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Início Blogs De volta para o passado Amanhã o setor de eventos poderá sextar?

Amanhã o setor de eventos poderá sextar?

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Este espaço serviria para trazer um pouco mais do passado do setor de feiras – do mundo inteiro – para todos vocês. Mas como o blog é meu, vou abrir uma exceção. “Mas por que isso? Você coloca as notícias no Portal Radar… escreve lá, ué!”. Não. O texto vai aqui mesmo porque me permite uma linguagem mais tranquila e, sobretudo, representa o pensamento do Luis Orsolon – e não necessariamente a pessoa jurídica “Luis do Radar”.

Mas e amanhã, iremos sextar? Desde o anúncio da reabertura com o “Plano São Paulo”, esta tem sido a expectativa às sextas: hoje teremos algum indicativo de data da volta dos eventos. Mas não. Pelo menos uma vez ele foi mencionado como em análise. Depois disso um silêncio completo.

Os efeitos disso, que ficam mais evidentes, são os cancelamentos das feiras. Nas últimas semanas aumentaram os anúncios que são descritos como “postergados para 2021”. Não, eles não foram adiados. Eles foram cancelados em 2020 e só voltam em 2021. Pode parecer mais agradável aos olhos ler um “adiamento” em vez de cancelamento, mas não é a realidade.

De acordo com um levantamento rápido que fiz por aqui, tirando a Informa Markets Brasil (que tem boa parte de suas datas em setembro/outubro), a maioria das “grandes promotoras” do país tem poucos eventos ainda marcados para este ano. Mas essa é só a face mais evidente. Não vou nem mencionar as demissões que foram feitas neste período, que apesar de não divulgadas, são facilmente percebidas por meio do Linkedin.

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O problema é ainda pior. Sem o fôlego das multinacionais, montadoras e agências de eventos estão quebrando. Milhares de prestadores de serviço como seguranças, equipes de limpeza, proprietários de pequenos buffets que colocam seu trabalho nos estandes, recepcionistas e mais uma infinidade de gente não tem mais o que fazer. Ficam na torcida igual eu. Hoje vamos sextar?

É o momento de liberar? Quando o Governo do Estado de São Paulo autorizou os shoppings centers, eles simplesmente acabaram com este tipo de questionamento. Já foi falado “n” vezes – e me permito não repetir aqui as razões… é só procurar no Portal Radar – do porquê conseguimos reabrir as feiras com até mais segurança que os shoppings. Mas então por que isso ainda não aconteceu? Por que não é dado pelo menos um indicativo de mês? Por que eles podem e a gente não? Por que eles têm força junto ao governo e a gente não? Por quê? Por quê? Por quê?

O silêncio gera a incerteza, que geram os cancelamentos, que gera o caos. Se ainda as empresas e as pessoas conseguissem linhas de crédito, auxílio para sobreviver neste período… mas nem preciso mencionar o que acontece no Brasil, né?

Fora isso, digamos que amanhã venha a liberação. Perdemos o timing já? A previsão de feiras com 50% de capacidade e apenas compradores e expositores brasileiros fará valer a pena o investimento para as empresas? Ou a liberação será melhor apenas para os eventos corporativos? O texto ficou cheio de interrogações e perguntas pois é assim que estamos atualmente.

E amanhã chega uma nova sexta-feira e, com ela, novas expectativas. Vamos sextar?

OBS: Após a divulgação deste texto, foi informado na Coletiva do Governo que na terça-feira será falado sobre os protocolos de eventos. Iremos “terçar”? Saiba mais aqui: https://portalradar.com.br/joao-doria-falara-sobre-os-protocolos-do-setor-de-eventos-na-proxima-terca-feira-07-07/

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