Congresso Abrape levou perspectivas positivas para o futuro do setor de eventos

Anúncio ABIMAD39

Os 1.600 participantes do 8º Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos saíram do evento prontos para aproveitar oportunidades e otimistas em relação ao futuro.

Pelo menos foi essa a expectativa deixada pelo economista Ricardo Amorim, que encerrou a programação do Congresso com a mensagem proposta desde o início pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE):

– Levar conhecimento aos representantes do segmento, ao mesmo tempo em que promove o networking e a troca de experiências.

Não é à toa que o encontro, de âmbito nacional, a cada ano se torna mais completo com a discussão de diferentes temas relacionados a toda cadeia produtiva de eventos.

Anúncio

“O setor de eventos saiu machucado da pandemia, porém valioso”, garantiu Amorim, certo de que o mercado tem potencial para crescer mais do que a economia brasileira.

E quando se trata de traçar um panorama da situação do País, o especialista reforça que é preciso olhar para as oportunidades, apesar dos problemas.

Isso envolve aproveitar o crescimento de setores como o imobiliário, automobilístico e industrial, que estão sendo diretamente impactados pela baixa da inflação e queda nas taxas de juros.

De forma geral, surpreender foi a palavra-chave da palestra, diante do incremento brasileiro em comparação aos países desenvolvidos.

E na prática, esse também deve ser o papel dos promotores de eventos, ou seja, entregar algo que a pessoa não estava esperando receber.

EXPERIÊNCIAS INSPIRADORAS

Ações de ativação utilizadas durante a pandemia, período de grande desafio para o setor de cultura e entretenimento foram apresentadas como cases de sucesso durante o primeiro painel do segundo e último dia do Congresso, realizado no Vibra São Paulo.

Ao tratarem do tema Experiências de Grandes Marcas no Mercado de Eventos, os participantes enfatizaram a importância dos eventos para conectar o consumidor ao produto por meio de uma experiência completa, que pode envolver desde o uso de tecnologias até collabs entre marcas para amplificar a comunicação.

Para o diretor de Patrocínios e Marketing de Experiências da Ambev, Felipe Bratfish, o excesso de informações que chega até o público atualmente torna cada vez mais difícil chamar a atenção do consumidor.

Diante desse cenário, as empresas têm apostado no investimento em entretenimento para alcançar e reter o cliente final. “O evento pode ser um hub de sinergia de marketing”, destacou.

E é exatamente esse o pensamento da Managing Director at Moët Hennessy do Brasil, Catherine Petit.

Ela deixou claro que a missão da marca inserida no ramo de bebidas, como o espumante Chandon, é criar experiências inspiradoras, gerar desejo e a vontade do consumidor de comprar, consumir e curtir.

“Para nós o conceito de evento é extremamente importante, é a melhor forma de apresentar nossas marcas e criar experiências especiais onde o consumidor pode ficar inspirado, querer consumir e comprar mais. Ele tem muitas facetas e canais onde podemos nos exprimir”, destacou.

A empresa foi uma das que mostrou, na prática, que a crise é realmente capaz de gerar grandes oportunidades.

Após sentir os reflexos da situação econômica do Brasil entre 2015 e 2016 e, em seguida, o “golpe final” com o surgimento do Covid 19, a Moët Hennessy se reinventou e transformou os desafios na famosa Casa Chandon, conhecida internacionalmente.

O espaço itinerante surgiu a partir da necessidade de lançar a nova identidade visual da marca. A expectativa inicial era apresentar o novo rótulo em um clássico evento para milhares de pessoas em meados de 2021.

Na Volkswagen a situação não foi diferente, afinal quem não assistiu ou ouviu falar da famosa da campanha de 70 anos da empresa automobilística protagonizada por Maria Rita e Elis Regina?

A montadora alemã utilizou recursos da Inteligência Artificial para emocionar os 5 mil participantes da festa de comemoração do aniversário da marca.

O objetivo foi aproveitar um momento de experiência para se conectar com o consumidor.

“Apesar do filme ser uma campanha, ela nasceu de um evento de um momento de experiência. A ideia era ter um encontro de celebração com os principais stakeholders”, explicou a gerente Executiva de Marketing da Volkswagen Brasil e SAM, Livia Kinoshita.

“Não tínhamos previsto dinheiro de mídia para a campanha. Aproveitamos o momento de integração para reverberar a campanha com força. Ao término do evento, a gente mandou um agradecimento para os convidados pelo whatsapp e o filme de 70 anos. Todos receberam simultaneamente. Teve uma repercussão rápida da forma menos tradicional possível”, finalizou.