Esta semana algumas pesquisas de fontes relevantes divulgaram dados sobre perspectivas para eventos e feiras em 2021, tanto dos players da indústria de feiras e exposições quanto dos organizadores demandantes no mundo e no Brasil.
Parece-me que há um descompasso nas expectativas de prazos por conta dos diferentes estágios no mundo com a Pandemia , entre a indústria e os organizadores no Brasil . Trouxe alguns dados para nos ajudar a refletir sobre isso, juntos.
A China, Japão e França já abriram feiras presenciais com sucesso adotando medidas mais adequadas de higiene e segurança sanitária , como adotados em estabelecimentos comerciais, já que estes eventos permitem muito mais controle e aferições do que shoppings e centros urbanos (já defendidos aliás claramente aqui pelo Grupo Radar). A Austrália já abre sua primeira feira ainda em Março nestes mesmos moldes.
A UFI – The Global Association of the Exhibition Industry publicou uma projeção de crescimento de receitas de 151% para américa central e do Sul ainda em 2021 (estudo com mais de 450 players globalmente).
Já aqui, a MCI Brasil também fez um estudo na sua base de relacionamento e redes sociais em que existe uma clara intenção de retorno aos eventos presenciais – 86% iriam presencialmente aos eventos caso não houvesse mais a ameaça da COVID-19.
Por outro lado, um estudo do Linkedin com organizadores de eventos apontou que além de terem reduzido 60% de suas verbas , pretendem investir O DOBRO em eventos virtuais em 2021. Nessa linha, apenas 8% dos orçamentos em média estão previstos para eventos presenciais, feiras e exposições este ano.
Os eventos virtuais e híbridos vieram para ficar mas atenderão uma parte de público, todos sabemos disso. O Brasileiro é naturalmente gregário e sim, voltaremos a nos encontrar, mas será que ainda em 2021?
O que aprendemos com este estudo do Linkedin , em adição, é que com as alternativas de métricas, 84% dos Organizadores mudaram seus conceitos sobre o que significa um “evento de sucesso” . Entre eles, 87% avaliam uma variedade maior de métricas e 83% preveem organizar eventos híbridos no futuro.
Sendo assim, apontaram que prioridade de investimento este ano será em desenvolvimento de conteúdo , promoção e publicidade garantindo maior engajamento nos eventos virtuais e híbridos.
Então, além de buscar estatísticas e lutar pela volta dos eventos dos negócios junto aos Estados assim que o comércio de maior escala for liberado, é preciso pensar em alternativas.
Na minha visão, as empresas de eventos e feiras de negócios têm o poder de conexão entre públicos vendedores e compradores com profundidade, em muitos mercados.
Mas enquanto os encontros não acontecem, seria uma oportunidade os Promotores usarem seu conhecimento e mapeamento de mercados inteiros que têm em mãos , para contribuir com a manutenção do relacionamento entre compradores , intermediários e vendedores com diversas estratégias de comunicação, ativação e até prospecção diferenciadas.
Quem melhor que eles para oferecer serviços ou soluções com dados, estratégias de abordagem e construção de redes de relacionamento, agregando VALOR também ao que as marcas vendedoras precisam oferecer nas ações virtuais e híbridas aos seus compradores?
Enfim, acredito que vale Abrir o Olhar para nossa bússola e planejamento para 2021 , que ainda está no início e com bastante incerteza, mas também muito trabalho e oportunidades pela frente.
E você? Como vê este cenário já que estamos ainda em Março?