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FEIPLASTIC bate recorde de volume de negócios internacionais

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Após cinco intensos dias de evento, a FEIPLASTIC encerra com sucesso no volume de negócios gerados. Só nas rodadas internacionais foram contabilizados até o momento R$ 14, 9 milhões ($ 3.8 milhões) em negócios e uma expectativa de R$ 52,6 milhões ($ 13.38 milhões) para os próximos 12 meses.

O volume gerado em toda a feira é muito maior e, se levadas em conta as projeções para os próximos meses, é imensurável. De acordo com os visitantes, havia uma verba declarada de R$ 1,6 bilhões para compras. Com cifras expressivas, a feira contou com 430 rodadas de negócios internacionais, onde cerca de 70 empresas brasileiras fizeram negócios com 22 compradoras de países como EUA, Canadá, México e outros países da América do Sul.

Além das internacionais, a FEIPLASTIC também promoveu as rodadas nacionais, nas quais aconteceram mais de 120 reuniões com 12 empresas compradoras, dentre elas Colgate e Ambev. De acordo com a organização, 96% das reuniões foram avaliadas pelos compradores e expositores participantes como boa ou ótima e com expectativa de negócios. A expectativa é de R$ 21 milhões.

“A Feiplastic se consolida como a maior feira geradora de negócios para a indústria do plástico. Os expositores reconhecem que a feira encontrou uma proposta de valor consistente para o mercado. Acredito que atingimos um modelo definitivo para o que se espera do setor”, avaliou Leandro Lara, diretor da Reed Exhibitions.

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No Clube dos Compradores, área com benefícios exclusivos, um grupo qualificado de executivos realizaram reuniões focadas em negócios de grande escala. “A FEIPLASTIC é reconhecida pela alta capacidade de atrair compradores qualificados e conectá-los com as soluções mais inovadoras do mercado”, explica Leandro Lara.

A feira contou com a visitação de mais de 50 mil pessoas de 30 países durante os cinco dias de feira. Dos visitantes internacionais, 86% são da América do Sul, 6% Europa, 4% América do Norte e 2% África. Foram mais de 1.000 marcas expositoras em um espaço de 35 mil m².

Arena do Inova Plastic discutiu inovações e o futuro do plástico

Uma das novidades da 17ª FEIPLASTIC foi a arena Inova Plastic, que contou com diversos painéis e expositores debatendo estratégias, inovação e o futuro do plástico em aplicações alinhadas às novas necessidades da sociedade, do mercado e seus impactos na natureza.

No primeiro dia, o destaque foi a palestra “O Mundo da Inovação e a Inovação do Mundo” ministrada pelo consultor Leonardo Dornelas, da Inventta. Ele trouxe um panorama de como a tecnologia mudou radicalmente o mundo em pouco tempo e como ainda mais inovações virão através da tecnologia. “A inteligência artificial, por exemplo, está em constante aprimoramento e em pouco tempo será capaz de analisar contexto e informações. Os robôs muito rapidamente vão entrar nas nossas vidas. A tecnologia vai trazer grandes mudanças na sociedade”, disse.

Em seguida, a palestra “O papel das pequenas e médias indústrias no Cenário de Inovação” teve a participação dos representantes das empresas Birmind, Nanox e Printgreen que responderam a perguntas do público sobre qual é o papel das startups na inovação industrial.

Também no primeiro dia a JBS Ambiental apresentou seu case de Economia Circular do Plástico. De acordo com o executivo da empresa Fábio Cardin Maranho a implantação da reciclagem surgiu da necessidade de descartar adequadamente os resíduos produzidos na indústria pecuária e hoje é um dos braços da empresa. “O diferencial da JBS Ambiental é investir na logística reversa. Hoje podemos dizer que os resíduos valem ouro”, explicou.

No segundo dia, a palestra “Inovação de plásticos na mobilidade”, do engenheiro Jef Chandley Cruz da RTP Company Mercosul, abriu a arena Inova Plastic e trouxe muitas informações importantes sobre o uso do plástico no setor automotivo. Uma delas foi como a substituição do alumínio pelo produto nos componentes do veículo automotor tem tornado a produção muito mais barata.

No mesmo dia, a segunda palestra intitulada de “A nova rota do mercado automotivo e como os materiais compósitos podem te ajudar a recalculá-la” abordou as inovações com o uso do plástico na produção e o grande desafio relacionado à sustentabilidade e emissão de CO² dos veículos.

