SPTuris homologa proposta da GL Events para a gestão do Anhembi

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A multinacional francesa GL Events está a poucos passos de começar a gestão do Anhembi pelos próximos 30 anos.

Nesta sexta-feira (15/01) foi publicado no Diário Oficial homologação, por parte da SPTuris, da concorrência e cessão do objeto.

“De acordo com o despacho (037790192), HOMOLOGO o procedimento licitatório que tem por objeto a  CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL nº 001/20, que tem por objeto a concessão onerosa de uso do Complexo Anhembi, no município de São Paulo, para reforma, gestão, manutenção operação e exploração,  ADJUDICO o objeto da licitação à empresa GL EVENTS BRASIL PARTICIPAÇÕES LTDA., CNPJ nº 00.895.069/0001-20, de acordo com a proposta vencedora, que tem, a título de OUTORGA FIXA, o valor de pagamento de R$ 53.740.236,00 (cinquenta e três milhões, setecentos e quarenta mil e duzentos e trinta e seis reais) e autorizo a contratação”.

Modernização e revitalização

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O processo de concessão do Anhembi vai possibilitar a revitalização e modernização do complexo.

Entre as melhorias prevista estão a requalificação do Pavilhão de Exposições, com instalação de ar-condicionado, e reformas no Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo (Sambódromo) e no Palácio das Convenções.

O principal objetivo é o de promover o reposicionamento do complexo a fim de fortalecer o Anhembi no mercado de eventos e convenções internacionais.

Os estudos referenciais oferecem sugestões para ampliação e diversificação de áreas locáveis, como o aumento da área de convenções em cerca de 24 mil m², em que estaria inclusa uma plenária para cerca de 5 mil pessoas e construção de 8 mil m² em salas modulares.

A revitalização do Anhembi –que completou 50 anos em 2020– ajudará a desenvolver a região do entorno e será benéfico para toda a cadeia produtiva do turismo e para a própria cidade de São Paulo.

Além da requalificação dos equipamentos atuais, o modelo também permite que o concessionário explore empreendimentos associados e atividades comerciais, desde que tenham sinergia e complementariedade dos serviços típicos.

No edital há sugestão de atividades pré-aprovadas, como agências bancárias, casas de espetáculo, arena multiuso, farmácias, conveniências, hotéis e flats, estacionamentos, entre outros. No estudo referencial que acompanha o edital também foi projetado um boulevard na atual área do estacionamento.

Assinado o contrato, toda operação, manutenção e gestão dos espaços já existentes do complexo Anhembi ficarão sob responsabilidade da concessionária GL Events.

No plano de negócios referencial, estimou-se investimentos na ordem de R$ 620 milhões durante o período de vigência, dos quais R$ 141 milhões para as requalificações obrigatórias, R$ 241 milhões em empreendimentos associados, além de reinvestimentos.

A outorga fixa mínima é de R$ 53,7 milhões, além de 12,5% da receita operacional bruta, não podendo ser menor do que R$ 10 milhões por ano.

O Sambódromo precisa ter 75 dias de utilização preferencial garantidos para a Prefeitura de São Paulo, como o período de realização do Carnaval e eventos religiosos.

Nesse processo, a SPTuris passa a fiscal do contrato de concessão, além de manter as demais atribuições como produção de eventos da cidade e apoio às políticas públicas de turismo. Após os 30 anos de vigência, todos os ativos retornam para a SPTuris, sem ter onerado recursos públicos.

Modelo da Concessão em grandes dados:

– Modelo: Concorrência Internacional

– Prazo: 30 anos

– Investimentos de R$ 2 bilhões e economia prevista de R$ 600 milhões, totalizando benefício de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos

– Programa: revitalização do Pavilhão de Exposições (com instalação de ar condicionado), do Palácio das Convenções e do Sambódromo

– Empreendimentos associados permitidos: agências bancárias, casas de espetáculo, arena multiuso, farmácias, conveniências, hotéis e flats, estacionamentos, entre outros

– Outorga fixa mínima: R$ 53,7 milhões

– Outorga variável mínima: 12,5% da receita operacional anual, não podendo ser inferior a R$ 10 milhões

– Investimento estimado no complexo: R$ 627 milhões

– Investimento estimado: R$ 141 milhões no uso típico

– Investimento estimado: R$ 241 milhões em empreendimentos associados