A pesquisa mais recente da AUMA, a Associação da Indústria Alemã de Feiras de Comércio, sobre o impacto macroeconômico dos cancelamentos e adiamentos das feiras no país apontou um custo total de 3 bilhões de euros para a economia alemã.
De acordo com a associação, os organizadores de feiras, prestadores de serviços, bem como outros segmentos ligados indiretamente – hotéis, catering, indústria de transporte e fornecedores locais – estão sofrendo pesadas perdas financeiras. Isso levará a um efeito em cascata, que atingirá a arrecadação tributária em cerca de € 470 milhões, impactando as economias locais.
Esses montantes não incluem as vendas perdidas dos expositores que esperavam gerar rotatividade durante as feiras. Além da perda de € 3 bilhões para a economia nacional, são estimados o desaparecimento de mais de 24.000 empregos.
A AUMA diz que é preciso garantir que a economia alemã no futuro – em particular pequenas e médias empresas – possa confiar no instrumento altamente eficaz que são as feiras e que, sem o apoio do governo, é improvável que isso ocorra, apesar dos grandes esforços da própria indústria de exposições.
Em condições normais, o gasto combinado de expositores e visitantes em feiras na Alemanha impacta promove um impacto de mais de € 28 bilhões para a economia. São gerados 230.000 empregos e uma receita tributária de aproximadamente 4,5 bilhões de euros.
Protocolo de segurança
Além de lutar junto ao poder público para que as feiras não sejam enquadradas nas mesmas normas que eventos (shows musicais, jogos esportivos, entre outros), devido a sua importância para a economia, os organizadores e associações de feiras da Alemanha planejam protocolos de segurança para o momento de reabertura.
Algumas das medidas pensadas envolvem regras de distanciamentos nos corredores, corredores mais amplos, colocação de desinfetantes e ventilação mais intensa. Outro ponto pensado é que os eventos comerciais devem ser liberados para serem realizados antes de eventos abertos ao público final.