COVID-19 gera queda de 75% do espaço líquido vendido das feiras da Ásia em 2020

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A UFI, Associação Global da Indústria de Exposições, lançou a 16ª edição de seu relatório anual sobre a Indústria de Feiras na Ásia. O relatório, compilado em Hong Kong pela BSG, cobre o desempenho real da indústria em 2019, bem como as previsões para os anos de 2020 e 2021.

No geral, a BSG estima que a Ásia registrará uma queda sem precedentes de 75% no espaço líquido vendido em 2020 em comparação com 2019 como resultado da pandemia COVID-19. Isso significa que o espaço líquido vendido deverá cair dos 24,5 milhões de m² registrados em 2019 para apenas 6,8 milhões de m² em 2020.

Segundo a BSG, a conquista desse resultado depende do mercado da China – que responde por quase 60% do espaço líquido vendido na Ásia. Ou seja, estes 6,8 milhões de m² só deverão ser alcançados até o final do ano se a China evitar uma segunda ou terceira onda significativa de infecções. Caso ocorra outro surto no país que ocasione a volta do bloqueio, os resultados reais em 2020 serão significativamente menores.

Dos grandes mercados da Ásia, espera-se que a China registre o desempenho mais forte em 2020, com uma queda no espaço líquido vendido de 65%. O Japão, o segundo maior mercado de feiras de negócios da região, deve registrar uma queda de 75%. Os mercados com feiras comerciais altamente internacionais, incluindo Hong Kong e Cingapura, apresentarão um declínio de 90% no espaço líquido vendido em 2020.

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Para 2021, a previsão da BSG para a região Ásia-Pacífico é de um espaço líquido vendido na faixa de 50% a 60% dos níveis de 2019 – com a China esperando um desempenho superior a todos os outros mercados. Em 2021, espera-se que a China alcance 70% a 75% do espaço líquido vendido em 2019.

O Japão, em 2021, tem como previsão registrar de 40% a 50% do espaço vendido em 2019, prejudicado pelo fechamento contínuo de importantes espaços em virtude dos jogos olímpicos que foram adiados para o próximo ano.

“A previsão para 2021 é particularmente desafiadora devido a movimentos que ainda são  desconhecidos, incluindo possíveis ondas de novas infecções em qualquer mercado, as restrições governamentais que podem ser impostas em cada mercado, restrições de viagens e uma série de outros fatores”, comenta gerente regional da UFI Ásia/Pacífico e diretor administrativo da BSG, Mark Cochrane.

O relatório também fornece um resumo detalhado do desempenho da indústria na Ásia no ano passado. Em 2019, em toda a região, o espaço líquido vendido em feiras asiáticas atingiu 24,5 milhões de m², representando uma taxa de crescimento média de 4,8% em 17 mercados de feiras asiáticos – acima dos 23,4 milhões de m2 em 2018.

Do lado positivo, o investimento na capacidade das instalações continua. No final de 2021, a capacidade total de espaços de exposições na Ásia será de 11,8 milhões de m², somando mais de 280 equipamentos destinados a esta atividade. Os principais mercados, incluindo Índia, Coréia e China, aumentarão a capacidade.

“Nossa indústria está atualmente passando pela crise mais desafiadora de sua história. Em 2020 o espaço líquido vendido cairá mais de 90% em alguns mercados – e uma recuperação total não será realizada até 2022 ou 2023”, comenta Kai Hattendorf, CEO e diretor administrativo da UFI.

Este relatório da UFI fornece informações detalhadas sobre o desenvolvimento de feiras comerciais e instalações de apoio em 17 mercados: China Continental, Hong Kong, Macau, Austrália, Índia, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Paquistão, Filipinas, Singapura, Taiwan, Tailândia, Camboja, Mianmar e Vietnã. O relatório também inclui análise sobre o desempenho real do mercado em 2019, bem como previsões para 2020 e 2021, e comentários sobre as principais tendências em cada mercado.

A pesquisa está disponível, em inglês, em www.ufi.org/research