“No que diz respeito às feiras, quando afirmamos que o nosso maior patrimônio são os associados e que o maior patrimônio dos associados são as feiras, é porque as feiras representam um negócio de grande importância para todos nós”.
A frase foi dita pelo presidente da Associação Comercial, Industrial, Agronegócios e Serviços de Chapecó (ACIC), Helon Rebelatto, em entrevista para o podcast da entidade “A casa do empreendedor”.
Participaram também o diretor executivo institucional e feiras, Fabio Luis Magro, a diretora executiva operacional, Daniele Balestro e o diretor de empreendedorismo da ACIC, Robert Otto, como anfitrião.
Rebelatto enfatizou que foi identificada a necessidade de direcionar maior atenção às feiras, sem comprometer o atendimento aos associados.
Essas duas demandas exigem muito da estrutura. Diante disso, foi indispensável criar duas frentes de atuação para atender de forma eficiente: as feiras e os associados.
“Por exemplo, a Mercoagro é a maior feira da América Latina no setor de processamento de carne. Isso não é algo trivial, é um evento de grande porte que acontece a cada dois anos, mas que exige preparação contínua durante esse período”, afirmou.
“No ano da realização, a atenção se concentra totalmente no evento, com foco especial para que tudo ocorra da melhor forma”, completou o presidente.
Magro esclareceu a importância do mercado de feiras no Brasil, um dos maiores do mundo e observou que Santa Catarina ocupa a quarta posição nacional, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Segundo ele, o segmento não se limita à realização de eventos, mas tem como foco promover feiras de negócios que gerem resultados concretos.
Fábio explicou que, devido à performance alcançada nos últimos anos, houve uma aceleração no processo de consolidação do setor de feiras da ACIC.
Essa estruturação foi fundamental para qualificar o atendimento a expositores e visitantes, além de fortalecer a posição de Chapecó como referência em eventos e negócios.
“Eu não sei se a Mercoagro faz parte da vida de Chapecó ou se Chapecó faz parte da vida da Mercoagro. Até então, não existia o segmento metalmecânico na região”, disse o diretor-executivo.
Ele contou que tudo começou de maneira quase despretensiosa. Durante uma edição da Efapi, havia um espaço sobrando e surgiu a ideia de levar máquinas para o evento.
O objetivo era o de mostrar ao público como são produzidos os alimentos como linguiça, salsicha e outros produtos.
Os quatro principais gestores dos frigoríficos da época, junto à coordenação da feira municipal, reuniram cerca de 10 a 12 expositores, o que deu origem à Mercoagro.
“Desde então, ela cresceu rapidamente, tornando-se um patrimônio valioso”, relembrou o executivo sobre a história da feira.
Além disso, Magro destacou que a Mercoagro precisa gerar resultados, especialmente para quem expõe, já que são os expositores que sustentam o evento e precisam vender e obter ganhos econômicos.
Por isso, eles são considerados os reis, enquanto os visitantes, que precisam ser qualificados, são as rainhas. “Afinal, o sucesso do evento depende do equilíbrio entre os dois públicos.”
O podcast está disponível no canal do YouTube da ACIC e pode ser encontrado por meio do link: