“Vamos construir um grande calendário de eventos, para celebrar a vida e a cultura”, apontou Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, durante o “Reage, Rio!”.
O evento virtual realizado pelos jornais EXTRA e O Globo, com o apoio do Rio de Mãos Dadas e da Fecomércio RJ nesta semana, colocou em debate os desafios para a recuperação da cidade.
Durante o painel “Retomada da economia — Óleo e gás, turismo e cultura”, executivos ligados a estas áreas destacaram alguns pontos importantes para a cidade maravilhosa no pós-pandemia.
O Fundador e presidente do Rock in Rio, Roberto Medina defendeu a tese de que é muito barato fazer dinheiro com turismo. E que o Rio tem uma infraestrutura criada pela Olimpíada para receber visitantes.
A presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Clarissa Lins, anunciou que, se as condições sanitárias permitirem, o evento anual do setor, que deve reunir até dez mil pessoas em setembro, será feito pela primeira vez no Porto.
Já o presidente da Associação dos Produtores de Teatro (APTR), Eduardo Barata, disse que a pandemia criou novas alternativas de expressão cultural, como eventos virtuais. Segundo ele, essa não é uma solução para o setor, mas a vacinação maciça da população.
Auxílio financeiro
Já na última quinta-feira (25), Eduardo Paes anunciou duas iniciativas da Prefeitura do Rio com o objetivo de preservar o emprego dos cariocas durante o período de restrições de 10 dias para o combate à pandemia.
A expectativa é que 100 mil micro e pequenas empresas sejam beneficiadas.
Os programas Auxílio Empresa Carioca e Crédito Carioca foram divulgados durante cerimônia na Câmara de Vereadores, onde Paes recebeu o cheque simbólico referente ao repasse de R$ 30 milhões.
Este crédito vai garantir o pagamento dos outros benefícios anunciados na quarta-feira (24/03), como auxílio aos ambulantes e as pessoas mais pobres, Cartão Alimentação para alunos das escolas municipais e Cartão Família Carioca.
O Auxílio Empresa Carioca é voltado à micro e pequenas empresas que terão suas atividades suspensas por 10 dias, de acordo com o Decreto nº 48.644. O outro é o Crédito Carioca, uma linha de crédito também voltada para este mesmo setor da economia da cidade.
Os setores mais beneficiados devem ser os de bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques; salões de beleza e barbearia; produções de eventos e cultura. A Câmara de Vereadores do Rio vai formar uma força-tarefa para tentar votar a proposta o quanto antes.
Confira os principais pontos de cada programa
Auxílio Empresa Carioca
Requisitos
– Ter suas atividades suspensas pelo Decreto 48.644/21
– Ter alvará de funcionamento ativo na cidade do Rio de Janeiro
– Ser micro ou pequena empresa (LC123/2006) em 01.03.2021
– Desempenhar pelo menos uma das atividades econômicas listadas na Lei
– Comprometer-se a não reduzir o número de empregados por dois meses
Benefício
– Receber até um salário-mínimo por empregado que ganhe, no máximo, três salários-mínimos, a ser pago de forma proporcional ao período de suspensão das atividades empresariais.
Exemplo: se uma empresa paralisar suas atividades por 10 dias e o funcionário ganha três salários-mínimos, a empresa vai receber um salário-mínimo.
– Limite de auxílio correspondente a até 5 empregados por empresa, cujo faturamento anual não ultrapasse R$ 4,8 milhões
Crédito Carioca
– Linha de crédito voltada a pequenos e médios empresários, com faturamento entre R$ 10 mil e R$ 400 mil
– Recursos virão da iniciativa privada. Inicialmente, será disponibilizada uma verba de R$ 4 milhões, sendo 50% vindo da Sicoob e 50% da Estímulo Rio
Com informações do Jornal Extra e Prefeitura do Rio de Janeiro