Como Evitar o Stress?

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É difícil escrever sobre o estresse sem cair no lugar comum e nos livros de autoajuda. Eu tentarei aqui relatar o que existe de científico no manejo do estresse e a minha experiência clínica.

A principal dificuldade é a pessoa se autoavaliar como estressada. Muitos casos de hipertensão arterial, taquicardias, dores em coluna, musculares, de cabeça ou de estômago têm como origem o estresse. Mesmo nestes casos, o paciente não se acha estressado. Muitos acham que têm de adotar um comportamento agitado para serem efi cazes, mas acelerar não quer dizer que você está fazendo bem feito.

O estresse faz aumentar o nível de hormônios que aumentam: a frequência cardíaca, a pressão arterial, a acidez gástrica, o apetite, a vontade de comer doces; causam insônia, diminuem a libido, aumentam a glicemia, facilitam o aparecimento de algumas doenças autoimunes… Ou seja, em inúmeras doenças, o estresse é o agente provocador ou agravador.

Em vários artigos ou estudos científicos, a meditação e alguns tratamentos como a terapia cognitiva comportamental são indicados como os meios mais eficazes de se prevenir ou tratar o estresse.

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Em casos mais complicados ou quando a pessoa não se adapta ou não quer fazer estes tipos de tratamento, a medicação com antidepressivos ou estabilizadores de humor tem efi cácia evidente.

Agora, não adianta fazermos todos os tipos de tratamento possíveis para o stress se não modificarmos nosso estilo de vida.

Em minha prática clínica, tento recomendar aos pacientes que: deleguem mais as funções; evitem reuniões desnecessárias, ou almoços e jantares de negócios; diminuam o consumo de álcool (o álcool não é medicação para relaxar); diminuam ou evitem a cafeína; evitem o consumo de doces e carboidratos refinados como pão e massas; pratiquem qualquer tipo de atividade física ao menos três vezes por semana; divirtam-se com família e amigos; durmam pelo menos sete horas por dia; e tentem resolver os problemas quando acontecerem, sem antecipá-los. Evite jornadas de trabalho extensas (são improdutivas).

 

Por Dr. Mauricio Yagui Hirata – médico endocrinologista

Coluna tirada da Radar Magazine edição 33