Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima

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POR FLÁVIO CARRERA

A estrofe da música composta por Paulo Vanzolini no já distante 1962 nunca foi tão atual para o mercado de feiras e eventos de ativação.

Depois de quase 500 dias, começamos a ver uma luz no final do túnel, seja ela com a vacina seja com a visão dos órgãos governamentais que começou a entender que fazemos encontro de negócios, lançamento de produtos e promoção de marcas gerando um substancial incremento na economia do Brasil.

Porém, para que a luz possa iluminar de vez para não mais ser apagada, é fundamental a mudança de atitude. Não dá mais para atuarmos como antes da pandemia onde o “automático” tomava conta do dia a dia e fazia com que achássemos que já tínhamos uma posição no mercado e que o lema era “pra que mudar? Time que está ganhando não se mexe”, pois bem, veio a pandemia e tudo ruiu.

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Temos que dar o start na formação de uma base política formada entre associações do setor e potenciais políticos que possam nos representar nas esferas municipais, estaduais e federais para que defendam nosso setor e não fiquemos sem rumo, afinal, vimos na pele que o sucesso tem vários pais e o fracasso é órfão!

Em paralelo, precisamos ter a consciência de que temos a obrigação em profissionalizar nosso setor com profissionais (redundante) mais sérios e com condutas mais éticas.

Não temos mais margem para o profissional seja ele de elétrica, de segurança, de limpeza, de recepção, de montagem que de manhã está com um fornecedor e de tarde com um expositor e de noite com uma agência. Não temos mais margem para os profissionais que entre uma rua e outra, um pavilhão e outro aceita o “bico” para fazer mais barato e com isso tirar o seu por fora, essa prática é a famosa “empresa dentro da empresa”.

Essa ilegalidade só atrasa o crescimento do mercado, além de gerar um risco enorme para o contratante, afinal, muito se falou na fatia representativa do PIB ou na movimentação de bilhões de reais, mas do que adianta isso se nos deparamos com 95% do nosso mercado com profissionais informais e não por acaso com uma queda de faturamento no setor também na casa dos 95%? A resposta é óbvia: a gente se vende como profissionais, mas não nos enxergam como profissionais.

Chegou a hora do efeito dominó, onde promotor, agência e expositor, contratem empresas sérias, com especialização no setor em que atua para que essas empresas possam investir em alternativas condizentes com seu evento e que os profissionais que nelas atuam pensem em também montar seu plano de carreira e almejar o sucesso.

*Flávio Carrera é CEO da CAVA Vigilância e Segurança