Fátima Facuri é Diretora da Open Brasil Promoções e Eventos, com mais de 18 anos de experiência neste segmento. Através de sua empresa organiza grandes feiras comerciais próprias, nos segmentos farmacêutico, estética e cosmética.
Em 2017 a executiva foi eleita como a nova presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Brasil) para o triênio 2018/2020. Na posição já conquistou relevantes conquistas para o setor que representa.
Como você avalia os prejuízos para o setor de eventos do Brasil com o COVID-19?
Os prejuízos ainda são imensuráveis, nós ainda não conseguimos contabilizar o tamanho das nossas perdas, pois além dos eventos não acontecerem por cancelamento ou adiamento, vários que já estavam montados, prontos, tiveram que ser desmontados. Eventos que já haviam sido pagos. Não conseguimos até o momento alcançar o patamar dos danos financeiros.
Hoje a agenda de adiamentos e/ou cancelamentos já atinge eventos marcados para o final de maio. Como você acha que ficará a relação espaço para eventos x eventos? Na sua opinião, teremos agenda para todas estas alterações?
Na verdade, eu acredito que perdemos o calendário de 2020. As empresas com eventos no primeiro semestre estão tentando a todo custo se encaixar no segundo semestre, mas acho que a indústria/expositores não vai conseguir responder tão rápido dependendo do evento. Se for um evento de negócios, considero os mais prejudicados, já os congressos científicos ainda têm a possibilidade de ir bem na segunda metade do ano.
Quais têm sido as principais solicitações dos associados junto à ABEOC? Quais medidas estão sendo (e serão tomadas)?
As principais solicitações são as medidas emergenciais. A pauta econômica é a principal, com o diferimento de tributos, juros, empréstimos, linhas de crédito. Temos muitos pedidos e dúvidas na área trabalhista, como o trabalho em home office, quanto tempo pode trabalhar nessa modalidade, férias coletivas e outras.
No caso das solicitações feitas junto ao Governo, já ocorreram respostas?
Nada muito significativo ainda, estamos aguardando algumas respostas do Governo Federal, do MTur e do Ministério da Economia, que já sinalizaram que vão nos atender, mas nada efetivo ainda.
Quais orientações estão sendo dadas aos associados?
A orientação aos associados/empresários é de que a pandemia vai acabar e que de alguma maneira sairemos fortalecidos. Devemos obedecer aos decretos. E, principalmente no eixo Rio/São Paulo, estamos muito atentos a todas as informações. Além disso, aguardar.
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