Mais de mil inscritos participaram do Congresso Brasileiro do Sono 2021, que aconteceu de 13 a 15 de dezembro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
O evento foi promovido pela Associação Brasileira do Sono (ABS); Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e Associação Brasileira de Odontologia do Sono (ABROS).
Durante o Congresso, além da atualização científica, a entidade recebeu 214 trabalhos, sendo 196 deles aprovados. 78 profissionais foram certificados em Sono, nas diferentes áreas de atuação em odontologia, técnica de polissonografia, psicologia e fonoaudiologia.
Entre os destaques da programação científica, foram apresentados os resultados do estudo Hermes, que está na fase situacional.
Os primeiros resultados do estudo apontam que existem cerca de 36 centros distribuídos no Brasil que fazem algum tipo de diagnóstico e/ou tratamento da apneia do sono pelo SUS.
Esta distribuição nas diferentes regiões do País não é igual, sendo que alguns Estados não possuem serviços estruturados para atendimento destes pacientes pelo SUS.
O estudo conta com a Curadoria Científica independente formada pelos Drs. Luciano Drager, Alan Eckeli e Daniela Pachito e com o suporte da ResMed para viabilização da coleta de dados.
A atuação multiprofissional no Sono, formada por psicólogos, fonoaudiólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, dentistas e nutricionistas ganhou destaque no programa.
O papel da psicoterapia no tratamento do sono foi tema de uma das palestras.
A aula sobre esse tema revelou que pacientes com insônia e que buscam tratamento psicoterápico têm melhora em termos de relação terapêutica, se relaciona melhor com as emoções.
Os pacientes que passam por psicoterapia conseguem aderir melhor aos protocolos de TCCI (Terapia Cognitivo-comportamental para Insônia) e conseguem se vincular melhor ao tratamento.
Nesse processo é importante entender a rotina, aspectos de vida, quando algo da rotina está difícil de lidar. Quando há prejuízos em algum aspecto na vida profissional, amorosa, é sinal que chegou a hora de buscar ajuda.
Outros temas de destaque foram: “Novas perspectivas no tratamento não farmacológico da insônia”; “Crononutrição (alimentação e sono); “Neurobiologia e psicologia dos sonhos”; “Distúrbios respiratórios do sono e associações”; “Obesidade e Apneia do Sono”; “Evidências sobre melatonina”, “as abordagens na infância que podem reduzir a incidência de AOS no adulto”; “mitos e realidade da jornada do paciente com SAOS no Brasil”; “parassonias diagnósticos diferenciais; neurobiologia e psicologia dos sonhos”; “insônias comórbidas; apneia do sono – realidade e desafio; polissonografia além do IAH”; e consenso de narcolepsia.