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Entre 23 e 25 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, acontece a WTM Latin America 2014 e o 41º Encontro Comercial Braztoa.

E para saber mais sobre a feira e as novidades do setor, conversamos como diretor da WTM Latin America, Lawrence Reinisch.

RM – Como você enxerga o mercado de turismo no Brasil?

É um mercado com muito potencial. A pujança do setor no Brasil, que receberá três eventos mundiais nos próximos dois anos, fez com que 150 hosted buyers – compradores de produtos e serviços turísticos – de todas as regiões do mundo participassem da WTM Latin America 2013 em busca de oportunidades não só no país, como em toda a América Latina. Mesmo com a crise financeira mundial, que afetou o desenvolvimento econômico dos países do globo como um todo, o setor de turismo foi vetor de desenvolvimento das economias. Só nos países da América Latina, o número de desembarques cresceu quase 50%, saindo de 54 milhões em 2003 para os 80 milhões previstos para esse ano. E o Brasil é a principal estrela neste cenário. Não à toa, os olhos do mercado mundial de turismo estão voltados para o país.

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RM – Qual a importância do WTM Latin America para o setor?

Feira de turismo mais internacional da América Latina, a World Travel Market, juntamente com o Encontro Comercial Braztoa, cumpriu com seu principal objetivo em 2013 e mostrou a que veio: promoveu a América Latina para o mundo e trouxe o mundo para a América Latina. É o resultado natural da maturidade do turismo brasileiro. A feira impressionou os visitantes pela beleza, montagem e variedade e também impressionou os expositores pelo foco em negócios e profissionalismo dos visitantes.

Ao todo, mais de 1.200 expositores estiveram no Transamerica Expo Center para fazer negócios com os milhares de visitantes que vieram de todo o continente americano. Pela primeira vez, países como Zimbábue, Namíbia e Botsuana, que tradicionalmente investem na captação de países europeus e norte-americanos, direcionaram seus esforços ao Brasil. Ao todo, foram 60 países expositores – todos de olho no potencial do turista brasileiro, que só em 2012 deixou mais de US$ 22 bilhões mundo afora. Neste ano, a expectativa é que o sucesso será ainda maior, visto que, faltando três meses para o evento, o interesse por parte do mercado já supera muito as expectativas. Por tudo isso, a aposta da Reed Travel Exhibitions em pela primeira vez exportar a feira, após 33 anos de sucesso com a WTM de Londres, mostrou-se acertada.

 

RM – Muito tem se falado das OTA’s. Qual a sua opinião sobre as agencias online de turismo?

As Online Travel Agencies têm ganhado muito destaque no mercado. No Brasil, por exemplo, o segmento de agências online cresceu substancialmente nos últimos três anos. Antes havia apenas um portal e hoje existem mais de 20 OTAs em operação no país. Atenta a esta tendência, há alguns anos a WTM de Londres dedica uma área à tecnologia do turismo, a “Travel Tech” – que será replicada em 2014 em São Paulo devido ao grande sucesso. O objetivo deste setor é justamente promover discussões a respeito deste mercado em ascensão, focadas especialmente na forma como os produtos tecnológicos afetam o comportamento dos viajantes.

 

RM – Cada vez mais as agências offline estão abrindo operações e dando mais atenção para o online. Você acredita que uma tendência para o setor seja que cada vez mais as agências trabalhem estes dois canais?

Na verdade, isto já é uma realidade. Atualmente, a imensa maioria das agências trabalha estes dois canais, claro que em diferentes níveis. Enquanto algumas já apostam totalmente neste modo de operação, outras ainda estão iniciando o processo e, portanto, atuando com menor intensidade.

 

RM – Hoje para viajar, principalmente os jovens, tem na internet o seu “agente de viagem”. Por meio de tablets e celulares realizam pesquisas, compram bilhetes, definem roteiros e reservam hotéis. Como você vê esta movimentação?! Você acredita que o agente de viagem “físico” será mais destinado aos viajantes de primeira viagem?

O agente de viagem é e continuará sendo extremamente importante para o mercado turístico. O contato direto com este profissional dificilmente será completamente substituído pela internet – e isso se aplica a todos os tipos de turistas, não só aos de primeira viagem. O trabalho do agente, que confere comodidade e segurança aos seus clientes, é essencial para diversos públicos, como famílias, melhor idade e aqueles que procuram roteiros personalizados ou temáticos. Acredito que muitos passageiros que optaram por realizar sua programação pela internet preferirão, em próxima viagem, dispor do conhecimento do produto e segurança que o bom agente de viagens oferece de forma marcante.

E, para prestigiar estes profissionais tão importantes para a cadeia produtiva do turismo, a WTM Latin America 2014 lançará a “Travel Agent Cup”, um concurso que premiará o melhor agente de viagens do Brasil. O objetivo é incentivá-los a exercer a função de conselheiro do viajante, bem como promover as melhores características de cada destino.

 

RM – O WTM Latin America contará neste ano com o “Travel Tech”, justamente para abranger a importancia da tecnologia. Como será este espaço? Qual o perfil dos expositores?

Ficamos muito satisfeitos por poder lançar uma área de tecnologia do turismo. Este setor ganha cada vez mais importância no universo turístico e é justo que tenha o espaço merecido na feira. Em nosso evento irmão, World Travel Market de Londres, a área de tecnologia cresceu 70% em três anos antes de se tornar um evento independente (chamado de “The Travel Tech Show”). Estamos ansiosos para receber diversas empresas líderes em tecnologia da indústria global, como TripAdvisor e Google, que resumem bem o perfil de nossos expositores.

 

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