Com muitas manifestações culturais, atrações artísticas e diversas atividades de promoção do turismo brasileiro, chegou ao fim a 7ª e histórica edição do Salão Nacional do Turismo.
Foram três dias de celebração e do reencontro do setor, que é o segundo maior gerador de empregos do país e responsável por 8% do PIB nacional.
De volta após 12 anos, o Salão ocupou um espaço de 26 mil m² na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília (DF), trazendo para o público cinco grandes eixos do setor: Turismo de Natureza, Turismo Rural, Sol e Praia, Turismo Cultural e Turismo de Tendências.
Com a presença dos 26 estados, mais o Distrito Federal, o evento foi o grande retorno da maior vitrine do turismo nacional e que apresentou ao público toda a politica pública que vem sendo desenvolvida para o desenvolvimento do setor.
“Nós temos hoje uma grande oportunidade de sermos protagonistas, e esse Salão veio mostrar isso! Nós queremos turismo responsável, queremos turismo sustentável, turismo inclusivo, de base comunitária, e o Brasil inteiro quer isso”, declarou o secretário Nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, Milton Zuanazzi.
O Salão marcou, ainda, a retomada do Prêmio Nacional do Turismo, que promoveu o reconhecimento para as práticas nas áreas de sustentabilidade, de acessibilidade, de destinos turísticos de interiorização, além de mostrar as tendências do setor, entre outros.
JORNADA LIXO ZERO
7ª Edição do Salão Nacional do Turismo esteve de braços dados com a sustentabilidade e cumpre a missão de ter uma atuação sustentável.
Em parceria com o Instituto Lixo Zero Brasil, o Salão aceitou o desafio e trouxe para a “Arena BRB” a Jornada Lixo Zero, estimulando o turismo sustentável e regenerativo, a economia circular e contribuindo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do pacto global da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em parceira com cooperativas de catadores de Brasília, o evento assumiu o compromisso em ensinar os visitantes a adotarem um estilo de vida sustentável, mostrando como cada um pode contribuir com a preservação do meio ambiente, começando pela separação do lixo.
No Salão, postos educativos, dirigidos pelo Instituto Lixo Zero Brasil em parceria com q Cooperativa Recicle a Vida e o Pátio de compostagem Romero Melo, orienta os visitantes sobre a questão social de separação do lixo e de fazer a destinação correta.
“É uma iniciativa que está totalmente afinada com a proposta de Turismo sustentável que o Mtur defende nos programas do Ministério que envolvem ecoturismo, turismo de base comunitária, etnoturismo”, afirma a Secretária Executiva do MTur, Ana Carla Lopes.
“A proteção do meio ambiente é parte fundamental e obrigatória para investimento e financiamento de projetos. Essa é uma premissa que já existe há vários anos, mas que precisamos ampliar cada vez mais. Afinal, estamos próximos de sediar, em 2025, em Belém do Pará, a maior conferência do planeta sobre mudanças climáticas, a COP30. Por isso, nossa meta é trabalhar para que todos os eventos do Ministério do Turismo tenham essa bandeira de lixo zero”, completa.
Um dos objetivos também é a disseminação do conceito “Lixo Zero” e as boas práticas para os colaboradores, instituições e público em geral, além de promover o turismo sustentável e regenerativo, atuar na geração de emprego e renda e estimular a economia circular.
O vice-presidente do Instituto Lixo Zero Brasil, Kadmo Cortes, destacou que o Salão fará uma gestão fina dos resíduos sólidos produzidos nos três dias de evento.
“Não podemos deixar de lembrar que estamos falando de Turismo Sustentável e Regenerativo. O objetivo é saber como destinar e reaproveitar cada um desses materiais e evitar o impacto negativo que geramos com o consumo no nosso dia a dia”, ressaltou Kardmo.
Para ele, além dos ensinamentos durante o Salão, os visitantes poderão levar o aprendizado e desafio lixo zero para seus estados.
“Aproveitamos os três dias de evento para transformar o ambiente em grande sala de aula, onde os estados presentes poderão entender a importância da separação dos materiais e também se integrando nesse processo, gerando também emprego e renda na sua cidade”, afirmou.
Os trabalhadores do evento também foram orientados quanto a correta coleta e destinação do lixo.
Lixeiras em todo o salão indicam como deve ser o descarte correto e encaminham para a reciclagem para a cooperativa Recicle Vida. O lixo orgânico é enviado para o pátio de compostagem Romero Melo.
CAMPANHA MÍNIMO 3: Repassa a mensagem de que é necessário separar o lixo em, no mínimo, três partes, o projeto é uma forma de contribuir para a economia circular e inclusão social dos catadores e catadoras.
Um dos expositores dos pontos educativos no evento é Davi Sales, integrante da cooperativa Recicle a Vida, que explicou como funciona o termo.
É necessário, no mínimo, três formas de descartar o lixo: reciclagem, compostagem e rejeito.
“Quando a gente fala de turismo a gente também fala sobre a importância do meio ambiente. E hoje a gente ensina isso, que são no mínimo 3. Não precisa de 7, 8 ou 9 sacolas. Coloca reciclagem em um lado, compostagem em outro, e rejeito em outro. São as três lixeiras,” explica Davi.
Para a reciclagem são separadas as embalagens em geral, produzidos por plástico, papel, papelão, metal e vidro. A outra é a compostagem, que inclui restos de alimentos, folhas e materiais compostáveis, que após a o processo resultaram em adubo de qualidade.
Por último, o rejeito é tudo aquilo que não possui viabilidade técnica e econômica de ser compostado ou reciclado, como papel higiênico e fraldas descartáveis.