Tecnologia humana para turbinar resultados

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POR RONALDO FERREIRA JUNIOR

Fizemos uma reunião na agência para provocar, inovar e melhorar ainda mais nossa plataforma proprietária de eventos virtuais “um.a Live”.

Temos um time sênior para cuidar dela e de outras questões ligadas à tecnologia, mas, para este job, resolvemos contratar profissionais especialistas em usabilidade, para garantir que nossa plataforma seja ainda mais amigável para as pessoas.

Assim, ao mesmo tempo que estamos nos preparando para o retorno dos eventos presenciais, estamos dobrando as apostas em soluções on-line e mais inclusivas.

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Em paralelo, como as outras agências, já estamos revisitando, checando e experimentando os espaços para eventos em hotéis e centros de convenções por todo o Brasil.

São nesses encontros que, depois de muito tempo, também estamos reencontrando executivos e executivas de outras agências. Muito interessante observar os caminhos traçados por elas.

No geral, todas estão trabalhando com infraestrutura e equipes reduzidas, mas, em termos de tecnologia, existe uma nítida segmentação em dois grupos: um deles optou por fazer parte e promover as mudanças do mundo presencial para o on-line enquanto o outro decidiu se preparar ainda mais com foco no retorno dos eventos presenciais.

Essa divisão me deixou um pouco surpreso, pois não consigo imaginar o que teria acontecido com a um.a se não tivéssemos, desde o primeiro mês de home office, optado por promover todas as mudanças possíveis para nos manter conectados ao mercado e aos clientes.

Vivemos momentos difíceis e tivemos pouco tempo para assimilar, entender e aceitar as mudanças. Não tínhamos controle sobre as indomáveis e novas tecnologias. O ambiente virtual era um tanto desconhecido nas primeiras lives.

Mesmo assim, decidimos investir em nossa primeira plataforma, apesar de percebermos que, no caixa, os orçamentos atingiam no máximo 25% do nosso faturamento mensal.

Para cada live entregue, um misto de nervosismo, entusiasmo e estresse. Por vezes o palestrante não entrava, quando entrava, não tinha iluminação, quando a luz estava ok a conexão podia ficar lenta devido ao excesso de tráfego, e claro, quando tudo parecia “perfeito”, a transmissão podia cair por 1, 2 ou 10 minutos. Socorro!

Naquele tempo, aprendemos que se não tínhamos nenhum domínio sobre todas as mudanças que se apresentavam, estávamos fazendo um exercício muito poderoso de inovar e entender um novo modelo de agência. Mesmo sem controlar o ritmo das mudanças, aprendemos muito rápido a como reagir a elas e isso fez toda a diferença para o nosso negócio.

Hoje, nossa decisão em dobrar a aposta numa plataforma on-line não se dá porque não acreditamos na força dos eventos presenciais ou porque não desejamos com unhas e dentes que eles voltem, mas é porque reconhecemos que a tecnologia nos transformou em uma empresa muito mais flexível, forte e sustentável. Nossa agência hoje é muito mais integrada ao ecossistema das empresas do futuro.

Evoluímos com a tecnologia e atualmente conseguimos promover encontros semanais curtos e eficientes, reunindo todos os nossos diversos colaboradores. De forma on-line, a equipe atua em sintonia e conseguimos de fato somar suas diferenças.

Nunca conseguimos promover isso de forma tão regular em nossos mais de 25 anos de mercado. Nossos projetos também ficaram mais inclusivos – e o cliente reconhece e gosta de ampliar resultados. Hoje conseguimos reunir em um projeto de algumas horas não só os participantes dos eventos, mas todos os colaboradores de uma organização.

 Conseguimos motivar ou celebrar conquistas comerciais de representantes espalhados por todo o planeta e também incluir todas as diferentes pessoas nos eventos. As plataformas mais conectadas à realidade atual são inclusivas, atraem e abraçam a todos com seus idiomas de origem ou a partir de legendas simultâneas, libras e audiodescrição.

Claro que queremos a volta dos eventos presenciais, mas entendemos que o on-line vai turbinar ainda mais a magia que sempre entregamos para os clientes. É um caminho sem volta. E isso nos mostra que a tecnologia tem muito mais a ver com a humanização dos processos do que com a modernidade e agilidade das máquinas.

São pessoas falando com pessoas, agora, realmente, de qualquer parte do mundo. Acredito no caminho que traçamos, pois, em nenhum momento, ao optarmos por soluções tecnológicas, abrimos mão de entender e servir ao que há de mais importante nesta relação: o ser humano.

*Ronaldo Ferreira Júnior é conselheiro da Ampro – Associação das Agências de Live Marketing, CEO da um.a #diversidadeCriativa – empresa especializada em eventos, campanhas de incentivo e trade, e sócio-fundador com a Pearson Educacional do programa de capacitação MDI – Mestre Diversidade Inclusiva.