Posicionamento da ABAD em relação à decisão do Copom de elevar a Selic

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Por meses a fio, o Banco Central vem elevando a taxa básica de juros, chegando agora a 13,25% ao ano. O efeito perverso dessa elevação sobre o conjunto da economia só nos dá uma certeza: o Banco Central errou quando reduziu os juros em demasia e erra agora novamente ao subi-lo a patamares estratosféricos com a economia completamente estagnada.

Com a inflação chegando a mais de 8% depois que o governo desistiu de manter os preços controlados e com o desemprego em ascensão, não há como ignorar que a condução da política econômica até o fim do primeiro mandato da presidente Dilma simplesmente fracassou. A correção das “pedaladas” agora impõe ao país um ajuste fiscal severo que, se por um lado é necessário, por outro, decreta um longo período de baixíssimo crescimento.

Voltamos a afirmar que o ajuste precisa vir acompanhado de um programa consistente de incentivo a investimentos na economia real, aquela que gera empregos e preserva o consumo das famílias. O descompasso pode comprometer, numa tacada só, as conquistas de ascensão social e o futuro de várias empresas.

Nos resta esperar que as medidas da equipe econômica sejam capazes de ajudar o país a retomar os investimentos, permitindo o avanço nas reformas de infraestrutura, essenciais para o crescimento.

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José do Egito Frota Lopes Filho

Presidente da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados