A CASACOR São Paulo terá uma casa nova em sua 38ª edição. A mostra vai ocupar uma das mais importantes áreas verdes da cidade, o Parque Doutor Fernando Costa.
Mais conhecido como Parque da Água Branca, o local está localizado na zona oeste, conhecida por sua diversidade cultural, infraestrutura desenvolvida e vasta gama de opções de lazer.
A novidade reforça o caráter itinerante do evento e o desafio de colocar sob os holofotes os mais diversos pontos da cidade.
Além disso, a ocupação do Parque da Água Branca pela CASACOR tem o objetivo de deixar um legado ao restaurar a memória cultural e arquitetônica.
“Nosso objetivo é atuar na regeneração urbana, criando e fomentando espaços que transcendem seu uso original”, explica André Secchin, CEO da CASACOR.
“A CASACOR sempre foi mais do que uma mostra. É uma plataforma de relacionamento que conecta público, profissionais e marcas, mas também diferentes entidades governamentais e não governamentais”, completa.
André conta que, no caso do Parque da Água Branca, a CASACOR está acelerando o desejo da concessionária (Reserva Novos Parques Urbanos S.A) de promover outros eventos e atividades.
A CASACOR São Paulo vai acelerar a manutenção dos edifícios, ampliando as dinâmicas de uso do parque e contribuindo para sua recuperação e ressignificação.
A ideia da parceria é a de colocar o parque definitivamente no mapa de atrações de São Paulo para moradores e turistas, reposicionando-o, com uma visão contemporânea sobre a função dos parques urbanos.
“A CASACOR é um evento que estimula muito a cena cultural de São Paulo, que atrai um público altamente qualificado e investimentos, provenientes tanto das marcas parceiras quanto de negócios locais, que devem se beneficiar do movimento que será atraído para as proximidades. O plano não é apenas o de fazer nossa 38ª edição, mas sim, o de fazer parte do crescimento e desenvolvimento locais”, completa Secchin.
Constituído em 1929, o Parque da Água Branca abriga cerca de 190 espécies de flora remanescente da Mata Atlântica, oito de peixes e mais de 40 aves catalogadas em estudos.
É tombado desde 1996 pelo Condephaat (órgão estadual) como patrimônio cultural, histórico, arquitetônico, turístico, tecnológico e paisagístico, e desde em 2004 pelo Conpresp (nível municipal), por seu valor histórico, arquitetônico e paisagístico-ambiental.
O endereço, de atmosfera bucólica, é conhecido por oferecer 137 mil m² de área verde e por preservar a arquitetura dos anos 1930. Abriga atrações como a Casa de Caboclo, uma réplica de residências da zona rural, o Aquário e o Relógio do Sol.
O Parque possui Arena Hípica, Centro de Referência em Educação Ambiental e espaços para exposições e feiras. Livia Pedreira, presidente do time curador de CASACOR, está feliz com a escolha.
“Quase um século depois de sua constituição, o Parque da Água Branca está totalmente inserido no tecido urbano”, aponta a presidente dos curadores.
“Esse contexto, ele pode oferecer respostas para grandes questões do morar, que temos visto constantemente na mostra e nos estudos de tendências que guiam, anualmente, a escolha das temáticas e desafios que propomos junto ao elenco”, completa.
Segundo Livia, existe um grande anseio humano em não apenas apreciar, mas por sentir-se parte da natureza.
“Frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas, muitos urbanistas entendem que a natureza não mais deve ser dissociada da metrópole. A próxima edição da CASACOR vem para sedimentar essa ideia”, finaliza.
A ocupação do parque está prevista, em princípio, apenas para 2025. A data de realização da 38ª CASACOR São Paulo, assim como o tema da próxima edição, serão anunciados em breve.