Entre os dias 03 a 06 de março aconteceu a ExpoRevestir , feira que segundo profissionais renomados do setor é a Fashion Week da Arquitetura e Construção. Para saber mais sobre este setor e sobre a feira, conversamos com Antonio Carlos Kieling, Presidente Executivo da ANFACER e da EXPO REVESTIR .
Acompanhe.
1 – Poderia falar sobe a sua visão do mercado da Arquitetura e Construção atualmente? Precisamos de incentivos?
Os últimos dez anos foram de grande desenvolvimento para o mercado de arquitetura e construção. O Brasil ainda representa um grande potencial para o setor e continuará assim por muito tempo. As questões conjunturais, no entanto, lançam algumas inquietações sobre o mercado como um todo. Diria que as principais questões que preocupam estão relacionadas a três aspectos: 1. A “Inflação” que afeta drasticamente a renda e por consequência a capacidade de consumo da sociedade; 2. O “ambiente de negócios” que se deteriorou nos último tempos, pelo agravamento da insegurança jurídica no país, esgotamento da infraestrutura, oferta de energia, burocracia em excesso, baixa eficácia da gestão pública, entre outros, fatores esses que desestimulam investimentos e geração de novos negócios; 3. Financiamento e respectivos custos é fermento fundamental à expansão da construção civil no país.
2 – A Expo Revestir é considerada a Fashion Week da Arquitetura e Construção. Sendo assim, quais serão as tendências que ditarão moda neste setor?
O que já é possível perceber são as seguintes tendências: a permanência da impressão em High Definition (alta definição) nos revestimentos, que se destacam pela altíssima fidelidade na reprodução de estampas e texturas; apostas em paleta de cores diversas; superfícies antiderrapantes; grandes formatos e coleções versáteis que podem ser usadas tanto em ambientes externos quanto internos; linhas de produtos sustentáveis com menor consumo energia e de matérias primas e uso de materiais recicláveis.
Para o segmento de louças e metais, os lançamentos mais recentes apostam em design assinado, preocupação com a sustentabilidade (sobretudo na economia de água) e tecnologia.
3 – A Feicon e a Expo Revestir se completam, pois, uma foca na construção e a outra no acabamento. Poderia comentar sobre isso? Como um setor completa o outro?
Ambos os eventos são muito relevantes para a construção civil do país e, sem dúvida, há uma complementariedade entre as Feiras. Entendo ser importante ao trade do segmento construtivo ter a sua disposição a possibilidade de se atualizar em relação a novos materiais e tecnologias que são disponibilizadas ao mercado, a cada novo evento.
4 – Comente sobre a Expo Revestir. Qual o diferencial?
Entre os dias 03 e 06 de março próximo, estará acontecendo a 13ª edição da Expo REVESTIR, no Transamérica ExpoCenter. Em 2014, ultrapassamos a marca dos 50 mil visitantes de várias partes do mundo, que conferiram pessoalmente os lançamentos de mais de 230 expositores.
A REVESTIR é hoje uma Feira de posicionamento global e esta entre os três eventos mais importantes de seu segmento, no mundo. Tem como objetivo oferecer ao mercado construtivo soluções em acabamentos, com os lançamentos de última geração em ternos de design e tecnologia.
Seu grande diferencial é a segmentação do público alvo que conquistou ao longo de suas edições e que tem foco em cinco grupo de profissionais: arquitetos, designer de interiores, construtores, revendedores de materiais e compradores internacionais.
Vale ressaltar que durante a REVESTIR acontecerá, ainda, o 13º FÓRUM DE ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO, evento de conteúdo que reúne mais de três mil profissionais do setor, em seus quatro dias de realização, quando grandes nomes nacionais internacionais do segmento de arquitetura, design e mercado, desenvolvem temas e conteúdos relevantes.
6 – Qual o feedback das empresas?
Altamente positivo. Ano passado, ao final da 12° edição, 85% dos expositores haviam renovado seu contrato. Neste momento, para a edição de 2015 que acontece entre os dias 3 a 6 de março, todos os pavilhões do Transamérica estão totalmente tomados e com fila de espera. E a tendência é crescer a cada ano.
