Como os eventos proibidos na África do Sul em meados de março, o setor ficou totalmente parado. Para muitas empresas, isso significa 100% de perda de receita nos últimos cinco meses – e provavelmente no restante do ano, com base nas previsões atuais. Atualmente a África do Sul conta com mais de 10.000 eventos anuais – incluindo concertos, festivais, convenções e exposições – que contribuem com 26 bilhões de Rands ao PIB.
Embora o governo sul-africano tenha prometido 500 bilhões de Rands em financiamento e outras estratégias para sobreviver à pandemia, a indústria de eventos ao vivo diz que não recebeu o apoio de que precisa, formatando uma situação insustentável. Sem uma intervenção urgente, ela deixará de existir e milhares de empregos serão perdidos.
“Nosso setor recebeu zero financiamento até o momento. Somos proibidos de fazer nosso trabalho e entendemos as razões por trás da decisão, mas o governo deve fornecer alguma forma de compensação no futuro. As empresas estão simplesmente entrando em liquidação e isso afeta as famílias que contam com a renda que nos foi retirada”, aponta Duncan Riley, da DWR Distribution.
A seriedade da situação levou Riley a abordar Sharif Baker, presidente da Associação de Serviços Técnicos de Produção (TPSA), com uma ideia. Desde a primeira conversa, a campanha #LightSAred evoluiu e cresceu. Embora seja dirigido pela TPSA e endossada pelo Conselho de Eventos da África do Sul (SAEC) – que representa 12 associações da indústria de eventos – o #LightSAred foi adotado por todos os subsetores da indústria de eventos para protestar contra a situação atual. Muitos acreditam que a indústria não sobreviverá nos próximos 100 dias se nada for feito para salvá-la.
Em 05 de agosto de 2020, a indústria iluminará prédios, monumentos, pontos turísticos, teatros e espaços de eventos em toda a África do Sul em “vermelho de emergência”. O público é incentivado a apoiar a causa e participar de edifícios iluminados ou mesmo objetos, além de compartilhar e compartilhar fotos desses sinais simbólicos de angústia nas mídias sociais usando a hashtag #LightSAred. O conceito é baseado no #NightofLight, que a indústria de eventos ao vivo na Europa organizou quando enfrentavam uma situação semelhante.
As principais demandas do setor na África do Sul são:
- Que instituições governamentais e financeiras estendam a ajuda financeira para aqueles que normalmente conseguem ganhar a vida neste setor, até que possam retomar o trabalho.
- Que o governo comece e se reunir com os representantes do setor, através de das entidades associativas do segmento.
- Que o governo reconheça e apoie as organizações sem fins lucrativos que estão fornecendo uma rede de segurança para muitos profissionais que agora se encontram carentes.
Para saber mais sobre o movimento acesse: www.lightsared.org.za .
