Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai fatura prêmio na categoria Arquitetura Cultural

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O Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai está entre os 15 vencedores do prêmio Building of the Year Awards 2023, concedido pelo ArchDaily, o site de arquitetura mais visitado do mundo.

Concorrendo com 4,5 mil projetos, ele foi eleito o melhor na categoria Arquitetura Cultural da premiação, que ocorre anualmente. A votação é feita pelo público do portal.

O espaço brasileiro foi montado especialmente para abrigar eventos de divulgação dos produtos e marcas do País durante os seis meses da maior exposição do planeta.

A Expo congregou pavilhões de 192 nações entre outubro de 2021 e março de 2022, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

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O pavilhão do Brasil foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e projetado conjuntamente pelos escritórios de arquitetura de Marta Moreira e Milton Braga (MMBB Arquitetos), do argentino Martin Benavides (Ben-Avid) e de José Paulo Gouvêa (JPG.ARQ).

“Esse prêmio é a coroação de um esforço conjunto do país e de toda a comunidade da cultura criativa na divulgação da arquitetura brasileira no exterior”, afirma o analista da Coordenação de Exposições Universais e Projetos Especiais da ApexBrasil, Marcelo Sávio. 

“Um esforço que a ApexBrasil tem tido desde quando começou a organizar os pavilhões das exposições mundiais”, complementa.

O primeiro pavilhão organizado pela ApexBrasil foi em 2010, na Expo Xangai, depois em Milão, em 2015, que também rendeu premiações.

Segundo Sávio, os pavilhões dos eventos mundiais são um instrumento para as grandes nações promoverem sua cultura. “É um softpower da forma mais concreta”, analisa. 

“Além de ser alegre e lúdico, o pavilhão encantou a todos ao apresentar a sabedoria da cultura brasileira de arquitetura de fazer com poucos recursos e elementos uma edificação exuberante”, afirma o arquiteto Milton Braga.

Segundo ele, a arquitetura mais simples e mais natural tem sido mais bem avaliada, recebida e valorizada pelo mundo, que está em busca de construir cada vez mais com menos recursos.

“Além da estrutura e da vedação necessárias, o chão inundado, formando o espelho d´água, trouxe graça e interação ao espaço, e assim se fez um edifício muito marcante, que atraiu muitos visitantes ao longo do evento”, explica Braga.

O Pavilhão do Brasil foi o terceiro mais visitado durante o evento, recebendo 2,1 milhões de visitantes. Além das exposições, o espaço acolheu 460 apresentações culturais de todas as regiões do Brasil e 270 apresentações musicais.

Também foi palco de 150 agendas de negócio, com a participação de 805 empresários. Os resultados em negócios giraram em torno de US$ 14 bilhões.

PRÓXIMA PARADA

As Exposições Mundiais são realizadas a cada cinco anos. A próxima vai ocorrer em Osaka, no Japão, em 2025.

A equipe vencedora do concurso público promovido pela ApexBrasil e organizado pelo IAB/DF para a concepção do projeto do Pavilhão do Brasil para a ocasião é formada pelo Studio MK27, do arquiteto Marcio Kogan, e pela Magnetoscópio, do curador Marcello Dantas, ambos de São Paulo (SP).

Simbolizado pela imagem da água que voa em nuvens carregadas, o conceito central do projeto vencedor aborda os “Rios Voadores” e os preparativos para torná-lo real já estão em andamento.