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Autorizar o retorno das feiras e eventos de negócios é apenas o começo do desafio de recolocar em pé o setor

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POR FERNANDO LUMMERTZ

A Retomada das feiras e eventos de negócios não irá acontecer da noite para o dia. Ainda que o represamento dos calendários de 2020 e 21 possa sugerir a realização de uma avalanche de eventos para 2022 muitos fatores concorrem para dificultar o retorno à normalidade pré-pandemia com a velocidade que desejamos.

É preciso continuar trabalhando muito forte para encarar esses obstáculos nascidos durante a pandemia. O longo período de inatividade enfraqueceu por demais a percepção de valor da ferramenta de marketing e de vendas que as feiras e eventos de negócios representam efetivamente.

E isso exige uma união ainda maior de todo o setor para que os níveis nos quais haviam chegado em 2019 sejam reconquistados.

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Sem alongar por demais a lista dos obstáculos, vamos nos deter nos principais:

  1. Falta de confiança dos patrocinadores, expositores e visitantes para participar dos eventos.
  2. Excesso de valorização da eficácia das ferramentas digitais de virtualização dos eventos artificialmente gerado pela indústria digital que está por trás da construção dessa falsa narrativa.
  3. Aumentos absurdos dos preços dos insumos empregados na montagem de estandes e cenografia em geral.
  4. Potencial falta de mão de obra qualificada para atender um calendário supostamente represado. Profissionais do setor migraram para atividades diferentes por necessidade de sobrevivência.
  5. Baixo volume de recursos financeiros das empresas do setor para auto promoção e reorganização das suas equipes de marketing, vendas e operação.

Justificando porque coloquei em destaque o item dois da relação acima entendo que antes de qualquer outra ação é preciso urgentemente trabalhar na reconstrução da PERCEPÇÃO DE VALOR.

E esse é um trabalho que precisa ser realizado não só pelo conjunto das empresas do setor, via entidades, mas também individualmente, na medida em que o resgate da confiança na eficácia dos eventos passa obrigatoriamente por evidenciar os bons resultados que cada feira e/ou evento de negócio costuma entregar para os seus patrocinadores, expositores e visitantes.

Não podemos nos deixar vencer por distorcidas demonstrações de que os eventos virtuais são dezenas de vezes mais abrangentes, geram mais leads e custam muito menos para os participantes.

As ferramentas virtuais não são capazes de competir com os eventos presenciais em condições normais. Se posicionaram numa brecha compulsória que criou uma janela de oportunidades para que fossem adotadas uma vez que representavam o único paliativo disponível para o crítico momento.  

E, nesse sentido, o trabalho desenvolvido pela EXPO RETOMADA em suas edições vitoriosas já realizadas e nas que certamente ainda virão, tem o importante papel de ser o palco de (re)construção dessa verdadeira narrativa sobre a eficácia dos eventos presenciais e, em especial, em recolocar a tecnologia a serviço da ampliação dessa eficácia e não mais na insípida concorrência virtual.

Até porque não é esse o verdadeiro papel de cada um dos atores. Nem os promotores profissionais dos eventos presenciais tem expertise para dominar essas tecnologias e muito menos as empresas de tecnologia tem expertise para promover eventos.  

Por favor, cada macaco no seu galho, senão a árvore quebra…

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