Fonte: UNEDESTINOS
A UNEDESTINOS, União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos, com o apoio das principais Entidades Nacionais, é atualmente uma associação que representa 40 CVBs e entidades de destinos que se posicionam, desde sua criação: a favor do Room Tax facultativo, contribuição paga pelos hóspedes por diária nos hotéis associados aos CVBs locais; e contra as iniciativas da criação de um imposto de turismo como solução para os problemas de gestão pública.
A contribuição do Room tax facultativo é um acordo com a hotelaria nacional que, após a contribuição no check out, o hotel desconta os devidos impostos e repassa os recursos para investimento em capacitação para receber cada vez melhor o visitante, na captação de eventos nacionais e internacionais, participação de feiras para promoção do destino, produção de materiais e viabilização de diversos projetos e ações em prol do destino.
Os CVBs e associações de destinos associados à UNEDESTINOS são entidades de direito privado que têm como objetivo o incremento da economia por meio da atração de visitantes.
As empresas e hotéis associados depositam sua confiança no profissionalismo e na boa gestão dos recursos repassado aos CVBs, que, por meio do Room Tax ou mensalidade, contam com atuação independente da gestão municipal vigente.
Não há interrupção de trabalho com troca das gestões municipais, estaduais e federal. E é exatamente o que busca a iniciativa privada: estabilidade e continuidade de um trabalho de qualidade.
Tornar o Room Tax obrigatório em um modelo de atual falta de recursos públicos é um caminho oportunista e cercado por dúvidas. Além disso, pode interferir na sustentabilidade de toda a cadeia produtiva do turismo, viagens e eventos, que hoje conta com um importante aliado: a captação e apoio de eventos nacionais e internacionais que aumentam o fluxo de visitantes de um destino.
O setor de eventos, no qual atua os CVBs, é essencial para o fomento da economia do destino e o combate a sazonalidade de temporadas, atraindo visitantes e eventos em períodos que seriam de baixa ocupação. E, com isso, se movimentam também centros de convenções e espaços de eventos, bares, restaurantes, vida noturna, transporte, agências de viagem, organizadores, promotores, shopping centers, buffets, audiovisual e muito mais.
Hoje, seja com novas gestões que carregam consigo uma visão diferenciada do uso do dinheiro público, seja pelos os desafios enfrentados por todos na economia, o investimento público em turismo e eventos vem sofrendo com anúncios de cortes.
Mesmo perante esses desafios, é essencial que não se alterem processos que garantem a sustentabilidade e desenvolvimento do setor e que exista uma harmonia de propósitos público e privado.
O corte de verba para grandes eventos das cidades precisa ser encarado por outros ângulos. Os eventos já são vistos como importantes para a economia da cidade e para os próprios moradores do destino, a iniciativa privada também tem que enxergar com outros olhos o potencial em marketing.
Se haverá menos dinheiro público, é papel dos organizadores buscarem na iniciativa privada, por meio de patrocínio, o recurso complementar. É um caminho difícil, principalmente pela quebra de paradigmas de longa data, mas é uma direção que vai garantir a permanência e evolução dos eventos.
Manter os CVBs independentes, sem comprometer sua arrecadação, é cultivar a independência para executar ações em tempo hábil, alinhados com as reais necessidades do setor.
O momento é para unir forças e seguir com o que dá certo: entidades do turismo saudáveis e atuantes, sempre em diálogo com o poder público, para colocar em pauta os principais assuntos em níveis legislativos e executivos que impactam no setor, mas com independência e assertividade.
O Brasil não tolera a criação de mais impostos, os recursos é que precisam ser geridos com responsabilidade e apoio da sociedade civil organizada.