“Os eventos sairão fortalecidos desta crise”, aponta João Nagy, CEO do WTC SP e ponte entre o setor e o Governo do Estado de São Paulo

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CEO do World Trade Center São Paulo (WTC SP), João Nagy participou do Radar TV Live e foi enfático ao afirmar que o setor de eventos sairá fortalecido desta crise. O executivo tem sido o responsável por ser a ponte de diálogo das demandas do segmento M.I.C.E. junto ao Governo do Estado de São Paulo.

Nagy é parte de um grupo de mais de 100 empresários de diversos setores formado pelo Governador João Doria para debater a retomada econômica do Estado na reabertura. “Eu tive o prazer de ser convidado para este grupo que foi feito para definir protocolos de retomada em diversos segmentos. Percebi que dentro do grupo de turismo tinham três áreas sendo abordadas, mas nenhuma delas específica sobre eventos”, aponta Nagy.

O contraponto do executivo foi bem visto pelos membros do grupo de trabalho, que optou por Nagy para coordenar esta área de trabalho. “Tive a grata surpresa de saber que tanto a UBRAFE como a GO Live Brasil, liderada pelo Juan Pablo de Vera, já estavam reunindo vários atores do setor para trabalhar a questão dos protocolos para a retomada dos eventos. Com isso meu trabalho foi muito fácil. Só precisei pegar estes trabalhos realizados pelos colegas e abrir um caminho de conversa direta com o governo”, completa.

Outra boa surpresa de João Nagy foi ao descobrir que o protocolo que está sendo colocado pelo setor é altamente maduro, e até um pouco mais rígido do que as autoridades estavam esperando. “Acho que os eventos vão sair fortalecidos desta crise. Estou impressionado com centenas de pessoas participando e interagindo virtualmente”, comemora.

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Contudo o executivo coloca ainda algumas questões que seguem em aberto quando se fala na volta das feiras.  “Na Europa, assim como na Ásia, a grande preocupação é se o público voltará quando elas reiniciarem. Temos esta incógnita no ar. Eu acho que virá. No Brasil eu acredito que, no final de agosto, os eventos estarão de volta. Mas ai entra outra questão. Dará tempo para os organizadores chamarem o público, se organizar e ter uma representatividade suficiente?”

O outro problema levantado é em relação a abertura dos voos internacionais. Os compradores poderão vir? “Vamos ter a experiência do que está funcionando lá fora. Estamos todos sendo reeducados para novas formas de trabalhar e sermos mais objetivos. Teremos mais maturidade e voltaremos mais fortes”, completa

Eleição na UFI

A UFI (Associação Global da Indústria de Exposição) está promovendo suas eleições para a composição da Presidência e Vice-presidência do seu Capítulo Latino-Americano. O Brasil já teve por duas vezes representantes ocupando cadeiras neste Capítulo, primeiro com Ligia Amorim (ex-CEO da NürnbergMesse Brasil) e depois com o “uruguaio-brasileiro” Juan Pablo de Vera (CEO do Grupo R1). Desde a saída de Juan, o país perdeu representatividade junto ao Capítulo, mesmo tendo 18 membros-associados dos 50 total da região.

João Nagy quer mudar este cenário e concorre nesta próxima eleição. Para o executivo, chegou a hora de devolver um pouco para o setor tudo que o setor deu a ele. “Nesta minha passagem pela Alemanha e França, fiquei fascinado pelas feiras. A UFI é uma entidade que visito quando estou em Paris, onde é a sede deles. Ela é muito bem estruturada e, cada vez que participo de um evento da UFI, eu saio muito acrescido de conhecimento”, aponta.

A ideia de Nagy, se eleito, é aproximar o Brasil da UFI e de todas as oportunidades que ela  tem a oferecer, trazendo mais interação com o resto do mundo e também promover o crescimento da entidade no Brasil.

“Acho que nós temos muito a ganhar nos ligando a uma associação internacional e trazendo bons exemplos para cá.  O Brasil tem muita coisa onde pode evoluir e devemos valorizar mais as entidades porque são elas que podem nos dar força e nos representar, principalmente em momento como estes que estamos vivendo”, finaliza

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