Reino Unido adia reabertura para 19 de julho, medida que pode afetar 5.000 eventos

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O primeiro-ministro britânico Boris Johnson confirmou hoje (14) que a Etapa 4 de reabertura, programada para 21 de junho, está adiada para – no mínimo – até 19 de julho.

O prazo estendido é para permitir que todos os adultos no Reino Unido com mais de 18 anos recebam sua primeira vacinação.

Nas últimas semanas, houve um rápido crescimento de novos casos causados ​​pela variante Delta, descoberta pela primeira vez na Índia.

Autoridades de saúde acreditam que é 60% mais transmissível do que a cepa dominante anterior e os cientistas alertaram que pode desencadear uma terceira onda de infecções.

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No estágio final de um plano delineado por Johnson em fevereiro, ele esperava suspender a maioria das restrições sociais o que significa que pubs, restaurantes, boates e outros locais de poderiam reabrir totalmente.

O retrocesso da Etapa 4 significa que as regras atuais da Etapa 3, iniciada em 17 de maio, seguirão em vigor.

Atualmente, eventos em ambientes fechados para 1.000 pessoas (ou 50% da capacidade do local) podem continuar a funcionar com medidas de mitigação da Covid em vigor, como máscaras e distanciamento social, enquanto eventos para 4.000 pessoas (ou 50% da capacidade) podem ocorrer ao ar livre.

Eventos em estádios, com público sentado para até 10.000 pode continuar a acontecer, se o estádio tiver uma capacidade mínima de 20.000, e será dada uma dispensa especial para a fase 2 do Programa de Pesquisa de Eventos (eventos pilotos) – que são os casos de jogos de futebol da UEFA Euro 2020.

A situação seria revista em 28 de junho, o que poderia permitir que a reabertura fosse antecipada, embora o porta-voz de Johnson tenha dito que isso era considerado improvável.

Caos no setor de eventos musicais

A extensão de quatro semanas às restrições de bloqueio terá um impacto “devastador” no setor, levando ao cancelamento de mais de 5.000 eventos musicais planejados e custando “centenas de milhões de libras” em receitas perdidas, diz a LIVE, associação da indústria deste setor no Reino Unido.

Isso fará com que a indústria ao vivo do Reino Unido “seja deixada para trás e irreversivelmente danificada” em comparação com os mercados dos Estados Unidos e da Europa, como Holanda, Dinamarca e Bélgica, onde grandes shows de capacidade total devem retornar neste verão europeu.

Já neste ano, mais de um quarto dos festivais do Reino Unido com capacidade para 5.000 ou mais foram cancelados. Dos eventos restantes ainda em andamento neste verão, a maioria adiou suas datas para agosto e setembro, embora um pequeno número esteja programado para acontecer antes de 19 de julho, a data revisada mais cedo possível quando as restrições serão suspensas.

De acordo com a Association of Independent Festivals, o atraso na flexibilização das restrições de bloqueio fará com que 86% dos festivais do Reino Unido não possam acontecer em 2021.

Já a Night Time Industries Association informa que uma em cada quatro empresas do Reino Unido não sobreviverá por mais de um mês sem mais apoio governamental e 50% não sobreviverão por mais de dois meses.

*Com informações da Reuters/BBC/Billboard