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DOCE VENENO

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Hoje foi anunciada a possível liberação das feiras de negócios em 12 de outubro.

Em um dos meus raros momentos de neutralidade, fiz uma rápida análise, após conversar com fontes próximas aos que tomam as decisões neste momento.

A grande verdade é que o setor de feiras, não quer e não pode ser enquadrada como indústria criativa, pois é uma atividade de promoção comercial. Por outro lado, o setor trabalha a mais de 50 anos divulgando e construindo a imagem das feiras como fatores de aglomeração. Falar que uma feira teve pouco público seria o mesmo que declarar a decadência e provavelmente óbito dela. Durante décadas divulgaram-se fotos das aberturas das feiras e seus corredores e estandes lotados. E isso se tornou um padrão e um modelo, que não conseguiremos mudar em alguns meses. Pois bem! quando todos estes fatores são analisados por profissionais técnicos, preocupados 100% com a saúde e a disseminação do vírus, fica quase impossível convencê-los de que as feiras possuem o mesmo padrão fluxo de Shopping Center. E para concluir ouvi a seguinte observação: “Nem em véspera de Natal vemos corredores de shoppings lotados como os de feiras”. Entendeu?!

O setor pressionava o governo pela definição de uma data, e é o que tivemos hoje. 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Oremus!

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É o setor provando de seu próprio veneno.

*Foto: Salão da Criança realizado pela Alcantara Machado na década de 70.

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