O LIDE Esporte, em conjunto com a Atletas pelo Brasil, promoveu o Seminário sobre o Pacto pelo Esporte, iniciativa de empresas que visa construir um acordo em prol do setor esportivo. O evento reuniu ontem, 15 de abril, empresários e atletas no auditório da Gocil. Paulo Nigro, presidente do LIDE ESPORTE; Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos; e Raí Oliveira e Daniela Castro, diretores da Atletas pelo Brasil participaram dos debates.
Paulo Nigro abriu o evento afirmando que o pacto busca engajar as empresas no processo de apoio às entidades esportivas, com o melhor que elas possuem à capacidade de gestão eficiente. “Quem está aqui acredita que o esporte educa, envolve, agrega. O pacto que está se formando agora é inédito e único no mundo. É uma iniciativa do empresariado e de organizações, que visa uma governança que gere sustentabilidade ao esporte”.
“Estamos criando um pacto autorregulado para trabalhar juntos. Queremos contribuir com as entidades buscando parcerias e promovendo a melhoria de gestão. A medalha será somente o resultado disto tudo”, concluiu o presidente do LIDE ESPORTE.
Segundo João Doria Jr., as conquistas ao longo destes dois anos do LIDE ESPORTE é resultado, sobretudo, do diálogo. “Diálogo com aqueles que patrocinam, apoiam e praticam o esporte. Este é o momento de buscar um legado para o Brasil”, afirmou o presidente do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais.
Para Daniela Castro, o pacto é uma oportunidade para mudar o esporte brasileiro. “O objetivo é chamar novas empresas a participar desta iniciativa, com a missão de melhorar o esporte para melhorar o país”. A proposta segue três metas principais: aumentar a atividade física do país, permitir que todas as escolas ofereçam esporte de qualidade e, por fim, um sistema nacional de esporte. “Hoje, 30% das escolas não tem sequer o professor de educação física”, destacou Daniela.
“Apesar de essa iniciativa ter partido do LIDE e da Atletas pelo Brasil, trata-se de um pacto privado em que as empresas definem as cláusulas deste acordo. O objetivo é auxiliar as entidades para que elas possam crescer ao identificar os gargalos que enfrentam. O que nos uniu e permeia todos os envolvidos no acordo é a vontade de deixar um legado para o esporte brasileiro”, concluiu a diretora.
Segundo Jorge Abrahão, diretor do instituto Ethos, a combinação das forças do governo, empresas, organizações, será fundamental para ampliar as agendas de interesse da sociedade. Espero que a nossa união sirva de exemplo para que outros setores, não apenas o esportivo, que tem uma capilaridade muito grande, possam se inspirar e passem a atuar em conjunto para gerar resultados positivos” concluiu.
“A gente não está pedindo medalhas, mas sim transparência e gestão decente. Em minha opinião, o esporte não pode ser ligado a alguém, mas deve ser tratado como direito de todo brasileiro. Nós queremos gestões mais democráticas. Temos a chance de dar uma virada, deixar de ser algo atrasado. Eu já estive no gramado, representando o nosso País, e sei o que o esporte pode fazer pela sociedade e para cada cidadão”, afirmou Raí.
Paulo Nigro destacou que, todos os empresários sabem o poder que a exposição da marca tem. “Vamos nos organizar para ter a segurança de que esse recurso – o patrocínio -, seja utilizado tanto na criação de campeões nacionais, como na geração de benefícios para o esporte. Quando se aporta mais riqueza, se gera mais riqueza. E isso se torna um círculo virtuoso”, reforçou.
João Doria Jr. encerrou o evento afirmando que a síntese é boa, porque a causa é positiva e forma uma agregação importante para o setor. “Quando você soma, essa força ganha dimensão, representatividade e poder de pressão positiva, tanto na esfera federal quanto estadual. Gera benefício para todos”, finalizou o empresário.