Associações de eventos cobram de Senadores avanço da vacinação e incremento de testagem para trazer segurança

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Representantes do setor de eventos e turismo participaram de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado (CDR) na última segunda-feira (17).

Apesar do cenário, o retorno a um calendário de eventos é encarado como natural, uma vez que os riscos sanitários entrem em declínio.

No entanto há necessidades legais que pressionam pela volta às reuniões e às conferências tradicionais.

Fatima Facuri, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), disse que a perspectiva de eventos corporativos predominantemente virtuais não é viável.

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“Esse modelo” é importante para geração de conteúdo, mas não para fazer negócio. Vimos eventos prontos sendo desmontados. Não estamos falando apenas de uma retomada; são eventos contratados que precisam ser entregues. Senão vamos terminar não só quebrados como processados”, apontou Facuri.

Os representantes setoriais cobraram o avanço da vacinação e um incremento da testagem, para conferir segurança e previsibilidade aos eventos.

Nesse contexto, foi feito um pedido ao Congresso Nacional para que seja estabelecida uma norma federal única de retomada de atividades econômicas a partir de percentuais de imunização da população.

Doreni Caramori Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), explicou que essa iniciativa permitiria fechar, desde já, contratos para a realização de feiras e congressos corporativos no futuro, quando as condições permitirem.

Por enquanto, os possíveis contratantes desses eventos estão inseguros quanto à realização efetiva e preferem não concretizar o negócio.

“O impacto no setor não se faz apenas pela paralisação, mas também pela incerteza sobre quando poderemos retornar. Se os eventos já puderem ser vendidos, o recurso vai dar condição para o empreendedor ficar vivo até lá. Essas são medidas que nos tirariam um custo enorme de convencimento e negociação”, enfatizou Caramori.

Essa situação foi ilustrada por Danielle Novis, superintendente da fundação de promoção ao turismo Maceió Convention & Visitors Bureau, de Alagoas.

Segundo ela, há um calendário de eventos represados porque as pessoas estão inseguras. Ela vê um retorno aos patamares pré-pandemia apenas em 2024.

Participaram ainda da audiência Gervásio Tanabe (Abracorp), Armando Campos Mello (UBRAFE/SINDIPROM-SP) e o secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo do Ministério do Turismo, William França

A reunião desta segunda-feira foi a segunda do Ciclo de Debates sobre Turismo, que . As audiências são semanais, sempre às segundas-feiras.

*Com informações da Agência Senado