Sem alguns patrocinadores e público. O que sabemos até agora da abertura dos jogos olímpicos de Tóquio

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A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio acontece nesta sexta-feira, 23 de julho, no estádio Olímpico, na capital japonesa, e está programada para começar às 8h (horário de Brasília).

A Cerimônia de Abertura tem sido parte integrante de todas as Olimpíadas, desde os primeiros jogos modernos realizados em Atenas em 1896 e apresenta uma oportunidade para o país anfitrião promover sua identidade nacional para o mundo.

 O show é normalmente assistido por centenas de milhões de telespectadores em todo o mundo. No Brasil a festividade poderá ser assistida nos canais Globo, SporTV e Bandsports.

Como é tradição, a Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Tóquio será composta por uma série de eventos importantes, incluindo a programação artística, o desfile dos atletas, o acendimento da chama Olímpica e a liberação simbólica das pombas da paz.

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A Cerimônia de Abertura de 2021 será realizada no Novo Estádio Nacional do Japão, no bairro de Shinjuku, em Tóquio.

No entanto, como os jogos não terão mais fãs devido ao estado de emergência do coronavírus de Tóquio, um grupo de cerca de 10.000 diplomatas, dignitários estrangeiros, patrocinadores olímpicos e membros do Comitê Olímpico Internacional serão os únicos espectadores presentes na Cerimônia de Abertura.

Houve uma rotatividade considerável na equipe criativa para as Cerimônias de Abertura e Encerramento das Olimpíadas e Paraolímpicas de Tóquio, uma vez que os jogos foram adiados em março de 2020.

O diretor criativo italiano Marco Balich está atuando como produtor executivo das cerimônias de Tóquio em parceria com a empresa de publicidade japonesa Dentsu. 

Balich tem experiência anterior na produção de cerimônias olímpicas para os Jogos de 2006, 2014 e 2016.

O Comitê Organizador de Tóquio definiu uma “Política Básica” para o conceito geral dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio que lista paz, coexistência, reconstrução, futuro, Japão e Tóquio, atletas, envolvimento e entusiasmo como os temas centrais a serem destacados durante a Abertura e Cerimônias de Encerramento.

Conforme determina a Carta Olímpica, a Cerimônia de Abertura de 2021 combinará procedimentos cerimoniais formais com um programa artístico que mostra a história e a cultura do Japão.

Os aspectos cerimoniais da Cerimônia de Abertura de Tóquio incluirão a entrada do chefe de estado japonês Shinzō Abe, uma apresentação do hino nacional do Japão, o desfile dos atletas, o lançamento simbólico de pombos, a abertura dos Jogos por Abe, o levantamento da bandeira olímpica e execução do hino olímpico, a prestação do juramento olímpico por um atleta, a prestação do juramento olímpico por um oficial, a prestação do juramento olímpico por um técnico e o revezamento da chama olímpica e da tocha.

Os detalhes do programa artístico geralmente são mantidos em segredo até o dia da apresentação, mas provavelmente contará com milhares de artistas vestidos com trajes típicos, cenários elaborados, música, números de dança e aparições de renomadas celebridades japonesas.

Espera-se que mais de 11.000 atletas de 206 nações participem da Cerimônia de Abertura de Tóquio. No entanto, ao contrário de anos anteriores, não haverá espectadores do público em geral.

A judoca Ketleyn Quadros e Bruninho, atleta do vôlei, serão os responsáveis por carregar a bandeira brasileira durante o desfile da delegação brasileira.

Patrocinadores decidem evitar cerimônia de abertura em Tóquio

Um dia depois de a Toyota, principal patrocinadora dos Jogos de Tóquio, decidir não veicular comerciais relacionados à competição e não enviar seu presidente à cerimônia de abertura, outras marcas parceiras do evento revelaram que estarão igualmente ausentes da festa inicial.

Executivos da Nippon Telegraph & Telephone Corp., da Fujitsu e da NEC, três gigantes do sector tecnológico, adotaram a mesma política e não terão executivos na cerimônia.

O mesmo vale para a Meiji Holdings Co., do setor de confeitaria, a gigante de bebidas Asahi e a seguradora Nippon Life Insurance. A fabricante de pneus Bridgestone também não vai veicular comerciais.

A opção por evitar uma proximidade ainda maior com os Jogos está conectada à realização do evento sem público e durante um crescimento nos números da pandemia no Japão.

Cerca de 60 empresas japonesas desembolsaram US$ 3 bilhões pelos direitos de patrocínio das Olimpíadas de 2020.

O investimento, no entanto, tornou-se uma dor de cabeça para os executivos à medida em que a pandemia não foi totalmente controlada e a opinião pública se divide.

Pesquisa do jornal Asahi Shimbun mostrou que 55% dos entrevistados se opõem à realização dos Jogos, com 68% duvidando se a organização vai conseguir controlar as infecções pelo novo coronavírus.