De acordo com o engenheiro Jef Chandley Cruz, que fez a apresentação, a solução está em investir em materiais mais leves que aumentem a autonomia dos veículos e torne-os menos poluentes. As cifras impressionam: para cada quilo retirado do veículo são poupados 0,09 g de CO²/Km que iriam para a atmosfera.

No terceiro dia, o tema foi a sustentabilidade. A questão quase sempre é vista apenas sob o ponto de vista ambiental, mas de acordo com os palestrantes o tema é muito mais complexo, pois envolve também economia e sociedade.

“Estamos tentando mudar a visão que a sociedade tem do plástico. Ele é um ótimo produto, traz leveza aos carros e durabilidade aos alimentos, por exemplo. Precisamos discutir a reciclagem e como esse processo deve começar a partir das grandes empresas, tornando sua economia circular”, disse Bruno Igel da WiseWood.

No penúltimo dia, um dos temas debatidos foi a inovação na era digital. Participaram deste painel Fábio Buckeridge, CDO da Braskem, Fabiano Assunção Sant’Ana, digital head South America da BASF e Fernando Birman, CDO da Solvay.

Os três falaram nas transformações que se aproximam como as macrotendências da economia circular, economia compartilhada, veículos autônomos e inteligência artificial. “O desafio para os próximos cinco anos é que mais pessoas dominem inteligência artificial e programação”, disse Buckeridge.

O último dia do Inova Plastic teve a presença de José Ricardo Roriz, presidente da ABIPLAST, Rafael Navarro, vice-presidente da ANPEI e Horácio Forjaz da FAPESP. Com o tema Desafios e Oportunidades de Inovação para o Setor, o painel se propôs a fazer um apanhado de tudo que foi discutido durante a semana da FEIPLASTIC. “Temos oportunidade no Brasil. Temos mercado e temos bons instrumentos. Somos um país abundante”, disse Rafael Navarro.

Horácio Forjaz frisou que as inovações estão na história da humanidade, mas que nunca houve uma necessidade tão grande delas. “A inovação nunca foi tão importante para a preservação de empresas e até países. No Brasil, nosso desafio é maior, mas nem por isso vamos deixar de aproveitar as oportunidades”, completou enfatizando que o futuro do país também depende de um pacto nacional pelo desenvolvimento.

Além da função de gerar negócios para o setor do plástico a FEIPLASTIC assumiu a missão de desmistificar a vilania do plástico. “A visão negativa que se construiu em torno do plástico é muitas vezes emocional. As alternativas que temos a este produto muitas vezes são piores em termos de sustentabilidade ambiental e financeira”, disse Fábio Buckeridge, CDO da Braskem durante a palestra Inovação na Era Digital no Inova Plastic.

Foco na sustentabilidade e economia circular

Em parceria com a ABIPLAST e com apoio da Braskem, a FEIPLASTIC trouxe para essa edição uma novidade na Operação Reciclar, que transcendeu o pavilhão de exposições, com 8 horas de coleta de resíduos nas margens do córrego Carandiru, próximo ao conjunto habitacional Cingapura. Ao todo foram coletadas 33 toneladas na operação outside.

A segunda atividade da Operação Reciclar aconteceu durante os cinco dias de evento, com o apoio de agentes coletores no pavilhão de exposições. A coleta foi periódica em todos os expositores da FEIPLASTIC que fabricaram produtos plásticos para demonstração e resultou em 57,1 toneladas.

Com 90,1 toneladas de resíduos coletados em 2019, o projeto reforça o compromisso e comprometimento com a sustentabilidade, fomentando a correta destinação dos resíduos. “O principal desafio talvez seja estimular a compreensão de que é responsabilidade de todos o descarte correto.”, explica Patrícia Oliveira, gerente de produto da FEIPLASTIC.

José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), reforça a importância da iniciativa. “A Operação Reciclar é uma ação de conscientização do consumidor sobre a necessidade do correto descarte de resíduos sólidos. Como indústria, aperfeiçoamos nossos processos e produtos para melhorar o índice de reciclagem no Brasil, mas contamos também com o apoio da população no que tange ao descarte consciente para atingir os ideais de sustentabilidade”, esclarece.

A FEIPLASTIC 2019 contou ainda com o espaço interativo “Movimento Plástico Transforma”, que apresentou ações para sensibilizar a sociedade sobre os benefícios do plástico. Uma iniciativa pioneira do PICPlast ,que apresenta o plástico como aliado à tecnologia, à inovação e à responsabilidade e que pode mudar o nosso futuro.

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