POR ABDALA JAMIL ABDALA
Não é novidade para quem atua no setor de feiras, desde promotores até trabalhadores temporários, o tamanho do desafio que enfrentamos no último ano e meio. Para nós, da Francal Feiras, – e, acredito, para todo o mercado – foi um período de grande aprendizado, melhoria dos processos internos e muito, muito diálogo.
Finalmente, o avanço da vacinação e um maior entendimento das autoridades em relação à natureza do nosso negócio pôs fim à suspensão dos eventos. Neste momento, o Estado de São Paulo está prestes a liberar a realização de nossas atividades dentro da normalidade.
Para se ter uma ideia de como a demanda estava represada, 80 eventos presenciais entre feiras e congressos estão programados para 2021, segundo levantamento da UBRAFE com os centos de convenções e pavilhões associados.
Processo colaborativo
Na Francal, remanejamos todo o calendário para 2022. Isto não significa, absolutamente, falta de confiança no controle da pandemia ou na eficácia dos protocolos de segurança. Ao contrário!
Estamos altamente capacitados a realizar feiras que asseguram as novas regras de cuidado com a saúde e garantem a segurança de todos os públicos. Afinal, a saúde e o bem-estar das pessoas que expõem, visitam e trabalham em nossos eventos sempre foram e continuarão sendo prioridade.
A decisão de reprogramar as feiras para 2022 levou em consideração uma série de fatores, como a sazonalidade de cada setor econômico representado, a disponibilidade na concorrida agenda dos pavilhões e, mais importante, um diálogo constante e transparente com os mercados em que atuamos.
Porque a Francal, desde sempre, adotou uma postura colaborativa com seus parceiros de negócios e num período desafiador como este que estamos superando não poderia ser diferente.
Eu costumo brincar que somos “garçons do mercado” – pois estamos aqui para servi-lo –, mas é claro que a relação vai muito além disso.
Quanto mais atuamos num determinado setor da economia mais conhecemos suas particularidades, mais soluções inovadoras podemos oferecer e mais nos qualificamos para liderar um processo de decisão compartilhada.
E foi com atitude colaborativa e na condição de legítimos parceiros de negócios que, juntos, avaliamos as especificidades de cada setor e, juntos, amadurecemos a decisão de levar os eventos para 2022.
Não tenho dúvida de que o próximo ano será de retomada efetiva da economia.
É neste cenário que nossas feiras se revestirão ainda mais de seu papel de indutoras de negócios, ponto de encontro de todo o mercado e um espaço para atualização profissional, inclusive em relação às transformações no comportamento do consumo aceleradas pela pandemia.
Conexão
Vale destacar que o diálogo constante foi um dos pontos de conexão com os mercados neste período que estamos deixando para trás, mas não o único.
Como é da natureza da Francal Feiras, não medimos esforços para manter estes mercados vivos, conectados e atuantes por todos os meios ao nosso alcance.
Dispondo das numerosas possibilidades que a tecnologia oferece, criamos eventos digitais de conteúdo que uniram toda a cadeia em torno da capacitação e discussão de temas que fazem diferença no dia-a-dia do negócio dos parceiros.
Do mesmo modo, criamos as condições para que fornecedores e compradores tivessem oportunidade de se encontrar e estabelecer relações comerciais em reuniões virtuais e efetivas, com segurança, comodidade e economia.
Como eu mencionei no início, foi um período de aprendizado e o maior deles é que os eventos presenciais continuam desejados e estratégicos para as empresas e profissionais que deles participam.
Estamos trabalhando com muita dedicação para atender as altas expectativas de um ambiente que seja ao mesmo tempo propício para os negócios e seguro para todos. É isso que expositores e visitantes irão encontrar nas nossas feiras em 2022.
Mal podemos esperar para estarmos todos juntos novamente!
Abdala Jamil Abdala é presidente da Francal Feiras e presidente do Conselho de Administração da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios – Ubrafe