Feira EBS 2023 celebra resultados e abertura para debate sobre ESG no setor

Anúncio

A 21ª edição da Feira EBS, evento referência para o segmento MICE e de Treinamento e Desenvolvimento (T&D), realizada no Centro de Convenções Rebouças na última semana, foi marcada pela diversidade de empresas.

O evento contou com a participação de novos expositores, que movimentaram o Speed Meeting, com novidades como destinos, produtos e serviços voltados para turismo corporativo e incentivos.

Foram realizadas 6.400 rodadas de negócios, que movimentaram 198 empresas compradoras e 58 fornecedores e refletiram o interesse do setor em conhecer soluções inovadoras nos dois dias de evento.

Marcello Baranowsky, fundador e CEO do Grupo EBS, idealizador e organizador da feira, explica que mais da metade das empresas expositoras estavam no ano passado, no entanto uma lista de novos expositores se juntou a edição deste ano, o que traz um mix de novas soluções e serviços.

Anúncio

“A EBS tem esse perfil de gerar negócios e, lógico, o mercado está aquecido, as empresas querem investir, novidades estão surgindo e a feira é a oportunidade de encontrar todos os tipos de soluções diferenciadas para eventos”, afirmou.

Já a feira contou com mais de 70 empresas no espaço expositivo. Lançamentos e soluções em destinos, hotéis e resorts, treinamentos, cenografia e tecnologia.

NEUTRALIZAÇÃO DE CARBONO NO MERCADO DE EVENTOS

Entre os variados temas que foram debatidos no Congresso MICE Brasil, realizado em paralelo à Feira EBS, a neutralização de carbono nos eventos ganhou destaque.

O painel sobre o tema contou com as participações de Marcelo Chanoft, co-fundador da TES Cenografia; Regina Silva, diretora de portfólio da Fiera Milano Brasil; Lawrence Reinisch, consultor do Grupo Águia BR e mediação de Paulo Octávio de Almeida (PO), diretor-executivo da União Brasileira de Feiras e Eventos de negócios (UBRAFE).

O objetivo foi apontar ações factíveis em pilares organizacionais: estrutura, promoção, realização e logística.

O tema ganhou ainda mais destaque no segmento após a apresentação do movimento NET ZERO CARBON EVENTS da UFI The Global Association of the Exhibition Industry na COP 27 com alternativas para redução das emissões em 50% até 2030 e a neutralização total de todos os eventos até 2050.

“A questão que a UBRAFE vem discutindo é que os eventos presenciais do futuro deveriam ser vistos e percebidos como agentes ativos de sustentabilidade. Evento é visibilidade, é vitrine, independentemente do setor”, afirmou PO.

“Além da realização dos eventos de forma a promover menores impactos, é preciso que os organizadores vejam as realizações como motores de geração de mudança, uma vez que impactam muitos outros segmentos relacionados”, completou.

Entre as ações apresentadas no debate estão:

– Energias renováveis nos eventos e materiais reutilizáveis, eliminação de resíduos, eficiência logística, mitigar efeitos da viagem, envolver no processo os venues (espaços de eventos);

– Organizadores e fornecedores, medir e reportar índices de KPIs, reportar resultados alcançados, difundir boas práticas, ter plano setorial e métricas definidas para identificar a efetividade dos processos.

Regina Silva destacou a importância de ações integradas entre os pilares do setor. “Além de redesenhar os eventos, é preciso incluir os parceiros, fornecedores, enfim, toda a cadeia produtiva do segmento MICE”, disse.

“Em nosso grupo de trabalho, discutimos começar pelo mais fácil. Dar passos menores no início para que as iniciativas ganhem força para avançarmos”, completou.

Segundo estimativa da UBRAFE, apresentada pelo diretor-executivo, o Brasil tem promovido 3 mil feiras por ano no período pós-pandemia, considerando os eventos como um todo, ante os 2 mil pré-pandemia, crescimento de 50%.

Marcelo Chanoft explicou que a TES iniciou o processo de menor impacto ambiental pela gestão de resíduos e que, ser mais sustentável os torna mais eficientes.

“A sustentabilidade não é um gerador de custo nem um problema. Tem muitas ações que podemos pensar em fazer que são imediatas e de menor custo do que a compensação pela compra de crédito de carbono”. Indicou.

Já Lawrence Reinisch, disse que como consultor na área, recomenda que as pessoas deixem os carros em casa e caminhem até metrô ou outro meio de transporte para ir aos eventos.

“Já quem precisa se deslocar para outras regiões, se tiver opção, pode substituir o avião pelo transporte rodoviário em distâncias de até 500 km”, afirmou.

A edição de 2023 estima ter reunido mais de 1.500 profissionais tomadores de decisão para a realização de negócios e apresentação de tendências em produtos e serviços

“O evento já é consagrado, mas nesta edição conseguimos surpreender visitantes e expositores com o apoio de todos os nossos parceiros”, finalizou Baranowsky.