A França entrará em seu segundo confinamento nesta sexta-feira (30/10), como uma medida de conter o aumento da COVID-19 no país.
O lockdown durará até 1º de dezembro, embora possa ser prorrogado. O primeiro bloqueio francês tinha previsão de duas semanas, mas perdurou por mais de dois meses.
Frente as novas restrições diversas associações e organizações do setor de eventos do país escreveram uma carta alertando os parlamentares sobre a necessidade de iniciar um plano de salvaguarda maciça para o setor de eventos.
O estado de emergência sanitária posto em prática na França, e que deverá ser prorrogado, resultou no cancelamento de quase todos os eventos desde o final de fevereiro de 2020. Nos últimos meses, medidas como redução no número de participantes, toque de recolher e etc., já vinha causando danos ao setor.
“O confinamento geral, depois a retomada muito tímida das nossas atividades entre junho e setembro de 2020, tem afundado a atividade de eventos e toda a sua cadeia de valor (agências de eventos, organizadores de exposições, feiras, congressos, gestores de espaços de eventos, prestadores de serviços especializados) e, por extensão, todos atores do turismo de negócios, incluindo donos de restaurantes e hoteleiros”, apontam na carta.
As associações indicam que, até o momento, é estimada uma queda no faturamento do setor de eventos de mais de 80%, e 1 em cada 2 empresas está ameaçada de desaparecimento nas próximas semanas/meses se nada for feito.
Na França o setor de eventos representa sozinho cerca de 455.000 empregos diretos e indiretos criados ou mantidos em regime de tempo integral.
Junto com a carta foi entregue um plano específico composto de medidas essenciais para a sobrevivência do setor e que permita ele se recuperar quando chegar a hora.
“É por isso que estamos chamando você hoje. Precisamos do seu apoio do Governo. Precisamos que você vote em medidas substanciais para nossos negócios e que nós ajudam a proteger empregos e habilidades em toda a indústria. Precisamos do seu suporte em nossos esforços, a fim de alcançar muito rapidamente este grande plano de salvaguarda que é vital para todas as empresas”, finaliza o documento.
A carta completa, em francês, pode ser vista clicando aqui
