A nossa luta não pode ser em vão

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POR FLÁVIO PIGNATARO

O último 1 ano e meio foi um período sombrio, repleto de dificuldades e problemas sociais e econômicos que pareciam não ter fim.

Todos os setores foram prejudicados pela pandemia do COVID-19, mas não podemos negar que o mercado de feiras e eventos foi impactado de tal forma que, por muito tempo, a recuperação pareceu uma conquista impossível.

Foram meses de invisibilidade por parte dos Governos Federal e Estaduais. Promotores, associações e outras entidades responsáveis por dezenas de eventos se uniram para mostrar aos órgãos que não desistiríamos e que estávamos prontos para nos adaptar e entregar eventos seguros, seguindo exigências e protocolos.

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Ainda assim, nosso setor foi considerado dispensável, até que 2021 chegou e trouxe o que tanto esperávamos. Finalmente obtemos a atenção do Governo Estadual, fomos vistos e ouvidos. Enfim temos protocolos, regras e adaptações a serem seguidas que viabilizam o retorno das feiras e eventos de grande porte. Mas agora o problema é outro: nós.

Agora que finalmente conseguimos ser vistos, precisamos mostrar que somos capazes de continuar entregando o nosso trabalho de uma forma diferente, mas na mesma qualidade.

Um ótimo exemplo são os bares, restaurantes e shoppings. Eles não pararam, ao invés disso lutaram, como nós, para continuarem ativos e conseguiram protocolos específicos para seu setor. Precisamos, assim como eles, mostrar que não existe a remota possibilidade de nos acostumarmos a um mundo sem eventos de negócios e que nosso mercado tem capacidade de se reinventar e seguir em frente de forma segura.

Sim, teremos que lutar contra novas variantes do vírus que estão surgindo. Não sabemos quando o COVID-19 será vencido, mas isso não pode mais ser um impedimento para o setor continuar. Nosso dever agora é realizar eventos responsáveis e seguros, que façam jus à luta de incontáveis meses em que trabalhamos para garantir a sobrevivência de empresas e empregos.

Parte indispensável do nosso trabalho é mostrar aos nossos clientes que estamos de volta e que nossos eventos estão preparados para enfrentar qualquer variante; mostrar a expositores, visitantes e terceirizados que nossas feiras são ambientes controlados, fiscalizados e liberados pelo Governo do Estado e Municipal. Se não formos capazes de mostrar a eles que estamos prontos, nossa luta terá sido em vão.

Chegou a hora de nos empenharmos mais em conscientizar aqueles que fazem nossos eventos acontecerem, fazê-los entender que estar em uma feira de negócios não significa arriscar sua saúde, mas sim aproveitar oportunidades únicas, que só o presencial pode oferecer.

*Flávio Pignataro é Gerente de Marketing da Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil – ABCasa