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B.L.O.G.P.O. SP, referência em eventos de negócios, corre risco de “sair dos trilhos”

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SÃO PAULO como referência em organização de eventos corre perigo. A cidade de São Paulo sempre foi uma referência quando se fala em eventos com foco na geração de negócios. Faz parte do DNA da cidade.

Tudo começou quando um prefeito e alguns visionários tomaram a decisão de inaugurar o espaço de convenções do Anhembi. Foi inaugurado em 1970 com uma edição do Salão do Automóvel (que até esta data acontecia no pavilhão de exposições do Ibirapuera)
Nestes últimos 50 anos a cidade de São Paulo soube capitalizar muito bem este propósito de gerar negócios. A infra estrutura esta toda aqui…

Os pavilhões, os hotéis, os principais aeroportos do país, os fornecedores, o entretenimento.. Ou seja toda a cadeia do M.I.C.E (meetings/Incentives/congress/exhibitions) reunida em uma região geográfica permitindo a realização dos mais diversos tipos de feiras , eventos , congressos. SP é conhecida por estas qualidades no mundo todo. É um patrimônio intangível. Mas agora eu vejo tudo isso correndo um risco de “ sair dos trilhos”…

Existem 3 grandes razões contribuindo para este desvio de foco na missão da capital:

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1) Indefinições em relação ao futuro do Anhembi – Infra estrutura de qualidade é fundamental para o planejamento de eventos (veja o SP EXPO por exemplo como uma referencia positiva) A cidade de São Paulo deveria incentivar ( com investimento público ou privado ) a melhoria constante da infra estrutura destinada aos eventos com foco na geração de negócios.

2) Legislação defasada – Hoje não existe um “código de eventos” para regulamentar os eventos. Existem normas técnicas, existem os alvarás. Mas não existe um arcabouço de leis e decretos que ajudem os organizadores de eventos a planejar e executar suas ações. Sempre importante lembrar que os eventos devem ser vistos como indutores de negócios e não geradores de taxas. Pagar os impostos OK mas a mentalidade é essa. Gerar negócios.

3) Indefinições em relação ao calendário – Planejamento é a alma do negócio de eventos. Definições de data e local de realização estão entre as funções iniciais básicas de qualquer planejador de eventos. Não existe outra forma. A ano de 2020 já foi seriamente impactado pela pandemia e os seus reflexos na suspensão do calendário de eventos do ano. Mas agora com a sugestão de realizarmos o carnaval da cidade em Maio de 2021 corremos o risco de impactar negativamente todo o calendário do 1º semestre de 2021 para os eventos. Já não bastasse a queda de 90% no faturamento do setor em 2020 corremos o risco de já não conseguirmos planejar e executar eventos no inicio de 2021. Isso muito grave!

E para deixar a situação com um suspense ainda maior, existe um Decreto Municipal de 16 de março de 2020 ( No 58.283 ) que PROÍBE a realização de qualquer evento no município de São Paulo. Compreensível pois foi definido no momento mais grave da pandemia e não poderíamos correr nenhum risco.

Mas agora é chegado o momento dos gestores públicos da nossa cidade estarem atentos a estas ações em curso. Não podemos e não devemos alterar o brand equity da cidade de São Paulo tão ligado a eventos empresariais. Isso foi conquistado com muito trabalho durante muitos anos. Várias cidades nos invejam por esse posicionamento.

Precisamos como cidadãos e empresários do setor deixar estes pontos na pauta e cobrar ações urgentes. São Paulo não pode parar…NON DUCOR DUCO.. diz o Brasão da nossa cidade!

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