Desde março a ABEOC Brasil vem cumprindo seu papel de representante da indústria de eventos, tendo passado os primeiros meses de pandemia reivindicando medidas emergenciais que socorressem empresas e trabalhadores em meio ao lockdown imposto ao setor.
Para Fátima Facuri, presidente da associação, o setor de eventos “ainda está no chão, não teve a oportunidade de se levantar desse quadro de pandemia pelo qual passa o Brasil e o mundo. Nosso setor sofreu de forma maciça, levando empresas ao fechamento, a um segundo semestre também perdido e milhares de profissionais ligados ao setor ao desemprego.”
O mercado de eventos é formado por, ao menos, 52 segmentos, entre eles prestadores de serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas, além de profissionais cujos trabalhos envolvem aluguel de estruturas, como palcos, estandes, iluminação, som, serviços de filmagens, produção fotográfica, buffet de festas, decoração, assessoria cerimonial, seguranças, transporte, agências e operadoras de turismo, entre outros. São R$ 305 bilhões injetados na economia e 25 milhões de empregos formais.
“Toda essa engrenagem está paralisada. Ainda não temos noção de até onde se estenderá essa crise. Fizemos uma campanha de não cancelamento dos eventos e sim de remarcação. Precisamos voltar, precisamos de datas, de planejamento e um alinhamento entre prefeituras e governos estaduais. Sempre tivemos responsabilidade com nosso público, estamos prontos para voltar”, reforça Facuri.
Para a executiva, depois das medidas emergenciais e dos protocolos, a prioridade agora é a retomada.
“Colocamos nas mídias as campanhas #estamosprontosparavoltar e aderimos à hashtag #euvivodeeventos, com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para o retorno dos eventos. São milhões de trabalhadores na miséria. São milhares de empresas à beira da falência. Queremos e merecemos ser vistos. Não podemos continuar como joguetes. Queremos mais empatia por quem faz girar a economia. A campanha foi muito recebida e acontece simultaneamente a dezenas de movimentos pela retomada organizados pelos ‘invisíveis’ de todo o País”, finaliza Fátima Facuri.