RX Brasil detalha programa de mentoria para reconstruir a vida dos refugiados no Brasil

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No início deste ano, a Reed Exhibitions (RX) anunciou seu compromisso de doar US$ 1 milhão, ao longo de cinco anos, para nove organizações sem fins lucrativos comprometidas com a melhoria da equidade racial.

No Brasil três são os beneficiários pelas doações, mas RX Brasil está indo além e promovendo um Programa de Mentoria Inclusiva junto com o Instituto Adus (Instituto Brasileiro de Reintegração de Refugiados) – um dos beneficiados.

O Instituto Adus (Instituto Brasileiro de Reintegração de Refugiados), fundado em 2010, atende refugiados e outras vítimas de migração forçada na cidade de São Paulo, com o objetivo de reduzir os obstáculos à sua reintegração na sociedade.

Todos os meses, o Instituto ajuda mais de 500 refugiados de mais de 50 países, incluindo Venezuela, Haiti, Nigéria, Síria, Congo, Palestina, Angola e Colômbia.

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“Quando conhecemos o Instituto Adus, vimos rapidamente o quão próximos os valores deles se assemelhavam aos nossos e não tínhamos dúvidas de que seria uma grande parceria”, disse Daniela Souza, Consultora de RH da RX Brasil.

“Orientados pelos objetivos do Comitê Racial Global da Reed Exhibitions, que visa promover a igualdade racial por meio de projetos de educação e profissionalização, elaboramos um Programa de Mentoria Inclusiva, proporcionando aos refugiados o mesmo tipo de experiência que damos aos nossos funcionários”, completa.

Daniela conta que o Adus tem contribuído também para aumentar a diversidade da equipe da RX no Brasil.

Em abril, por exemplo, a organizadora recebeu um jovem refugiado angolano para trabalhar junto a equipe de Marketing Digital. O jovem é coordenado por Anna Felix, uma das líderes que participam do Programa de Mentoreamento Inclusivo.

“O programa de mentoria é uma oportunidade incrível de troca de conhecimentos e experiências, tanto profissionais quanto pessoais, e isso é muito valioso para mim. Sinto-me muito privilegiado por participar do programa”, comenta Felix.

Mentoria de longa data

A RX Brasil mantém um programa de mentoria interna desde 2019. O objetivo do programa é trocar conhecimentos, experiências e conselhos para ajudar a desenvolver a carreira dos funcionários.

Líderes de pessoas são treinados para orientar colaboradores de diferentes áreas da organização e impulsionar seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Lançado em março, o Programa de Tutoria Inclusiva RX & Adus visa contribuir para o desenvolvimento e a empregabilidade de refugiados ou pessoas em situação de refúgio, por meio de sessões de tutoria virtual. As sessões, iniciadas em abril, vão durar seis meses, até outubro de 2021.

Os mentores se candidataram voluntariamente no programa e um perfil de cada refugiado foi preparado, incluindo informações sobre suas necessidades individuais de mentoria, para que mentores e pupilos pudessem ser combinados com sucesso.

Antes do início da mentoria, os mentores participaram de um workshop liderado pelo Adus Institute e o RH da RX. Nesse workshop, os mentores aprenderam sobre o papel dos Adus e as condições das pessoas em situação de refúgio no Brasil.

Eles também participaram de atividades em grupo para discutir diferenças culturais e aprender mais sobre os perfis dos refugiados que seriam orientados.

“Minha experiência no workshop foi incrível. Agora tenho uma visão muito mais ampla do processo de mentoria e como estabelecer e cultivar relacionamentos valiosos. Aprendi, por exemplo, que meu pupilo Ocarl e eu trabalhamos na área de agronegócio”, disse Paulo Montabone, Diretor de Eventos da RX Brasil.

Atualmente Montabone está apresentando o setor sucroenergético – que compreende feiras da empresa como Fenasucro e Agrocana – ao pupilo.

“A estrada pela frente é longa. Serão seis meses de muito trabalho, mas o prazer de estar em uma organização que se preocupa com os outros me dá muita energia para este desafio!”, completa o executivo.

Os dez refugiados para participarem do programa foram selecionados pelo Instituto Adus e pertencem aos países: Cuba, Colômbia, Venezuela, Angola, Haiti.

São profissionais de diferentes origens de carreira, incluindo Tecnologia da Informação, Engenharia, Recursos Humanos e outros.

“Através da mentoria, espero aumentar minhas chances de sucesso, desenvolver minhas habilidades em um nível profissional e pessoal e fortalecer minha autoconfiança”, aponta Henry Estitp Flores, um dos pupilos que é refugiado venezuelano e graduado em matemática.

Para Alinne Rosa, VP de Recursos Humanos da RX Brasil e membro do Comitê global, o programa de mentoria traz desenvolvimento e aprendizado para ambos os lados participantes.

 “Os mentoreados terão o apoio de que precisam para se preparar para ter sucesso no mercado de trabalho brasileiro, reiniciar suas vidas e planejar um futuro melhor”, finaliza Rosa.