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Lawrence Reinisch, Diretor da WTM Latin America

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A World Travel Market Latin America segue firme em sua proposta de ser um evento gerador de negócios para expositores, compradores e profissionais do setor. O evento é o mais internacional da indústria do turismo no continente americano, reunindo 60 países na edição 2014 e têm se destacado desde o início por oferecer diferenciais que haviam sido, até então, pouco explorados por outras feiras da região. Além de Fóruns, a WTM Latin America promove diversos outros eventos paralelos, como encontros entre os expositores e compradores, seminários com renomados profissionais do setor, que permitem que os protagonistas do turismo latino-americano e mundial possam discutir os desafios e identificar as melhores oportunidades do setor. Para falar mais sobre o assunto entrevistamos Lawrence Reinisch, Diretor da WTM Latin America.

Como você enxerga o mercado de turismo no Brasil?

O turismo foi vetor de desenvolvimento das economias no Brasil e no exterior, mesmo com a crise financeira mundial. E com o bom desempenho da Copa do Mundo no ano passado e a proximidade dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016, o mercado internacional vê nosso país entre os mais promissores no setor turístico. Recente balanço preliminar da Organização Mundial do Turismo aponta que o número de viajantes pelo mundo cresceu 4,7%. Detalhe dos mais importantes: o Brasil liderou a lista dos países sul-americanos no turismo receptivo. Na Copa recebemos mais de um milhão de visitantes. Assim, temos muitos motivos para acreditar que estamos vivendo um momento singular no setor, cada vez mais promissor.

 

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Qual a importância da WTM Latin America para o setor?

A WTM Latin America já se afirmou como o evento de turismo mais abrangente e representativo do continente. Seguimos como um evento estritamente B2B, o que protege os interesses dos agentes de viagens e outros intermediários na cadeia produtiva do turismo. Além disso, oferecemos aos participantes um ambiente no qual eles podem encontrar reunidas todas as empresas relevantes no âmbito doméstico, inbound e outbound, tanto no segmento de Lazer quanto no de MICE. Tenho um feedback muito positivo dos participantes das edições anteriores, eles ficaram extremamente satisfeitos com os números e a qualidade dos compradores, visitantes e tomadores de decisão. O sucesso e a importância da feira podem ser medidos pelo fato de que 25% da área total teve seus contratos ASSINADOS pelos expositores ainda durante a WTM Latin America 2014. Eu, que trabalho há anos em feiras do trade, nunca havia visto isso acontecer.

 

A que se deve a mudança para o Expo Center Norte e qual a expectativa neste novo pavilhão?

O Transamerica Expo Center, onde a feira ocorreu por dois anos, foi o lugar perfeito para as primeiras edições da WTM Latin America, com excelentes instalações e uma ótima equipe. No entanto, o evento está crescendo, e a mudança para o Expo Center Norte dará à WTM Latin America a chance de alcançar um novo estágio, por seu tamanho e sua localização central, onde se concentram os profissionais de turismo. Vale dizer ainda que o Expo Center Norte fica a apenas 22 km do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o que facilitará a chegada dos expositores, compradores e visitantes internacionais.

 

Ano passado aconteceu a estreia do “Travel Tech”. Como foi e quais as novidades da WTM Latin America para este ano?

A Travel Tech Zone, a área voltada para empresas de tecnologia que trabalham para o setor de turismo, obteve ótimos resultados em 2014. Por isso, ela será ampliada na terceira edição da feira. Neste ano teremos também um foco maior nos seminários de Tecnologia de Viagens. Uma série de atividades para os segmentos MICE e corporativo também estão entre as novidades.

 

Em sua opinião, porque o Brasil não consegue impulsionar o turismo doméstico? O que falta para o país se tornar uma potência turística?

O turismo doméstico no Brasil já está razoavelmente bem desenvolvido nos grandes centros, principalmente a partir da ampliação da oferta aérea na última década e do fantástico aumento da inclusão social. É claro que pela nossa extensão territorial temos capacidade para uma expansão muito maior.

 

Os Estados Unidos são hoje, junto com Buenos Aires, um dos destinos prediletos dos Brasileiros que viajam rumo ao exterior. Em sua opinião, por que os EUA encantam tanto os brasileiros?

Porque os Estados Unidos contam com um século de promoção cultural/comercial/política por meio de Hollywood, da TV e da mídia em geral; além disso, apresenta a maior oferta mundial de produtos de consumo, a partir de seu imenso mercado interno, o que o torna um paraíso de compras.  Esse “encantamento” é válido para o mercado brasileiro e para a maior parte dos outros mercados mundiais. A criação do Brand USA agora reforça de forma técnica esse poder de atração dos EUA.

 

Em sua opinião, a necessidade do visto de entrada nos EUA por parte dos brasileiros atrapalha para que este destino seja ainda mais visitado?

Segundo as estatísticas dos consulados norte-americanos, o índice de recusa de vistos para brasileiros é muito baixo, hoje em dia. E o visto é normalmente concedido por dez anos para múltiplas entradas, então não acho que isso seja um fator que impeça a viagem dos residentes próximos às cidades onde estão localizados os consulados. É provável que houvesse um aumento, mas não exponencial, pois já temos um imenso número de turistas brasileiros com vistos válidos, viajando várias vezes por ano. Lembro que a entrada nos EUA continua sendo filtrada pelos agentes de imigração, que podem não autorizar a entrada de cidadãos de países que dispõem do visa waiver; em outras palavras o visa waiver não assegura a entrada do viajante em território norte-americano.

 

Quais os novos destinos e empresas que estarão presentes na WTM Latin America? Quantos visitantes são esperados e quantas marcas expositoras estarão presentes?

Vários novos expositores, como Traveltek, Delta Tours e OMNIBEES, junto a expositores que já participaram de edições passadas, como Chile, Israel, México, Peru, Bahamas, Uruguai, Turquia, Suíça e Estados Unidos, e também redes hoteleiras como Hilton, Meliá e Iberostar. São esperados 8 mil visitantes e 1.300 expositores na feira.

 

Se tivesse que destacar apenas uma atração da WTM Latin America neste ano, qual seria?

Várias ações merecem destaque. O programa de Compradores Internacionais Convidados (Hosted Buyers), por exemplo, é uma delas. A iniciativa dá a oportunidade para que até 150 profissionais altamente qualificados e interessados na América Latina participem de forma VIP da feira. Durante os três dias da WTM Latin America eles terão ao seu dispor uma série de atividades que possibilitarão novos negócios. Além disso, o Corporate Lounge, espaço específico para o turismo corporativo, nos moldes do Salon Affaires da IFTM Top Resa, é uma novidade que tem tudo para se destacar.

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