RETOMADA existe mesmo? Lições e aprendizados
Recentemente foi realizado no SP EXPO a EXPO RETOMADA com muito sucesso Foi o 1º evento com aval oficial/alvará após 7 meses de paralização completa do setor. Protocolos foram vivenciados ajudando a obter a reconquista da confiança em eventos. Mas existem algumas lições e aprendizados que ficam para analisarmos.
Primeiro visão…. EVENTOS COMO VILÕES DO CONTÁGIO
Vendo o que aconteceu recentemente na Itália aonde uma feira de negócios que estava em processo de montagem foi paralisada totalmente quando o governo Italiano decidiu restringir as atividades por causa de uma 2ª onda de infecções por lá me deixou extremamente preocupado. Ainda estão confundindo a palavra EVENTOS por lá?
Continua com a visão míope que TODOS eventos geram aglomerações? Na Alemanha já esta bem clara e definida esta divisão entre B2B e B2C , mesmo porque os estados da Alemanha é que são os donos das venues e eles conhecem bem as diferenças entre os seus clientes ou as suas produções .A visão Alemã e bem fácil. Tem venda de ingressos, B2C. Tem visitantes de uma comunidade especifica com foco em negócios,B2B. Simples assim. Que fique este aprendizado para todos!
Segunda visão…. FALTAM DADOS E PESQUISAS QUE DEMONSTREM SEGURANÇA SANITÁRIA
Mais uma vez a Alemanha sai na frente em relação a isso. Que inveja deles! A Universidade de Leipzig realizou um extenso estudo analisando o impacto dos protocolos em um show ao vivo na Arena Quarterback Immobilien no dia 22 de Agosto passado. Shows ao vivo são provavelmente o formato de Live Marketing que foi mais impactado e só devem voltar ao formato original na metade do ano que vem. Então um estudo com este foco tem muito a ensinar para o setor de eventos B2B corporativos, vamos as principais conclusões.
Momento do credenciamento e entrada são crítico Fazer portanto tudo “touchless”/digital e com entrada e saída escalonadas ou agrupando por blocos,são ações fundamentais neste sentido.
– Medidas de higiene sanitária durante o evento são fundamentais. Ou seja todos os protocolos conhecidos devem ser aplicados a risca. Do respeito ao distanciamento ao uso de EPIs pelo staff (idealmente Face Shield a todos com contato com publico )fazem parte das ações que qualquer organizador não pode prescindir.
– Networking/grupos com pessoas próximas e de pé precisam de atenção. De novo os protocolos em ação. Não tirar as máscaras. Consumir A&B somente sentado e em duplas no máximo. Conversar a 2 metros de distância pode parecer estranho mas funciona! Fazer sinalização no chão lembrando a distância mínima sempre ajuda!
– Capacidade Limitada e ventilação constante ajudam a mitigar riscos. Não podemos e não devemos neste momento de retomada utilizar a capacidade total das venues. Menos de 2m2 por pessoa é assumir riscos desnecessários neste momento. Janelas abertas ou venues com boa troca de ar em períodos curtos (como nos aviões) é fundamental também.
Terceira e ultima visão…VACINA VAI MUDAR A PERCEPÇÃO DE SEGURANÇA SANITÁRIA
Por mais que respeitemos todos os protocolos existentes ( na EXPO RETOMADA foi utilizada a capacidade de 5% em relação ao potencial total de visitantes do local ) sempre vão existir percepções diferentes das pessoas.
O compliance das grandes corporações vai continuar doutrinando as decisões sobre viagens de negócios dos funcionários. Algumas pessoas vão continuar se sentido inseguras em participar de qualquer evento (em especial aqueles dos grupos de maior risco).
Quando e como teremos vacinas ainda são pontos que as pessoas não tem resposta. Mas vejo iniciativas em outros países sobre RAPID TESTING , ou seja , a capacidade de realizar testes rápidos com obtenção de resultados imediatos uma possibilidade de uma ação efetiva de recuperar a confiança nos expositores e compradores dos eventos B2B. Mas não existe a menor chance de eventos corporativos não voltarem. Precisa de muita cabeça e resiliência.
Retomada segura SIM! Retomada consciente com certeza! #porquesomosgregários