O setor de eventos de cultura e entretenimento continua sendo o maior gerador de empregos no país, apontam os dados do IBGE e do Ministério do Trabalho e Previdência.
As informações estão reunidas no Radar Econômico, estudo realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE.
No saldo acumulado entre janeiro e outubro de 2023, o segmento teve um crescimento de 46,6%, enquanto outras áreas como agropecuária (- 9,1%), serviços (23,4%) e construção civil (-12,4%) registraram um decréscimo, comparado ao mesmo período do ano passado.
A média nacional, envolvendo todas as atividades econômicas, foi de queda: – 23,7%. O índice foi impulsionado pelo desempenho do core business do setor, que abrange atividades como:
– Organização de eventos; atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental; atividades de recreação e lazer; e produção e promoção de eventos esportivos.
Foram geradas 23.554 vagas de empregos, com crescimento de 46,6% sobre o mesmo período de 2022 (15.966). Só no mês de outubro foram geradas 4.247 vagas, o maior índice registrado desde janeiro de 2020, quando se iniciou a série história do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Governo Federal.
Destaque para o segmento de organização de eventos (exceto culturais e esportivos): a atividade teve um incremento de 110% no número de vagas geradas no período (18.022 em 2023 e 8.563 em 2022).
“Estes resultados refletem a importância dos programas e ações de proteção e fomento ao segmento”, afirma o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
“Um exemplo é o PERSE, que permitiu uma rápida retomada do setor após o longo período de paralisação provocado pela pandemia. É fundamental que os avanços do programa sejam mantidos na Reforma Tributária, que está sendo discutida no Congresso Nacional”, completa.
A estimativa de consumo no setor chegou a R$96,7 bilhões entre janeiro e outubro, resultado 12,5% superior ao mesmo período de 2022 (R$86 bilhões).
Em outubro, o índice foi de R$ 10,14 Bilhões, o melhor mês desde que a série histórica deste indicador iniciou em 2019.