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A Jornada ESG

É hora de assumir responsabilidades

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O acrônimo ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance, ou no bom e velho português ASG, Ambiental, Social e Governança, é uma ampla agenda que integra a geração de valor econômico sem perder de vista às preocupações com questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Surge em 2004 a partir de uma provocação do então secretário-geral da ONU a 50 CEOs sobre como integrar fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais. Daí em diante só darem um google, que o objetivo aqui não é histórico e sim de propósito.

Por mais que eu tente encontrar novidades em cada frase que leio sobre o tema me afundo ainda mais na culpa de que não estamos fazendo mais do que nossa obrigação e usando medidas já ditas há pelo menos meio século, inclusive nos longas-metragens da Xuxa, Angélica e os Trapalhões. Se acharem que estou exagerando é só assistirem “Os Trapalhões na Terra dos Monstros”. Lá verão um empresário, pai da Angélica, que não se preocupa com o meio ambiente. Ela por sua vez, uma cantora em ascensão pretende fazer um show na pedra da gávea para chamar a atenção para o desmatamento. Dali pra frente é só curtir o OS-ESG (old school – environmental, social and governance).

Enfim, nada disso é novo e o entretenimento dos anos noventa já falava claramente sobre nossas responsabilidades.

A bendita sigla foi meu ponto de partida, mas onde me prendi mesmo foi no livro “Capitalismo Consciente. Como Libertar o Espírito Heroico dos Negócios”. Lá descobri o verdadeiro significado de propósito, das responsabilidades corporativas diante dos desafios ambientais e sociais. Foi lá que entendi que lucro, resultados financeiros e capitalismo não são os vilões, mas os verdadeiros meios essenciais para as grandes conquistas socioambientais.

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Trazendo para a nossa realidade, um evento não pode ser somente uma realização com data e horário para começar e terminar. Precisa ser muito mais que isso. Precisa se preocupar em deixar um legado não perecível, ou seja, ao final o que ficou de definitivo para a sociedade? Como foi minha relação com o meio ambiente antes, durante e ao final? Qual o legado social?

Tem que ir além de não utilizar papel como ticket, mas entender sobre gastos e consumo de energia elétrica dos tablets na entrada. Mais que neutralizar carbono e plantar árvores é preciso reduzir a emissão gases de efeito estufa. Separar o orgânico do reciclável é o básico, mas o que de fato serão feitos com esses resíduos é o que realmente importa. Não ter os cuidados e as respostas para isso é pior que jogar lixo na rua. É fingir que nada do que acontece fora daquela data, ou longe daquele espaço é de nossa responsabilidade.

Cada migalha deixada é problema nosso e cada migalha não compartilhada com a sociedade mais vulnerável é um ato desumano.

Ainda que eu discorde de que ações sobre ESG seja algo muito novo, não vejo como justificativa para não começarmos ontem. Nosso futuro é logo ali, em 2030 – prazo estabelecido pela ONU, para avaliar o que foi feito diante dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Na prática, temos alguns poucos, não tão fáceis, mas fundamentais passos. Primeiro é reconhecer o que já fazemos de correto com foco na otimização. Junto dessa etapa já avaliar as vulnerabilidades e corrigir as falhas. Em segundo lugar, é preciso construir um propósito genuíno. Compreender quais iniciativas das 17 ODS’s estão conectadas com nossa atividade e, mais importante de tudo, quais estamos dispostos a trabalhar – não dá para começar e parar. Por fim é mapear nosso ecossistema de fornecedores. Não se trata de excluir parceiros que não possuem o ESG em suas atividades, mas sim trazê-los para perto e colaborar com eles nos desafios. Somente assim vamos conseguir criar um mecanismo que vai impulsionar e acelerar nosso setor nessa jornada.

Ser consciente significa estar totalmente desperto e lúcido para enxergar a realidade com clareza e para entender todas as consequências de nossas ações, em curto e longo prazos.

É preciso cuidado para não nos tornarmos falsos profetas do mundo verde, mas quando fizermos algo glorioso, precisamos gritar o mais alto que pudermos, não por vaidade, mas para que muitos outros possam se sensibilizar e seguir nosso exemplo. Que não sejamos mesquinhos em aprender algo e guardarmos para nós, mas que possamos levar todo nosso conhecimento o mais longe possível e atingir o maior número de pessoas. Enfim, assim encerro minha oração, desejando que todas as boas atitudes, com propósitos genuínos possam ir o mais longe possível.

Amém!

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