Entrevista com Marco Basso, Presidente da Informa Markets no Brasil
Como você avalia os prejuízos para o setor de eventos do Brasil com o COVID-19?
Trata-se de uma situação sem precedentes, por isso, é difícil mensurar os impactos. No entanto, sabemos que o setor de eventos é crucial para a economia do País pois envolve, não apenas as empresas promotoras e organizadoras das feiras, mas também pavilhões, montadoras, prestadoras de serviços e os próprios expositores, que contam com essa plataforma de negócios para promover seus produtos e serviços. Uma cadeia enorme, que envolve inúmeros empregos e que traz muitas perdas ao parar.
E para a empresa, como está sendo o impacto do Novo Coronavírus na operação?
Na Informa Markets postergamos os eventos previstos para o primeiro semestre e já estamos trabalhando em novas datas junto aos pavilhões e parceiros de negócios para o segundo semestre. Nossa empresa é responsável por movimentar R$ 7 bilhões a partir das feiras que organizamos. São milhares de empresas e empregos que compõem essa nossa cadeia de negócios que dependem dos eventos. Além disso, trabalhamos diretamente com setores altamente representativos para a indústria nacional e que contam com nossos negócios para ajudar em seus crescimentos. Sabendo dessa importância, estamos mobilizamos para viabilizar os eventos no segundo semestre e auxiliar o setor nessa retomada.
Quais eventos foram adiados até o momento? Todos serão realizados ainda em 2020?
Sim, todos serão realizados ainda este ano. Os eventos do primeiro semestre foram reagendados para o segundo período do ano. São eles: Saúde Business Fórum, Intermodal, Agenda Setorial, Workshop PSR, Agrishow, FEIMEC, Hospitalar, Energy Solutions, ABF Franchising Expo, Fispal Food Service, Fispal Tecnologia. Além disso, ForMóbile e FuturePrint que aconteceriam em julho também foram postergados, pois entendemos, depois de pesquisar junto a nossos clientes, que a realização um pouco mais para o final do ano será melhor para aquele setor.
Os expositores dos eventos adiados, são empresas que – assim como todas as outras – enfrentaram problemas econômicos durante a crise do COVID-19. Eles seguem confirmados?
A Informa Markets está em contato direto e acompanhando de forma muito próxima a situação de todos os seus parceiros nos eventos. Sabemos do momento delicado da economia do País, mas acreditamos que os eventos são peças fundamentais para a movimentação do mercado e retorno do crescimento.
Como está sendo o contato com os pavilhões para remarcação dos eventos? Falando de um aspecto geral e no seu ponto de vista, como será o calendário de feiras no segundo semestre? Terá espaço suficiente para todos os eventos?
Já estamos em negociação com os pavilhões e reagendando novas datas para os eventos postergados. Mais do que nunca é hora de parceria entre todos os envolvidos na cadeia de eventos, pavilhões, organizadores e fornecedores de serviços, como montadoras, empresas de segurança, limpeza, catering, recepcionistas, etc.
Neste período sem evento, serão feitas ações digitais para amenizar a lacuna deixada pela realização da feira? Se sim, quais?
Sim, a Informa Markets é referência no segmento por movimentar os mercados em que atua 365 dias por ano. São 14 canais digitais no ar que levam, diariamente, informação, qualificação e conhecimento aos formadores de opinião que também frequentam nossas feiras. A atualização dos canais segue normalmente, com reforço nos conteúdos, com o objetivo de seguirmos em contato com nossos públicos, especialmente agora, que os setores precisam estar ainda mais fortalecidos.
Após toda a crise passar, quanto tempo você avalia para o setor se recuperar?
Como comentado anteriormente, trata-se de uma situação sem precedentes. Por isso, é difícil prevermos. Nossos esforços no momento estão concentrados em viabilizar os eventos para o próximo semestre para seguirmos colaborando com o fortalecimento da economia nacional.
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