O Uruguai tem a vantagem de ter uma infraestrutura diversificada e de qualidade para a realização de congressos, além de uma ampla gama de atividades complementares, tanto em ambientes naturais quanto na cidade. No entanto, deve trabalhar para fortalecer e superar a crise pela qual o setor está passando. Cerca de 102 eventos estavam agendados até 13 de março, data de deflagração da pandemia. O que se seguiu, foi o normal a todos os outros países do mundo: cancelamentos e adiamentos. A maioria dos congressos e reuniões no Uruguai é associativa e 95% deles estão adiados para 2021, com os 5% restantes marcados para novembro e dezembro de 2020.
A única certeza no momento é a mudança de paradigmas e as futuras perspectivas para o setor no pós COVID-19. “Está sendo uma oportunidade para realizar treinamentos e fazer mudanças no modelo de negócios, dando um passo adiante enquanto esperamos que a crise passe”, apontam as coordenadoras do produto Turismo de Reuniões do Uruguai, Paola Bianchi e Karina Larroque.
As curtas distâncias entre os principais destinos, segurança, acessibilidade, serviços e tecnologia, conectividade, estabilidade e, acima de tudo, qualidade de vida fazem parte dos atrativos que permitem a captura de eventos pelo Uruguai. “Esses recursos são agregados aos benefícios fiscais, como a isenção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para a contratação de quartos e serviços relacionados. Isso coloca o país como referência na realização de congressos”, disse Bianchi.
Uma vez abertas as fronteiras, a conectividade será essencial para a retomada do setor. Entre os planos da Associação Uruguaia de Organizadores de Congressos, Feiras, Exposições e Similares (AUDOCA) está a organização de uma feira nacional de turismo que inclua todos os operadores.
“Entre nossas prioridades, sugerimos expandir a isenção de imposto sobre o IVA aplicada a eventos internacionais a nacionais a partir de 2020 como forma de apoiar o produto e concluir o protocolo de saúde de reabertura, aspectos que estão sendo analisados pelo Ministro do Turismo”, finaliza Lourdes Alanis, presidente AUDOCA.
