Mais de 600 mil pessoas passaram pelo Riocentro, no Rio de Janeiro, na edição comemorativa de 40 anos da Bienal do Livro, que terminou neste domingo (10).
Com área ocupada de 90 mil metros quadrados, 10% maior que na edição de 2019, no período anterior à pandemia da covid-19, a Bienal 2023 recebeu mais de 380 autores na programação oficial.
Cerca de 5,5 milhões de livros foram vendidos. Em 2019, antes da pandemia, foram comercializados aproximadamente 4 milhões de livros.
Em 2021, em edição reduzida em função da covid-19, o número de livros vendidos na Bienal do Rio de Janeiro alcançou 2,5 milhões de exemplares.
A média anterior de seis livros por pessoa foi superada, atingindo nove livros comprados por visitante. Na avaliação dos organizadores, a Bienal se consolidou como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país.
“A Bienal é um patrimônio do Rio de Janeiro”, apontou Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions, organizadora da Bienal.
Mais de 100 mil crianças de escolas da rede pública visitaram o evento e, muitas delas, adquiriram um livro pela primeira vez, graças aos cartões distribuídos com essa finalidade para estudantes e professores pelas secretarias municipal e estadual de Educação.
O presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel), Dante Cid, celebrou que todos os segmentos foram bem-sucedidos e destacou uma edição mais diversa e inclusiva.
Os painéis da Bienal ganharam, nesta edição, novos formatos e espaços para o público apaixonado por histórias. Com mais de 497 editoras, selos e distribuidoras e uma diversidade de títulos, o tíquete médio de gastos com livros ficou em torno de R$ 200.
“Estamos falando do livro como ponto de partida ou chegada, a partir de uma transversalidade com os mais diversos tipos de mídia”, aponta Tatiana.
“Isso porque os assuntos tratados no livro físico também viram séries, filmes, games, música, e isso garante que as histórias possam atrair mais pessoas formando novos leitores, já que o livro é sempre o protagonista”, completa.
Uma das novidades da Bienal deste ano fez com que os visitantes encontrassem um universo lúdico chamado Uma Grande Aventura Leitora, em um espaço de 600 metros quadrados.
Ali, foram comemorados os 60 anos da personagem Mônica, da obra do escritor e ilustrador Maurício de Sousa.
Outra novidade da Bienal foi o Baile de Máscaras da Julia Quinn, promovendo uma festa de época como ocorre nos episódios de Os Bridgertons, sucesso dos livros da autora inglesa que viraram série em vídeo.
A Bienal 40 anos lançou o espaço Páginas na Tela, com curadoria da cineasta e escritora Rosane Svartman, e Páginas no Palco, coordenado por Bianca Ramoneda. São formatos que se cruzam entre livro, audiovisual e teatro.
No Sextou com Simas, o professor e autor Luiz Antonio Simas recebeu convidados, transformando o Café Literário em um verdadeiro boteco carioca.
Os fãs de histórias em quadrinhos tiveram a oportunidade de conhecer ao vivo quadrinistas independentes de todo o Brasil no novo espaço batizado Artists Alley.
A Bienal foi palco também do Rio International Publishers Summit, promovido pelo Snel, com objetivo de conectar os protagonistas do mercado editorial e discutir temas urgentes para o setor.