A retomada dos eventos de negócios no Brasil

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POR FERNANDO LUMMERTZ

Estamos vivendo um cenário absolutamente surreal A vacinação de mais de um terço da população adulta já realizada, as atividades econômicas, de um modo geral, com algumas regras adotadas já foram retomadas, muitas delas particularmente geradoras de grandes tráfegos de pessoas, como shopping centers, supermercados, academias de ginástica, etc, e os eventos de negócios, que são realizados com ABSOLUTO E TOTAL CONTROLE DE PÚBLICO, não podem retornar…

Obviamente não se pretende retornar de uma maneira irrestrita. É claro, que, por autorregulamentação, nós, organizadores profissionais de eventos, estabelecemos regras extremamente rígidas para retomar a realização dos eventos com participação controlada e aplicação de protocolos que vão muito além daqueles normalmente adotados nas atividades que já retomaram sua (quase) normalidade.

Milhões de pessoas desempregadas, empresas quebrando, importantes multinacionais deixando o país, vários setores econômicos que dependem da realização das feiras para gerar novos negócios e, por consequência, gerar empregos, produzir renda, pagar impostos e tudo o mais que uma economia ativa proporciona, tudo imensamente prejudicado  ela falta de entendimento do poder público sobre como a atividade do setor se processa.

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De norte a sul do Brasil vivemos uma situação sem precedentes, jamais vista em nenhuma época ou cenário, nem mesmo em épocas de guerras. Bloquear um setor econômico por completo é condená-lo a morte.

Não há como suportar. Nem mesmo com supostos auxílios fiscais ou supostos empréstimos financeiros, coisa que, aliás, não se materializa por conta da burocracia, as empresas e seus colaborares irão suportar além do enorme esforço ao qual foram submetidas nesses 16 meses de total paralisação.

O público alvo da maioria das feiras de negócios realizadas no Brasil tem idade média de 42,2 anos de idade, ou seja, praticamente podemos afirmar que, se retornarmos hoje,  a grande maioria dos participantes, já estaria vacinada. 

O poder público, na condição de gestor da pandemia, tem por obrigação considerar que o esmagamento econômico também produz vítimas em grande escala.

Como vamos sair dessa situação? Estamos no limite do limite. Vamos agora para mais uma ação de boa fé realizando um evento teste em Santos, nos dias 21 e 22 de julho, com o compromisso de que, havendo bons resultados no monitoramento que será realizado com os participantes, o setor poderá retomar as atividades com regras semelhantes às adotadas nos shopping centers.

Que essa não seja mais uma forma de buscar pretextos que nos mantenham paralisados. Até porque, não há como suportar mais.

*Fernando Lummertz é especialista em Marketing e Feiras de Negócios, criador da Rede Feiras e um dos idelizadores da Expo Retomada.