POR OSNEI AUGUSTO DOS SANTOS
Caríssimos,
O primeiro quadrimestre de 2022, a despeito do susto com a Ômicron e da tristeza com a guerra na Ucrânia, tem sido uma grata surpresa para os que tinham uma projeção parcimoniosa da retomada dos eventos presenciais.
Os organizadores têm confirmado a realização de seus eventos e foram além, pois as realizações desses projetos adiados por anos têm se mostrado robustas e absolutamente relevantes, com geração de negócios, networking e trocas de conhecimento.
E é neste cenário de celebração do retorno dos eventos presenciais de forma definitiva, que algumas tendências começam a despontar.
Recentemente, estive em um seminário do São Paulo Convention & Visitors Bureau, com a apresentação de grandes profissionais do setor e de novos conceitos sobre diversos assuntos. Um dos temas que mais despertou meu interesse foi exatamente o que deu nome ao seminário: “Economia do Visitante”.
Comentado no seminário sob diferentes aspectos e prismas, as falas de Carlos Costa, Especialista em turismo na Comissão Europeia, definiram de forma resumida a Economia do Visitante como uma visão inovadora do turismo, que sob esse novo olhar, passa a incluir como visitante não somente o turista, vindo de outra parte do mundo, mas também a população local de cada destino.
A partir desta análise, dizia Carlos Costa, podemos entender que os seis milhões e meio de visitantes que desembarcam em nosso país anualmente, podem ser somados aos duzentos e vinte milhões de habitantes de que transitam entre os nossos mais de cinco mil municípios.
Em comum a todos esses visitantes está a busca pela melhor experiência.
Traçando um paralelo com o setor de eventos, temos de um lado, o aumento da percepção do potencial quantitativo de nossa audiência e de outro, a maior expectativa dessa audiência quanto a qualidade do que ela irá experimentar. Um enorme desafio e uma excepcional oportunidade para todos os elos da grande indústria dos eventos.
Voltando às tendências mencionadas acima, todas elas buscam oferecer melhores entregas para o que podemos chamar de “Experiência do Visitante”.
A consolidação dos eventos híbridos oferece com qualidade e capilaridade o conteúdo dos eventos presenciais a uma audiência exponencialmente maior através da internet, por um período que transcende a realização do próprio evento.
E o empenho, criatividade e inovação das produções garantem à audiência presencial, experiências verdadeiramente únicas. Um bom exemplo são os espaços “instagramáveis”, criados para o registro da presença do visitante no evento com fotos para as redes sociais.
As letras caixas criadas pelos organizadores com o nome do evento permanecem um sucesso. Mas a oferta como o local para o melhor registro fotográfico do visitante no evento aumentou, pois os próprios estandes passam a reservar uma de suas faces para servir de plano de fundo para o almejado post nas redes sociais. Sempre com a exposição da marca potencializada e o engajamento garantido.
Assim, a indústria dos eventos permanece inovadora e relevante, gerando empregos, negócios, networking, troca de conhecimento e a melhor experiência para nossos visitantes.
“A criatividade é pensar em coisas novas. A inovação é fazer coisas novas”.
Theodore Levit.
Osnei Augusto dos Santos é Diretor de Relações Institucionais na ABEOC SP e Diretor de Marketing & Vendas no Pro Magno Centro de Eventos