente

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O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, anunciou na noite desta quarta-feira (23) novas medidas para tentar conter a segunda onda da pandemia de Covid-19.

O governo dividiu o país em várias zonas de alerta, com diferentes níveis de restrições para a população. Em Paris, grupos de mais de 10 pessoas serão proibidos nas ruas e os bares fecharão suas portas mais cedo.

A partir de segunda-feira, 28 de setembro, nas zonas de alerta aprimoradas, grandes reuniões serão limitadas a 1.000 pessoas, em vez das 5.000 atualmente autorizadas, disse Olivier Véran.

A decisão já gerou, quase que automaticamente, o cancelamento de eventos que já estavam programados para acontecer.

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Um grupo de agências, prestadores de serviços técnicos e catering demonstrou ao poder público francês a sua consternação, acreditando que as sucessivas medidas “estão destruindo setor”.

Para 2020, a queda no faturamento já é de 80% e para 2021, pode ser de 50% ou mais. “As empresas não passarão o inverno sem o anúncio rápido de um plano de salvaguardas massivo específico”, indica o coletivo enquanto a Comexposium, uma das líderes mundiais em feiras e congressos, solicitou um procedimento de salvaguarda.

“Com todas essas mudanças, estamos cancelando os eventos de um dia para o outro. E nossa situação não é compreendida, somos mais equipados e eficazes em termos de rastreabilidade, por exemplo, do que um centro comercial. Vamos perder toda a nossa competitividade e excelência no planejamento de eventos”, protestou Olivier Roux, presidente da associação francesa de eventos (UNIMEV).

Entenda as restrições novas

A partir de agora, as regiões que registram mais de 250 casos de Covid-19 para cada 100 mil habitantes, 100 casos para cada 100 mil idosos (mais de 65 anos) e 30% de pacientes hospitalizados em serviços de reanimação passam a ser considerados “zonas de alerta máximo”. Elas terão que fechar todos os bares e restaurantes. Fazem parte dessa categoria a região Aix-Marselha, no sudoeste, e Guadalupe, no Caribe.

O nível seguinte foi batizado de “zona de alerta reforçado”, onde o índice de incidência é de 150 casos para cada 100 mil habitantes e 50 ocorrências para cada 100 mil idosos. Essa é a situação atual de Paris e arredores, mas também de grandes cidades como Bordeaux, Grenoble, Lille, Lyon, Montpellier, Nice, Rennes, Rouen, Saint-Etienne e Toulouse.

A partir de agora, na capital e nas demais cidades em “zona de alerta reforçado” grupos de mais de 10 pessoas reunidos em locais públicos passam a ser proibidos. O limite de participantes em aglomerações foi reduzido para 5 mil para mil pessoas e grandes eventos estão proibidos.