Sem feiras não tem concorrência nem crescimento de PIB

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Por José Roberto Sevieri*

Esta afirmação pode ser considerada por alguns como exagerada, mas certamente não é.

Quando pensamos em tubos e conexões lembramos facilmente de duas ou três marcas e nada mais. Existem mais de 150 empresas neste setor. E por que não aparecem? Porque não tem feiras…

Quando pensamos em dry-wall só tem quatro empresas no Brasil. Como não tem feira para impulsionar o setor então o aprendizado para usar estes materiais não é difundido e a demanda segue apenas com estes.

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As empresas líderes de cada área conseguem fazer divulgação nos grandes canais de comunicação pois tem recursos para isto e desta forma ficam cada vez mais isoladas na liderança, não permitindo aparecer uma concorrência, que democraticamente aparecem nas feiras setorizadas.

Os médios e pequenos não tem como seguir esta trilha e só podem participar em feiras de negócios, onde conseguem aparecer e mostrar seus diferenciais. Sem feiras estão “escondidos”.

Feiras é a mídia que exige a menor quantidade de recursos financeiros de seus participantes, permitindo que muitas empresas possam aparecer e ofertar suas oportunidades para os visitantes.

Nas feiras vem os acordos comerciais, as representações, os processos de distribuição, a multiplicidade de encomendas e tudo isto vai para o funil de ampliação de renda e geração de empregos.

É a atividade comercial mais antiga do mundo e os nossos dirigentes públicos brasileiros ainda não descobriram as ENORMES vantagens que este setor gera para a sociedade.

Mas a Alemanha sabe, e não é por acaso que lideram no mundo a indústria de automóveis de qualidade, telecomunicações, equipamentos médicos e tantos outros itens.

E muitos outros países europeus também já descobriram esta FABULOSA ferramenta de desenvolvimento há mais de 100 anos e continuam fomentando até hoje. A Ásia já está caminhando nestas atividades a passos largos.

Mas somos geridos por pessoas que não sabem e nem procuram saber que as feiras podem controlar os fluxos de pessoas, os tamanhos das ruas de acesso, os processos de contato nos estandes e nos sistemas híbridos de transmissão de conhecimento, mas autorizam setores a funcionar que sequer tem estes protocolos sanitários.

O Brasil precisa crescer, precisa da volta do possível normal, precisa trabalhar, precisar gerar negócios e desenvolvimento e SEM FEIRAS isto não vai acontecer.

*José Roberto Sevieri é Vice-Presidente da ADVB-SP e fundador da Proma Feiras