Em coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes no dia 27 de maio, o Governo do Estado de São Paulo anunciou seu plano de “retomada consciente” para a reabertura de São Paulo. A apresentação do projeto caiu como uma bomba no setor de feiras e eventos, com o setor não estando incluso no projeto nem ao menos na Fase 5, que seria a “volta da normalidade”. De tarde o documento foi corrigido, com o segmento de eventos entrando na Fase 5. Muito longe ainda do ideal.
Como resposta, no dia seguinte a União Brasileira dos Promotores de Feiras (UBRAFE), o Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo (SINDIPROM SP), a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC BRASIL) e a Associação Brasileira de Cenografia e Estandes (ABRACE) se reuniram com o Secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Vinicius Lummertz, para ressaltar a importância da volta das feiras comerciais para a reativação da economia.
A cadeia produtiva do setor representa 160 mil empregos no estado de São Paulo, além da ativação de negócios em chão de fábrica de todo o país, com milhares e milhares de empregos. As feiras e eventos de negócios geram valores na ponta de mais de R$300 bilhões em negócios no estado de São Paulo, induzindo o consumo interno e exportações, projetando valor nacional da ordem de R$1 trilhão de reais.
Com isso, as associações, junto aos centros de exposições e convenções Transamerica Expo Center, Frei Caneca, São Paulo Expo, Anhembi, Rebouças, Expo Center Norte, Pro Magno e WTC Events Center, propuseram a abertura das feiras e eventos de negócios, a semelhança dos Shoppings Centers na Fase 2, conforme protocolos de segurança, seguindo normas e sugestões dos governos estadual e municipal.
Através de um novo protocolo (específico para o setor feiras comerciais) é destacado as atividades desenvolvidas em três etapas distintas, a exemplo de outros setores, que começam a ser liberados em fases.
Em ofício enviado a Lummnertz, as associações destacam que “estado de São Paulo representa ⅓ da economia do país, e a retomada das feiras e eventos de negócios, cria reflexos positivos com impacto na economia da cidade, do estado e do país. São Paulo como principal centro comercial e econômico da América Latina, sedia as mais importantes feiras e eventos de negócios, gerando negócios e oportunidades para todas as cadeias produtivas setoriais”.
Garantias de segurança aos visitantes e expositores
É apontado também no documento que as feiras sempre operaram com estrutura e conhecimento para atender o fluxo de expositores e visitantes, inclusive cumprindo protocolos sanitários e que “neste momento não é diferente, estamos preparados para realizar nossa ação de reabertura.”
Para ressaltar a similaridade entre EVENTOS & SHOPPING CENTERS, foi apresentado ao Secretário de Turismo as seguintes informações:
ESPAÇOS:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: ocupam um espaço fechado (centros de eventos/ salas para eventos MICE )
Shopping Centers: Igualmente
VISITANTES:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: com restrição de quantidade de pessoas, com monitoramento em até 30 dias do grupo de visitantes, com medição de temperatura e tapete desinfectante na entrada (entrada única), entre outros app para acompanhamento dos visitantes, expositores, fornecedores e outros;
Shopping Centers: Igualmente
ESTANDES:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: módulos arejados, número de pessoas atendendo as normas de distanciamento, com uso de máscaras e álcool gel, sem entrega de produtos promocionais e venda de alimentos;
Shopping Centers: Lojas com tetos fechados, algumas com portas e ar condicionado, restrição de quantidade de pessoas, manipulação de produtos entre vendedor e compradores, venda de alimento embalado ou não, como por exemplo cafezinhos e doces em quiosques, utilização de provadores de roupas e prova de sapatos entre outros.
CORREDORES:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: maior facilidade de regra para a utilização de corredores de sentido único.
Shopping Centers: maior DIFICULDADE na utilização de regra para sentido único nos corredores.
SANITÁRIOS:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: maior facilidade de higienização e distanciamento de pessoas, por serem adultos.
Shopping Centers: maior DIFICULDADE de higienização e distanciamento de pessoas, por ter acesso a crianças e fraldários.
ÁREA DE ALIMENTAÇÃO:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: atendem aos protocolos sanitários de A/B e política de distanciamento.
Shopping Centers: Igualmente
FORNECEDORES:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: Atende aos protocolos sanitários e tem maior controle dos serviços e colaboradores por serem contratados para um ÚNICO evento.
Shopping Centers: Atende aos protocolos sanitários, tem maior DIFICULDADE para o controle de colaboradores, prestadores de serviço por terem no mesmo local, DIVERSOS contratantes.
ESTACIONAMENTO/VALLETs:
FEIRAS DE NEGÓCIOS: atende aos protocolos sanitários estabelecidos ( ver anexo)
Shopping Centers: Igualmente
Obtendo a retomada dentro da similaridade apontada, o setor de eventos produzirá em curto prazo uma grande recuperação econômica e de trabalho através dos mais de 60 setores da cadeira produtiva, contribuindo assim, para o rápido crescimento da cidade de São Paulo.
Para baixar o novo protocolo propostos (E ESPECÍFICO PARA FEIRAS) clique aqui